Já que esta cache sem saída fica na Rua Nuno de Bragança, aqui fica
a história deste escritor
Nuno Manuel Maria Caupers de Bragança nasceu em Lisboa a 12 de
Fevereiro de 1929 numa família da alta aristocracia portuguesa, a
Casa de Lafões, ramo dos Bragança, descendente do rei D. Pedro II,
sendo seu pai, D. Manuel de Bragança, neto do 3.º Duque de Lafões e
sua mãe, Maria Margarida Street Caupers, proveniente de uma família
de ascendência austríaca descendente de João Valentim Caupers,
médico da rainha D. Mariana de Áustria, mulher de D. João V.
Frequentou o curso de Agronomia, mudando depois para Direito, que
completou em 1957. Praticante de Boxe e pioneiro da caça submarina
em Portugal, foi co-fundador do CPAS (Centro Português de
Actividades Subaquáticas). A partir de 1955, ano do seu casamento
com Maria Leonor Fonseca de Matos e Goes Caupers, sua prima,
integra a equipa do jornal Encontro (orgão da JUC – Juventude
Universitária Católica), onde publicou os seus primeiros textos
literários. Da segunda metade dos Anos 50 datam textos como "A
Morte da Perdiz" (peça radiofónica com colaboração de Pedro Tamen,
Nuno Cardoso Peres e Maria Leonor), "O Guardador de Porcos" ou
"Guliveira e os Liliputos", título dado por Maria Leonor a uma
sátira a Salazar escrita com M. S. Lourenço, Luís de Sousa Costa e
Manuel de Lucena. Pela mesma altura escreveu inúmeras críticas
cinematográficas fundando e dirigindo o Cine-Clube "Centro Cultural
de Cinema" de 1956-59. Fez parte do movimento chamado "catolicismo
progressista" juntamento com João Bénard da Costa, António Alçada
Baptista e Pedro Tamen, entre outros, tendo sido co-fundador da
revista "O Tempo e o Modo", de que foi colaborador assíduo. Assinou
o argumento e diálogos do filme de Paulo Rocha "Os Verdes Anos", de
1963. Em 1970 co-assinou com Gérdard Castello Lopes, Fernando Lopes
e Augusto Cabrita o documentário "Nacionalidade Português" que
abordava a questão da emigração, estreado em Portugal em 1973.
Faleceu em Lisboa, a 7 de Fevereiro de 1985. Obras literárias: "A
Noite e o Riso", 1969 "Directa", 1977 "Square Tolstoi", 1981
"Estação", 1984 "Do Fim do Mundo", 1990 (póstumo) Em 2008, João
Pinto Nogueira realizou o documentário "U Omãi qe Dava Pulus, sobre
a vida do escritor. Em Fevereiro de 2009 reuniram-se num único
volume as 5 obras de Nuno Bragança juntamente com a transcrição da
peça radiofónica "A Morte da Perdiz, no livro "Obra Completa.
1969-1985", das publicações Dom Quixote.
NOTA:Tratem com delicadeza
Será necessário levar algo para escrever
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