Visto de longe lembra uma pirâmide mal desenhada, pintada a negro e ocre, posta ali por engano. De perto atemoriza, as suas vertentes calcinadas pelo fogo vulcânico insistem em lembrar-nos a verdadeira natureza desta terra.
O pico Negro, situado pouco depois do Barro Vermelho na freguesia de Santa Cruz, é o que resta de duas chaminés de um complexo aparelho vulcânico, mas ao invés do que acontece com outros picos e montes por esta ilha fora (também eles restos de chaminés e crateras), nunca desenvolveu uma camada humosa relevante, esteve sempre despido de terra. O que hoje vemos são os piroclastos cuspidos pelo vulcão e queimados pela fúria ígnea da Terra... Esta paisagem um tanto ou quanto dramática é acentuada pelos salgueiros mirrados plantados há décadas na encosta virada para a ilha.
No topo, cada vez mais distante ergue-se uma discreta vigia da baleia.
Recomenda-se muito cuidado devido aos ventos que se fazem sentir no local.