A Reserva Natural do Estuário do
Tejo abrange uma área de 14.192 ha, que inclui uma extensa
superfície de águas estuarinas, campos de vasas recortados por
esteiros, mouchões, sapais, salinas e terrenos aluvionares
agrícolas (lezírias). Insere-se na zona mais a montante do
estuário, distribuindo-se pelos concelhos de Alcochete, Benavente e
Vila Franca de Xira e não excedendo os 11 m de altitude e a
profundidade de 10 m.
Nas margens do estuário desenvolve-se o sapal,
cuja comunidade florística vive sob a influência das águas trazidas
pela maré. Região de grande produtividade a nível de poliquetas,
moluscos e crustáceos, constitui autêntica maternidade para várias
espécies de peixes, como é o caso do linguado e do robalo. Dentre
as espécies sedentárias tipicamente estuarinas salientam-se o
caboz-de-areia e o camarão-mouro. Para peixes migradores como a
lampreia, a savelha e a enguia o Tejo é local de transição entre o
meio marinho e o fluvial.
No entanto, é a avifauna aquática que atribui ao
estuário do Tejo o estatuto da mais importante zona húmida do País
e uma das mais importantes de Europa. Os efectivos de espécies
invernantes chegam a atingir cerca de 120.000 indivíduos. As
contagens regularmente efectuadas indicam que invernam nesta Área
Protegida mais de 10.000 anatídeos e 50.000 limícolas, das quais se
destaca o alfaiate, com um número que pode ascender a 25% da
população invernante na Europa. Muitas outras espécies atestam
igualmente a riqueza biológica e o valor para a Conservação da
Natureza desta região, nomeadamente o flamingo, o ganso-bravo,
o pilrito-de-peito-preto e o milherango.
O local da cache é um dos spots utilizados pelos
amantes da observação de aves. Com alguma paciência, um telescópio
ou binóculos podem observar-se várias aves. Se possível, faça o
mínimo barulho possível, por forma a não perturbar os habitantes.
Por favor deixe a cache exactamente como a
encontrou.