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O historial da escola tem início após um enorme esforço por parte de alguns cidadãos e entidades amarantinas entre as quais é justo destacar as Câmaras da presidência do Coronel Carvalho Lima e de Adriano Soares Natal, tendo sido então publicado no Diário do Governo o decreto-lei 45980 de 20/10/64, que cria a Escola Industrial de Amarante. Era então Ministro da Educação o prof. Galvão Teles.
Como um novo ano lectivo se aproximava, não havia tempo a perder e, por isso, a Câmara pôs à disposição várias salas das suas próprias instalações, na ala direita do Convento de S. Gonçalo, onde funcionou durante os anos lectivos de 1964/65 e 1965/66.
Foi designado como seu primeiro Director e instalador o Dr. António Baptista Martins, destacado da Escola Brotero de Coimbra, onde era professor efectivo, que dotado de grande dinamismo e supervisão e, partindo do zero, conseguiu, em pouco tempo, pôr a escola a funcionar.
Esta ofereceu-lhes, inicialmente, o ciclo preparatório para, dois anos mais tarde, lhes facultar o Curso Geral de Formação Feminina e Formação Electromecânica, ministradas por um total de 6 professores, sendo o sector administrativo assegurado por um funcionário da escola de Penafiel, apoiados por dois elementos da Câmara de Amarante, que exerciam funções de pessoal auxiliar.
Em Setembro desse ano de 1964 fizeram-se os primeiros exames de admissão em instalações improvisadas, tendo sido destacados para esse fim dois professores efectivos do Liceu de Vila Real.
A Escola Industrial funcionou dois anos no velho Convento mas como as instalações eram provisórias, a Câmara iniciou imediatamente obras na Casa de Roçadas, que lhe pertencia por troca do antigo Quartel, que, mais tarde, foi adaptado a Hospital.
Apesar de sucessivas e dispendiosas obras de adaptação e ampliação no Edifício de Roçadas, as instalações tornaram-se exíguas, o que levou ao desdobramento da Escola, passando, então, a funcionar alguns anos no edifício do antigo Colégio de S. Gonçalo, visto este estar já então a funcionar em novas e modelares instalações, nas Murtas.
Verificou-se, mais tarde, que ambas as instalações eram insuficientes e pouco funcionais, pelo que a Câmara sob a presidência do Dr. Amadeu Cerqueira da Silva fez as diligências necessárias no sentido de ser construído um novo edifício, com todos os requisitos para o fim em vista.
Para isso foram previamente adquiridos os terrenos do Campo de Futebol, na Barroca, e áreas circundantes, o que obrigou a Câmara a adquirir outro terreno para a construção do actual estádio.
Em 1982 a escola passa a funcionar, definitivamente, nas instalações onde nos encontramos actualmente. É um espaço físico que suscita e proporciona bem-estar, pois está bem exposto ao sol, é amplo, aberto, com vastos horizontes cuja grandeza dá repouso ao espírito.
O Director Baptista Martins esteve ao serviço da escola desde o seu início até 30/9/72, data em que, a seu pedido, regressou a Coimbra.
Em 7/10/72 foi nomeado novo director, o Dr. Seixas Nery, que continuou a obra iniciada pelo antecessor até 18/9/74. Em 1975 os directores foram substituídos por Comissões de Gestão, constituídas por 5 professores eleitos pelo corpo docente da escola.A Escola Industrial e Comercial, cujas etapas acabamos de descrever muito resumidamente, foram o embrião da actual Escola Secundária, onde os diversos cursos foram até ao 9º ano de escolaridade e com diferenciação das diversas áreas a partir do 10º ano.
A actual escola é um edifício modelar e agradável, onde o ensino é administrado com eficiência. No ano lectivo de 1985/86 frequentaram-na 1427 alunos e nela trabalhavam 101 professores, 7 funcionários administrativos e 36 auxiliares.
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