Os Marcos geodésicos, também conhecidos por
“talefes”são sempre colocados em locais elevados e
isolados com linha de visão para outros vértices.
Dividem-se em três ordens de grandeza:
1ª Ordem - Pirâmides quadrangulares distando entre 30 a 60 Km
2ª Ordem - Cilindro + Cone com listas, distando entre 20 a 30
Km
3ª Ordem - Cilindro + Cone (de tamanho menor que o anterior) com
listas, distando entre 5 a 10 Km
A Geodesia é, ao mesmo tempo, um ramo das
geociências e uma engenharia, que trata do levantamento e da
representação da Terra. E, uma vez que o globo terrestre é
esférico, havia que, (isto, numa explicação muito básica) procurar
“transformar” esta superfície curva, numa face plana,
com o fim de, obtermos uma Carta Geográfica. Imaginou-se que, a
forma de fazê-lo no terreno, seria criar uma rede de vários
triângulos ligados entre si, colocando em cada vértice um marco com
determinada designação e informação. Depois, com aparelhos
adequados que permitiram fazer medições e cálculos, a partir destes
vértices, já foi possível obter a avaliação, que se pretendia, da
superfície da Terra.
Em Portugal, a triangulação da rede geodésica é
constituída, no seu total, por 8.029 marcos.
Mas o progresso também se fez sentir na Geodesia
e Cartografia e, no início da década de 60, foi já introduzida a
medição electrónica de distâncias, MED.
Actualmente há centenas de satélites geodésicos em órbita,
complementados por muitos outros de detecção remota e, também,
pelos sistemas de navegação GPS e Glonass. Claro que hoje, todas
estas redes geodésicas são já muito mais flexíveis e económicas que
as redes terrestres.
Os pontos fixos, em marcos geodésicos, continuam
a existir talvez mais por razões administrativas e legais, à escala
local e regional.
Texto retirado “http://simecqcultura.blogspot.com”