Trata-se de um edifício, cujo acesso principal é feito por escadarias de granito disposto em dois lanços, a fachada principal, suportadada por duas grandes pilastras de cantaria, foi erguida no século XVIII e acrescentada com um frontão e fogaréus (ornato de pedra que termina em labaredas). A entrada é franqueada por um pórtico no estilo da renascença, de arco redondo, lavrado e decorado com oito querubins esculpidos na volta e nos cantos e ainda dois bustos de guerreiros em alto relevo, inspirados na arte de Nicolau de Chanterenne. Duas pilastras tendo nas bases esculpidas caveiras e ossos, suportam um frontão onde se lêem algumas inscrições. A torre sineira, quadrangular, ergue-se à direita da fachada principal, e a cúpula é contituída por uma pirâmide de secção octogonal, com catavento de ferro forjado.
O interior da Igreja é de três naves abobadadas, com nervuras, onde nos fechos se vêem as armas de Portugal, a Cruz de Cristo e as esferas armilares. Seis grossas colunas toscanas suportam a abóboda e dividem as naves. Três colunas mais baixas e esquinadas suportanm o coro inferior, assente numa abóboda nervada.
No transepto, do lado direito, existem as capelas das Chagas e da Senhora do Rosário, ambas com tectos de nervuras e altares de talha dourada e policromada do século XVIII. A capela das Chagas tem um ilhar de azulejo verde e branco e duas lápides de mármore, sobrepostas por medalhões ovais e com brasões de armas idênticos. A abóboda do altar da Senhora do Rosário está ainda decorado com pinturas do século XVI. Frente a este altar está o túmulo-monumento mandado erigir por António de Vasconcelos. É constituído por um pórtico no estilo renascentista com arco redondo ladeado por duas colunas, assentando ao centro, a arqueta.
O púlpito data do século XVII e a pia baptismal, lavrada em mármore, é do século XVIII. São numerosas as campas rasas com inscrições do século XVII e XVIII.