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W#Wind (OceanTrail) Traditional Geocache

This cache has been archived.

isioux: Obrigado a todos que visitaram o OceanTrail!

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Hidden : 11/3/2010
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:




"OceanTrail"

“Over 80% of marine pollution comes from land-based activities”


Com este projecto não pretendemos contribuir para “os números”, mas sim chamar a atenção para as fragilidades e ameaças das nossas zonas costeiras e oceanos.

Todas as caches foram feitas a partir de materiais encontrados nas praias por onde vão passar.

Este é um percurso simples, com aproximadamente 7 kms (ida e volta) que podem fazer a pé ou de bicicleta.



As caches não tem com que escrever.
O ideal será levar uma caneta de acetato ou um marcador.
Na primeira cache P#Pesca encontra alguns marcadores, leve, mas no regresso volte a colocar na cache.


W # Wind


!A nortada!

Nesta zona da costa, durante nos meses de Junho a Setembro, são comuns os ventos fortes vindos do Norte. Ao contrário do que se possa pensar isto não é nenhuma conspiração contra o pessoal de férias, mas sim o fenómeno do “upwelling”



O "upwelling" (ou afloramento) costeiro e a Corrente Costeira de Portugal ocorrem ao largo da costa ocidental Portuguesa durante os meses de Verão (Julho, Agosto, Setembro). Ambos estão associados à divergência junto à costa provocada pelos ventos do quadrante norte que predominam nessa altura do ano.

O vento à superfície no oceano arrasta as camadas superiores deste (primeiros 100 ou 200 m) sendo este movimento desviado para a direita (no Hemisfério Norte) por efeito da rotação da Terra. A corrente induzida pelo vento tem uma intensidade que decresce com a profundidade, sendo praticamente nula a partir de 100 ou 200 m (esta profundidade depende da intensidade do vento, entre outros factores). O desvio desta corrente para a direita vai-se acentuando com a profundidade conforme a representação na Fig. 1a. O efeito resultante desta corrente na camada superior do oceano é tum transporte de água na direcção perpendicular ao vento e para a direita deste (no Hemisfério Norte). Então, considerando a costa ocidental Portuguesa e um vento predominante de norte, este vai induzir um transporte das águas costeiras superficiais para o largo (i.e., para a direita do vento). Com o afastamento destas, as águas que estão subjacentes vão ascender à superfície (Fig. 1b) e esse é o fenómeno do “upwelling” (ou afloramento) costeiro. Mas essas águas são mais frias do que eram as águas que estavam à superfície e, portanto, a temperatura da superfície do mar baixa. Esta manifestação à superfície do fenómeno do afloramento costeiro pode ser facilmente detectada a partir de imagens de detecção remota da temperatura da superfície do mar obtidas por satélite (Fig. 2a).

Mas o fenómeno do afloramento costeiro tem como consequência, para além do arrefecimento das águas, o seu enriquecimento em sais nutrientes (nitratos, fosfatos e silicatos). Isto acontece porque as águas subsuperficiais, que estão a ser levadas para a superfície, têm maior concentração desses sais do que as próprias águas da superfície. Então teremos grande quantidade de nutrientes a ser levada para uma camada onde a radiação solar consegue penetrar, ou seja, teremos as condições ideais de alimento e luz para o desenvolvimento do fitoplâncton (Fig. 2b). E este aumento da produtividade primária (primeiro elo da cadeia trófica) vai levar ao desenvolvimento de toda a restante cadeia alimentar, desde o zooplâncton até aos peixes e outras espécies marinhas que se alimentam do plâncton ou de outros peixes.


Fig. 1 - Representação esquemática do fenómeno do Upwelling.



A água sub-superficial que atinge a superfície na zona costeira durante o “upwelling” é transportada para o largo sob a forma de filamentos de água fria e rica em nutrientes, podendo atingir até centenas de quilómetros de extensão. Uma região de “upwelling” é, portanto, uma zona de forte interacção entre as águas costeiras e as águas do oceano aberto, havendo trocas de água, matéria orgânica e inorgânica.

A região de divergência junto à costa gerada pelo transporte para o largo da camada superior do oceano, para além de criar os movimentos verticais referidos, também gera, indirectamente, uma circulação horizontal. Vejamos como: o transporte de água para o largo leva à inclinação da superfície livre (esta fica mais baixa perto da costa do que ao largo) e esta inclinação gera um gradiente de pressão ao qual está associada uma corrente (que resulta do equilíbrio entre a força do gradiente de pressão e a força de Coriolis devida à rotação da Terra) ao longo da costa e no sentido do vento. No caso do “upwelling” ao largo da Península Ibérica, esta corrente está dirigida para Sul – é a Corrente Costeira de Portugal.

fonte:Instituto Oceanografia da Faculdade de Ciências Universidade de Lisboa


Caso detecte um animal marinho ferido contacte: Polícia Marítima 258 822 168 


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