O que é a Meteorização?
Meteorização ou intemperismo é o processo natural de decomposição ou desintegração de rochas e solos, e os seus minerais constituintes, por acção dos efeitos químicos, físicos e biológicos que resultam da sua exposição aos factores ambientais (neles se incluindo os factores antropogénicos, isto é devido directa ou indirectamente à acção humana). Em resumo, a meteorização é o fenómeno natural a que estão sujeitos todos os materiais geológicos quando expostos à acção combinada da atmosfera, da hidrosfera, da biosfera e da antroposfera, ocorrendo de forma permanente e generalizada em toda a superfície terrestre, não devendo contudo ser confundida com os efeitos da erosão, embora tenha frequentemente com eles uma relação estreita de causa e efeito.
Tipos de meteorização
A meteorização é o processo geral pelo qual as rochas são quebradas à superfície da Terra. É por este processo que são produzidas todas as argilas do Mundo, todos os solos e as substâncias dissolvidas que são levadas pelos rios para o oceano. Este fenómeno pode assumir dois aspectos:
1. Meteorização química - Ocorre quando os minerais numa rocha são alterados ou dissolvidos quimicamente, ex. O esborrar ou mesmo o desaparecimento das inscrições que se encontram em antigos monumentos são resultado da meteorização química (também chamada de alteração química). As reacções mais típicas da meteorização química são as seguintes:
- Oxidação;
- Carbonatização,
- Hidrólise
- Hidratação.
2. Meteorização física - Ocorre quando a rocha sólida se fragmenta por processos físicos, que não alteram a sua composição química. O cascalho de blocos de pedras e colunas que, antigamente, formavam templos estáveis na Grécia Antiga e as fendas e aberturas nos túmulos e monumentos do Antigo Egipto são, primordialmente, o resultado da meteorização física (também chamada de meteorização ou alteração mecânica). A meteorização química e física entreajudam-se, reforçando-se uma à outra. Quanto mais rápido for o decaimento, maior se torna o enfraquecimento dos fragmentos e mais susceptível a rocha é de se quebrar; quanto menores forem os fragmentos, maior a superfície disponível para o ataque químico e mais rápido se torna o decaimento.
A meteorização e a erosão não só estão intrinsecamente ligadas como também são os principais processos do ciclo litológico. Juntamente com a tectónica e o vulcanismo, os outros elementos do ciclo litológico, a meteorização e erosão modificam a forma da superfície terrestre e alteram o material rochoso, convertendo todos os tipos de rochas em sedimentos e formando solos. Em algumas circunstâncias, a meteorização e a erosão são inseparáveis. Uma forma curiosa de meteorização ocorre nas rochas vulcânicas tal como o basalto e traquito. Nestas rochas existem duas formas de fragmentação rochosa não relacionadas directamente a fracturas preexistentes: a exfoliação e a disjunção esferoidal.
A exfoliação é um processo de meteorização física pelo qual placas grandes e achatadas ou curvas de rocha são fracturadas e destacadas de um afloramento.
A disjunção esferoidal ocorre sempre que uma massa de rocha (mais tipicamente na composição granítica), experimenta uma redução drástica no calor ambiente e pressão, como quando um batólito é exposto na superfície. As rochas formam-se em grandes temperaturas e pressões (760 ° C e 300 MPa, para a rocha granítica), e em granitos há três perpendiculares entre si conjuntos de articulações que se desenvolvem quando este sobrecarregar é removido. Duas coisas causam isso em granitos: os cristais de quartzo expandem cerca de 5%, e água ácida ataca os minerais feldspato, transformando-os em argila. Assim, os cantos ficam arredondados, porque bordas angulares fornecemr mais de uma área de ataque, expondo uma maior quantidade de área de superfície. Bordas e especialmente cantos de um bloco angular desgastam-se mais rápido do que superfícies planas. O resultado final deste processo é uma pedra arredondada. O processo de intemperismo esferoidal é mais lento do que outros tipos comuns de intemperismo, como wedging geada, e torna-se ainda menor em temperaturas progressivamente mais baixas que retardam o processo químico de decomposição feldspato. Assim, muitos picos de montanhas graníticas são irregulares e rugosos em vez de arredondado.
Geologia local
Em Viseu esta disjunção foi descoberta a quando da abertura da circular de Viseu, que depois de ser descoberta, fez com que o trajecto predefinido da circular fosse alterado de forma a preserva-la.
Bibliografia:
Serralheiro, A., 1999. Contribuição para a actualização do Complexo Vulcânico de Lisboa.
http://en.wikipedia.org/wiki/Weathering
http://pt.wikipedia.org/wiki/Meteorização
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