De construção recente, a história e a localização da Igreja Paroquial de Rio Meão situam-na no prolongamento da igreja românico-gótica local, substituindo-se frequentemente a ela, mas em nada lhe retirando a centralidade, enquanto igreja matriz, que continua a dominar, no espaço e no tempo, o conjunto arquitectónico formado por ambos os templos
De facto, a moderna Igreja Paroquial foi erigida como resposta às necessidades de um crescente número de fiéis, que as reduzidas dimensões da igreja medieval não permitiam já acolher em condições condignas e propícias à oração.
Assim, a 18 de Maio de 1997, D. Manuel Pelino, bispo auxiliar do Porto, veio à paróquia benzer e, simbolicamente, lançar a primeira pedra para a construção do novo templo, que de imediato começou a erguer-se.
Três anos depois, estava a obra concluída e, a nove de Dezembro de 2000, a comunidade recebia festivamente o bispo do Porto D. Armindo Lopes Coelho, que havia de inaugurar e solenemente sagrar a nova Igreja Paroquial.
Implantada do lado nascente e perpendicularmente à cabeceira do templo medieval, a escassos metros dele, a nova Igreja Paroquial estende-se então de Norte para Sul. Na sua estrutura quase quadrangular domina a austeridade do betão armado, entrecortado pela transparência de alguns painéis de vidro liso.
A norte, na cabeceira do novo templo, ergue-se a torre sineira, de corpo quadrangular, em betão armado também, e rematando com uma estrutura metálica. Desde a sua construção, nunca recebeu sinos e actualmente continua em desuso, dada a proximidade da matriz.
Do lado nascente, e pelo desnível do terreno, tem-se aceso exterior à cripta da nova igreja. Trata-se de um espaço amplo e multifuncional, onde se realizaram já celebrações litúrgicas, mas que se destina sobretudo a encontros pastorais e eventos culturais e recreativos associados à vida paroquial.
Na frontaria a sul ergue-se uma cruz latina.
As duas entradas de acesso ao templo situam-se no lado poente. Uma delas, lateral e secundária, abre-se perto já do topo norte e com o abrigo de um coberto que se estende quase até à cabeceira da velha igreja matriz. A entrada principal do templo abre-se no topo sul do lado poente, com largas portadas de madeira abrigadas sob uma pequena coberta.
Acedendo por ela ao interior do templo, encontramos, à direita, uma escadaria que conduz ao espaço superior do coro e, à esquerda, a pia baptismal. Assente sobre uma base de mármore, para chegar até ela e à sua água regeneradora, é necessário vencer três simbólicos degraus, figurando a caminhada que faz o iniciado, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A pia baptismal aparece então escavada num simples bloco de mármore branco, em forma de paralelepípedo. A sua despojada simplicidade enquadra-se perfeitamente no estilo minimalista e de linhas direitas de todo o amplo espaço que se abre então diante de nós, segundo a planta de uma moderna igreja-salão.
Não há capelas nem altares laterais e o tom frio do betão contrasta com o tom quente da madeira que reveste parcialmente as paredes e quatro alas centrais do chão, sobre as quais se dispõem quatro fileiras de bancos.
Em contraste também com os tons cinzentos e castanhos do corpo do templo, diante de nós o presbitério resplandece na brancura do mármore polido, que o reveste na totalidade do chão e da parede da cabeceira. No centro desta parede, agoniza um Cristo crucificado. A beleza do presbitério é realçada quando os raios do sol, escoando-se por uma abertura do tecto, iluminam todo o espaço. No centro dele está o altar, de mármore também, tal como o ambão, em plano anterior e sobre a nossa esquerda, bem como o pedestal sobre o qual assenta o sacrário, em plano posterior e situado à nossa direita. Os três elementos, ambão, altar e pedestal do sacrário, têm estruturas idêntica – um bloco de mármore horizontal entre dois blocos de mármore na vertical – e aparecem, pois, dispostos em linha diagonal. Tal facto, faz aparecer o ambão e o sacrário simétrica e simbolicamente situados em relação ao altar, a mesa do sacrifício que se inicia na mesa da palavra e culmina na mesa da comunhão eucarística.
O sacrário, como um cofre onde se guarda o preciosíssimo tesouro da reserva eucarística, lembra uma pequena arca, em folha de prata lisa, assim se enquadrando no minimalismo despojado de todo o templo. A beleza da sua simplicidade é realçada por fina base de madeira, que o destaca do pedestal de mármore, e por fino friso de madeira também, em baixo relevo, que lhe corre a meio, na horizontal, e separa verticalmente as duas portas da sua face frontal, desenhando nela uma cruz. Estes elementos de madeira realçam ainda mais a harmonia com todo o conjunto da igreja.
Do lado esquerdo, a poente do presbitério, uma porta dá acesso interior à cripta da igreja e também à sacristia.
Escassamente separado da igreja românico-gótica, como dissemos, mas distante dela no tempo alongado de cerca de setecentos anos, a nova Igreja Paroquial de Rio Meão testemunha a união, na mesma fé, de todos aqueles que fizeram erigir ambos os templos e que assim se afirmaram como uma só comunidade de pedras vivas do verdadeiro Templo de Senhor.
Párocos
Abade Manuel Vicente Pereira (1869 -1905)
Pe. Augusto Oliveira Pinto (1905- 1910)
Pe. Manuel Alves Ribeiro (1910 -1963)
Pe. Joaquim Sousa Lamas (1963 - 2006)
Pároco actual
Pe.Orlando Cardoso de Sousa (desde 2006)
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