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Painel "As Mondadeiras"_Alqueidão @003 Traditional Geocache

Hidden : 10/1/2010
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:


Com esta Cache pretendo mostrar-vos um bonito painel e um pequeno local que está recuperado.

Freguesia do Alqueidão.




O Painel antigo caiu e foi colocado o atual, que tem algumas diferenças, mas está mais apelativo aos olhos.

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Alguma História

A Mondadeira

Saia de roda, de ganga ou de riscado; uma blusa de chita ou de riscado também; um avental de pano e meia com laços. Um lenço encarnado; às vezes, com calor, um chapéu de palha por cima. Canos nas pernas, geralmente escuros; pés descalços e enegrecidos. Duas ou três saias de baixo, recortadas, juntas à de cima e pregadas com alfinetes à volta de cada perna; a atar tudo, o nastro, espécie de cinta para ficar bem alto o conjunto. Nos braços, manguitos, de cotim ou de restos de meias velhas.

Agora as máquinas já fazem quase tudo: lavram, plantam, mondam, ceifam, debulham. No calor do Verão, quando é tempo de mondar, vêm os aviões que sobrevoam os arrozais e descarregam toneladas de produtos químicos. É assim que morre a erva. Foi assim que morreu o trabalho de mondar.

A Monda

Os cômoros dos canteiros do arroz, perpendiculares à vala, eram desfeitos todos os anos, a seguir à ceifa. Mas as linhas, pequenos muros definidores da organização do espaço, paralelas à vala, mantinham-se inalteráveis. Ao contrário da plantação, a monda fazia-se de trás para a frente. As mondadeiras pegavam um eito e, sendo o arroz ainda pequeno, atiravam as ervas mondadas para o cômoro ou para a linha, conforme fosse mais perto. Se o arroz fosse já mais crescido, não dava para atirar as ervas. Nesse caso, cada mondadeira juntava as que ia mondando até fazer um molho que depois era passado, de mão em mão, até à linha mais próxima, para a esquerda ou para a direita. As ervas ficavam por cima dos cômoros e das linhas, a secar.

A monda fazia-se com água pelo joelho, às vezes mesmo por cima dele. Daí as mondadeiras andarem descalças e trazerem as saias puxadas bem acima. Passar todo o dia em meio metro de água já fazia parte do quotidiano. O que atemorizava as mondadeiras era quando havia olheiros, zonas do canteiro onde a terra era menos consistente e, ao pisá-la, o corpo se enterrava pelo lodo adentro, ficando-se às vezes com água até ao peito. E depois havia os bichos: as cobras inofensivas mas com fama de malfazejas no imaginário popular, as sanguessugas que se agarravam às pernas, e por isso se usavam os canos, os bazarucos (bichos pretos com turquês que ferravam nos pés) e as camisolas - essas brancas e espalmadas mas que também tinham turquês e não se ficavam atrás na arte de ferrar.
Iguais riscos corriam os homens que, finda a monda, tratavam de adubar, com amónio, metidos nos canteiros aos dois e aos três, à ilharga uns dos outros, descalços e de calça arregaçada até ao joelho.



O novo inclino deu logo outro aspeto...Um poço para recordar.




@

 

Espero que gostem...

Levem algo para escrever e deixem tudo como encontraram ou melhor...

Muito cuidado com os Mugles, pois as janelas teem olhos interiores..

Boas Cachadas...

 

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Additional Hints (Decrypt)

An pnvkn qb "Rk" pbagnqbe qr U2b...frwnz qvfpergbf, aãb é cerpvfb rfgentne anqn.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)