Mina - Avarela - Óbidos - extração da gipsita
EXTRAÇÃO E FABRICO DE GESSO
Após a extracção em mina ou céu aberto da gipsita ou pedra de
gesso, composto basicamente de sulfato de cálcio di-hidratado, este
material é britado, ou seja, é fragmentado mecanicamente formando
pequenos pedaços de pedra.
Britagem
É feita em seguida a calcinação desses mesmos fragmentos num
forno rotativo a cerca de 160°C. Neste processo o material perde
água, formando assim sulfato de cálcio semi-hidratado (CaSO4 ½
H2O).
Armazenamento
Uma vez calcinado, o material é moído
Calcinação
formando o característico pó branco como é comercializado.
O gesso, conhecido á milhares de anos, já era utilizado como
ligante pelos povos da Antiguidade, tais como do Egipto e Fenícia.
UTILIZAÇÃO
Na construção civil.
O gesso é um material muito utilizado em construção devido às
suas propriedades de aderência. A sua maleabilidade fazem da
argamassa deste ligante um bom material para a execução de
pormenores decorativos em paredes e tectos, assim como fazer o
estuque que reveste as paredes. É um bom isolante térmico e
acústico devido ao facto de ter uma baixa condutividade térmica e
um elevado Coeficiente de absorção|coeficiente de absorção
acústica. Contudo, a sua fraca resistência quando posto em contacto
com água, faz do gesso um mau material para ser utilizado em
exteriores. É também utilizado como barreira corta-fogo, pois como
tem um baixo coeficiente de conductibilidade térmica, impede que o
fogo alastre a outras zonas do local onde o gesso está aplicado,
normalmente em habitações; para além do baixo coeficiente de
conductibilidade térmica possui ainda a característica de libertar
água quando exposto ao calor do fogo (calcinação a 160°C).
Na Medicina.
O gesso é frequentemente utilizado no auxílio do tratamento de
fracturas ortopédicas. Alguns críticos opõem-se a esta prática
defendendo que o gesso pode constituir um potencial perigo para a
saúde ao aparentemente potencializar o desenvolvimento de
microrganismos.
Na enologia.
O gesso é utilizado na produção de vinho com o efeito de fazer
precipitar materiais em suspensão na mistura. Há evidências do
surgimento de sua utilização em vinícolas na Europa , com maior
incidência em sítios arqueológicos datados de aproximadamente 6.500
a.C. Alguns escritos gregos do filósofo Plínio, o Velho descrevem
como a população da época utilizava o gesso parcialmente
desidratado e um tipo de cal com o propósito de diminuir a acidez
da bebida. O escritor grego Teofrasto é a mais antiga fonte
conhecida a descrever esta prática de vinificação entre os gregos
antigos.
Na Cerâmica e na Arte.
O gesso é utilizado como fabricação de moldes e em estátuas de
gesso.
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