Gato Maltês: Antes de mais lamento que alguém se tenha magoado e espero que recupere rapidamente das lesões que «intencionalmente» lhe provoquei.
Já não era sem tempo, de aparecer finalmente alguém que descobrisse as minhas más intenções e me atribuísse a culpa por alguns aspectos negativos do geocaching, que aproveito para informar que, ao contrário do que refere no seu DNF, não é nenhum desporto.
Por um lado, até era bom que o fosse, pois de cada vez que alguém o praticasse, como competição aferroada que é, estaria por perto uma espécie de árbitro a certificar-se de que tudo estava a ser feito conforme as inexistentes regras para quem procura uma geocache.
É verdade que não há regras para quem procura, mas a consciência e o bom senso não podem ser postos de parte. Como já há algum tempo estão ligados ao geocaching, e também já fizeram parte da seita «má e irresponsável» dos owners, deveriam por certo saber que não é permitido esconder contentores entre pedras de muros e outras estruturas do género.
Na dica está explícito em maiúsculas e a encarnado a informação de que não é necessário entrar na casa. Porque será? Se calhar é porque o «mal-intencionado» do owner não quer que ninguém se magoe, atendendo ao estado de degradação de algumas divisões.
Não escondi centenas de caches, mas apenas 16 e, nenhuma delas debaixo de pedras. Isto para dizer que quando se inicia uma busca se devem seguir as dicas ou indicações da página da cache.
Gostaria que agora, se já estiver mais calma e menos dorida, pensasse se a forma como encetou as buscas foi a mais conscienciosa, cuidadosa (para si e para e para as ruinas) e se principalmente usou o bom senso durante a mesma.
Quem é que no seu perfeito juízo e consciência, vai retirar pedras que servem de suporte a um barrote ou trave?
Além de se ter magoado e não ter terminado a busca, há uma razão para não ter encontrado o contentor. É que ele não estava ali! Estava num local onde não é necessário mover nem arrancar nada. Era seguir a dica, olhar para cima e ali estaria ele.
Lamento que se tenha magoado, que tenha partido o telemóvel e que esteja zangada. Certamente que com um azar assim até eu ficaria de mau humor. O que lamento ainda mais é que me queira atribuir a responsabilidade do que aconteceu, uma vez que ela não é minha.
Mas espere, porque eu também tenho culpa. Sim, sou culpado de ter colocado um “tesouro” dedicado à cidade de Leiria e ao geocaching, num local que após a sua visita ficou com um aspecto muito mais degradado do que estava.
Fui hoje de manhã ao local e tirei as fotos que se podem ver juntas a este post. Nelas, podem observar-se um barrote tombado, que talvez e apenas por artes mágicas se mantém suspenso, uma vez que está completamente podre. Podem ainda observar-se, não duas, mas muito mais pedras espalhadas pelo chão e pedaços de telha e tijolos partidos. Aí sim, tem toda a razão, a culpa é minha porque se não tivesse colocado ali uma geocache o local, apesar de degradado, estaria muito mais cuidado.
Já coloquei algumas caches e em todas elas tive sempre em consideração a segurança de quem as procura e a preservação das características do local. Nas minhas voltas num desporto que pratico, já descobri muitos locais que mereciam uma geocache. Contudo, para que não me sinta culpado de alguém os deixar no estado em que deixou o GZ da “Amo-te Leiria!”, optei conscientemente por não colocar lá nada. Essa é neste momento a minha grande culpa!
Usando a mesma frase que deixou no seu post inicial termino o meu «desabafo».
“É apenas um desabafo mas que talvez sirva de exemplo para situações parecidas.”
Nada na vida é eterno. Nem o amor por uma cidade ou uma actividade. Este chegou ao fim!