Esta é a segunda de algumas caches que pretendem dar a conhecer
algumas fontes da minha zona e também alguns métodos de análise da
qualidade da água.
A cache encontra-se num local onde passei grande parte da minha
infância pois é perto da casa da minha avó.
O
fósforo pode existir em águas naturais sob a forma de sais minerais
e como constituinte de compostos orgânicos dissolvidos na água ou
ligados à matéria orgânica em suspensão, sendo, na sua forma
elementar, particularmente tóxico e sujeito a bioacumulação.
Quantidades anormais de fosfatos nas águas indicarão,
possivelmente,contaminações
fecais ou adubação excessiva com fosfatos. Contudo, os fosfatos são
dos nutrientes mais importantes na nutrição das plantas na medida
em que condicionam o seu crescimento.
A concentração de fosfatos numa amostra de água natural pode ser
determinada por espectrofotometria pelo método do molibdato de
amónio. Em meio ácido, os fosfatos reagem com o molibdato de amónio
formando um complexo corado de fosfomolibdato de amónio. Este, na
presença de um redutor, como o ácido ascórbico, é convertido em
azul de molibdénio, complexo de coloração azul que pode ser
quantificado espectrofotometricamente a 608 nm.
A espectrofotometria baseia-se na absorção da radiação nos
comprimentos de onda e é medida com um espectrofotómetro, um
aparelho que faz passar um feixe de luz monocromática através de
uma solução, e mede a quantidade de luz que é absorvida por essa
solução. Uma vez que diferentes substâncias têm diferentes padrões
de absorção, a espectrofotometria permite-nos identificar
substâncias com base no seu espectro. Permite também
quantifica-las, umas vez que a quantidade de luz absorvida está
relacionada com a concentração da substância, existindo
uma Lei, a Lei de Beer, que nos
indica que a absorção da luz é tanto maior quanto mais concentrada
for a solução por ela atravessada.
Para obter a concentração de fosfatos numa amostra usa-se o método
da curva de calibração, que consiste:
1 - Preparação de uma série de soluções padrão com composição
idêntica à da amostra e concentração conhecida.
2 - Medição das absorvâncias dessas soluções.
3 - Construção da melhor recta que passa pelos pontos (ou o mais
próximo possível), através da construção de um gráfico com os
valores obtidos.
Essa recta é depois usada para, por intrapolação, obter o valor da
concentração do analito conhecendo a sua absorvância.
Para uma água ser considerada potável não deve conter fosfatos.
Dada a explicação, peço agora que calculem o teor de fosfatos da
água em análise, supondo que foram obtidos os seguintes valores na
análise da água do local da cache e tendo em conta que foram feitas
4 réplicas:
Concentração em fosfatos e absorvâncias obtidas nas soluções
padrão:
Padrão
|
Concentração em fosfatos (mg/L)
|
Absorvâncias a 608
|
I
|
0,00
|
0,000
|
II
|
0,25
|
0,046
|
III
|
0,50
|
0,125
|
IV
|
0,75
|
0,225
|
V
|
1,00
|
0,342
|
Absorvâncias obtidas para a amostra em análise:
0,158/0,128/0,141/0,113
Para obter as coordenadas finais:
39º54.X
8º50.Y
X é o resultado das casas decimais menos duas unidades.
Y é x menos 407.
A cache não contém material de escrita. Em todos os cálculos
arredondem sempre a 3 algarismos significativos.
Divirtam-se.
Curiosidade: O container é uma cuvvete, recipiente usado para
colocar a solução no espectofotómetro.