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O naufrágio da Nossa Senhora dos Mártires Traditional Geocache

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zepe_ly: Era uma vez uma cache ...

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Hidden : 8/8/2012
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:


O naufrágio da Nau Nossa Senhora dos Mártires

Esta cache tem como objectivo dar a conhecer um pouco mais da(s) história(s) desta praia, além de ser mais um motivo para um saudável passeio à beira-mar. Disfruta !! Sê bastante discreto na procura da cache pois o local está cheio de muggles.  

 

Conhecida no mundo inteiro (sobretudo nos meios da arqueologia marinha) como a ‘nau da pimenta’, este navio da companhia das Índias foi, muito provavelmente, construído na Ribeira das Naus, em Lisboa. Deslocaria entre 1 100 e 1 600 toneladas e teria 68 metros de comprimento. A «Nossa Senhora dos Mártires» zarpou da capital do império, rumo a Goa, a 27 de Março de 1605, sob o comando de Manuel Barreto Rolim, integrada na armada de Brás Teles de Meneses. Chegou à Índia em fins de Setembro do mesmo ano e, depois de ter carregado 250 toneladas de pimenta e outras mercadorias preciosas (porcelanas da China, por exemplo), fez-se à vela para a Europa a 16 de Janeiro de 1606, na companhia da nau «Nossa Senhora da Salvação».

A torna viagem decorreu sem incidentes até à chegada as costas portuguesas, onde os dois navios se perderam em circunstâncias trágicas. Depois de ter fundeado na baía de Cascais, onde a «Nossa Senhora da Salvação» fez naufrágio (sem perdas humanas), a «Mártires» tentou forçar a barra do Tejo num dia (14/09/1606) particularmente tempestuoso. Açoitada (em plena vazante) por chuva rija e fustigada por ventos quase ciclónicos, a nau de Rolim foi atirada contra o esporão rochoso denominado Ponta da Lage (a curta distância do forte de São Julião da Barra), onde se destroçou completamente. No naufrágio morreram mais de 200 dos seus tripulantes e passageiros e perdeu-se parte substancial da carga.

O que tudo indica é que, com o porão alagado, fustigada pela chuva e pelo vento, a Nossa Senhora dos Mártires deva ter ultrapassado largamente o meridiano da Fortaleza de São Julião da Barra e, devido ao efeito cumulativo do vento sul, do mar de sudoeste e da corrente de maré vazante, tenha se desgovernado. A trajetória final teve provavelmente a direção sudeste-noroeste, levando a nau a colidir com um proeminente esporão rochoso, conhecido como Ponta da Laje. A maré, as correntes e o vento teriam arrastado a nau em direção à fortaleza até que a quilha tenha se chocado contra o fundo rochoso, rompendo-se em vários pontos. Perdendo parte do fundo da carena do casco, ficaram depositados nesse local parte substancial da carga e das peças de artilharia (Alves et al., 1998).
 
Todo o restante do que compunha a embarcação teria se espalhado pelas imediações e pelas praias que circundam São Julião da Barra. A parte mais substancial dos destroços teria se espalhado pela praia de Carcavelos, a oeste, e com a virada da maré, também em direção ao Tejo. As praias da região ficaram cobertas por inúmeros destroços da embarcação e pelos cadáveres das mais de duzentas pessoas que morreram no naufrágio. Segundo o relato de D. Luis Bravo de Acuña pode-se imaginar o Tejo coalhado de pimenta que, como um gigantesco manto preto, subia e descia ao sabor das marés, enegrecendo as praias a montante e a jusante da fortaleza (Alves et al., 1998). A pimenta transportada provocou -durante muitos dias- uma verdadeira maré negra, que os habitantes de Carcavelos e de outras zonas ribeirinhas se apressaram a pilhar, apesar da vigilância apertada dos oficiais régios e de militares.

Pesquizas arqueológicas recentes permitiram recuperar parte do espólio da «Nossa Senhora dos Mártires», sobretudo alguns dos seus canhões. Mas também astrolábios e outros aparelhos de ajuda à navegação, para além de porcelanas orientais, loiça de bordo, etc. Esses objectos foram mostrados ao público no Pavilhão de Portugal, aquando da realização da Expo 98.

 

 

Additional Hints (Decrypt)

Ab zber jngre ...

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)