Situados
no Casal do Outeiro, estes dois belos moinhos, bem recuperados,
funcionam em pleno.
E como funcionam?
“O
moinho de tipo mediterrânico é composto por um corpo de pedra com
quatro a seis metros de altura e sensivelmente o mesmo diâmetro e
cuja forma, embora se assemelhe a um cilindro, é na verdade um
tronco de cone. Em torno do topo deste corpo central existe uma
calha, denominada frechal, sobre a qual assenta uma cúpula móvel,
de forma cónica e à qual se dá o nome de capelo. Tipicamente, no
vértice do capelo
é montado um catavento (com hifen), cujo eixo se prolonga na
vertical para o interior do moinho, fazendo rodar um dispositivo
indicador que permite ao moleiro (operador do moinho) determinar a
direcção do vento sem dele sair.
Moinho
de vento de tipo mediterrânico em Portugal
Construído
em madeira, alvenaria ou palha de centeio, o capelo é atravessado
na diagonal por um mastro, eixo ou pião de madeira, que se estende
por cerca de cinco metros para o seu exterior. Nesse prolongamento
exterior, encontram-se fixadas em forma de cruz as varas ou braços,
onde se fixam as velas de pano com formato triangular. Dois dos
vértices das velas estão fixos a uma vara, o que permite que estas
sejam enroladas na respectiva vara quando o moinho de vento se
encontra imobilizado, ou então estendidas sendo o terceiro vértice
atado à vara que sucede aquela onde a vela está fixa. Esta situa-se mais atrás e dá uma
inclinação á vela a qual permite que ao ser actuada pelo vento faça
imprimir ao moinho um movimento de rotação. Estas varas de auxílio
à armação e esticagem das velas, são denominadas vergas, e estão
colocadas de forma a dividirem a meio o ângulo formado pelas
varas.
Dado
que assenta sobre o frechal o capelo possui mobilidade rotacional,
possibilitando ao moleiro orientar as velas na direcção do vento. A
rotação do capelo é feita utilizando um dispositivo existente no
seu interior ao qual se dá o nome de sarilho. Este dispositivo, que
se assemelha ao cabrestante de um navio, é composto por um eixo
horizontal e em torno do qual se enrola mecanicamente uma corda,
com o auxílio de duas manivelas colocadas em posição oposta em cada
uma das extremidades. Uma das pontas da corda está fixa no eixo
do sarilho e na outra existe um gancho que se prende a uma de
várias argolas fixadas perto do topo do corpo do moinho. Enrolando
o sarilho, a corda estica e obriga o capelo a rodar sobre si mesmo,
para a direcção conveniente.
A
imobilização do moinho era feita rodando o capelo para uma posição
em que o vento não propulsionasse as velas, fazendo com que o
mastro perdesse velocidade. Quando imobilizado, as velas eram
enroladas nas varas e estas últimas presas a algum de diversos
marcos dispostos em torno do moinho através de uma corda denominada
cabresto.
Fixada
no mastro existe uma grande roda dentada, normalmente com os dentes
dispostos na lateral, denominada entrosa. Ao centro do
moinho existe um
eixo vertical, no topo deste eixo existe um carreto no qual
engrenam os dentes da entrosa, de tal forma que fazem rodar o
carreto independentemente da posição do capelo. Deste modo, a
energia cinética de rotação gerada no mastro devido à propulsão
dada pelo vento ao ser captado pelas velas, é
transmitida pelo eixo central até à base do moinho onde faz rodar
as mós que moem o cereal sendo assim a energia eólica
aproveitada. Todas
estas estruturas e engrenagens móveis descritas eram talhadas em
madeira rija (tipicamente carvalho, sobreiro, ou azinheiro), por
artífices especializados nesse tipo de trabalho, a quem se dava o
nome de engenheiros (ou seja, os homens que fabricavam os
engenhos)."
Wikipedia
Os moinhos e terrenos são privados,
mas o muito simpático, Sr António Subtil, proprietário e
moleiro, se estiver no local, até vos poderá mostrar e
explicar o funcionamento destes moinhos.
Será assim necessário, um especial
cuidado em não mexer ou danificar o que por ali se
encontra.
A
cache
O acesso à cache é bastante fácil,
mas, se mesmo assim não a encontrarem (DNF pouco prováveis), o Sr
Antonio sabe onde está o ninho.
Conteúdo inicial
da cache
Stashnote, diário de bordo,
esferográfica, lápis, "oscar" para o apressado(a) do FTF
e vários presentes
para trocas.