Diamantes!
Diamantes! Diamonds! Diamonds!
We are where it all began. Up until then,
diamonds were a true rarity, its only (scarce) source being India.
Having discovered the Cape route (circumnavigating Africa) to India
and thus opening a new trade route to diamonds (until then mostly
in the mist of myths), Portuguese would again be at the forefront
of events transforming the diamond industry, now in colonial
Brazil.
The discovery of
diamonds in the region of Diamantina (then Tijuco) in the first
quarter of the XVIII century would eventually bring rivers of
diamond into wealthy of Europe, its use no more only a monopoly of
a few kings and queens.
The
exploration, extraction and flow of diamonds from the inner regions
of Brazil into the wealthy ruling classes of old Europe unfolded
many dramas, created many myths and folklore of its own
(don’t forget to visit Chica da Silva’s house, a few
hundred meters away). The architecture of the time has been
preserved in Diamantina (now a World Heritage site) and other
cities of Minas Gerais. All this can be seen around the place where
you are, where all begun.
Well, this is not
exactly true; despite the human excitement about diamonds, the
blood and sweat
we are willing to spend for their sake, diamonds start their travel
much before, much further away, deep in the roots of the Earth.
This Earthcache, placed in the center of Diamantina, has the
purpose of explaining diamonds’ life cycle.
Diamonds are
formed in the deep Earth, bellow the crust, in rocks belonging to
the upper mantle. Diamonds crystallize in two specific rocks,
eclogites and (in certain varieties of) peridotites. Diamond
crystallization started eons ago, much before the eruption of the
rocks that brought them to surface: there are diamonds as old as
3.300 My; most diamonds crystallized until 1.000 My ago.
The carbon used in
the formation of diamonds in the upper mantle has two sources: in
peridotitic diamonds, juvenile carbon, i.e., carbon that has
remained in the mantle since the Earth’s creation, 4.500
million years ago, and recycled carbon, i.e. carbon pushed from the
crust into the mantle by tectonic plates’ subduction, in
eclogitic diamonds.
At certain points
in time, kimberlites and lamproites (and other exotic rocks) act as
elevators, dragging diamonds as xenocrysts to the Earth’s
surface in fast, furious volcanic eruptions in old stable areas of
the continental crust. These eruptions have to be fast, as
otherwise diamonds would dissolve into thin air or would become
graphite, diamond’s lackluster brother.
Formed in the
hot and heavy depths of the Earth, the minerals contained in these
volcanoes are particularly unstable at the surface’s
temperature and pressure; they rot and get washed away by running
water as clay or oxide particles. Being chemically resistant and
having a great coehesion (it’s the hardest mineral), diamond
is one of the remaining minerals. Flowing water transports
kimberlites’ mineral residues, in particular diamond, along
river basins; whenever hydrodynamic conditions allow it, diamond
deposit along other mineral grains (mostly quartz) ion gravel
deposits.
The
transport-deposition cycle of diamond can be repeated several
times; old gravel deposits are often remobilized (eroded,
transported and redeposited further downstream). Primary deposits
(e.g kimberlites or lamproites) from which the alluvial diamonds in
the Diamantina region derived are not known (and have generated the
usual controversy, the mother of scientific advances); the oldest
sources of today’s alluvial diamond deposits in the
Jequitinhonha basin are the conglomerates of the Sopa-Brumadinho
Formation (1500 – 1750 My). The diamonds liberated from this
old formation are transported by water and redeposited in modern
fluvial deposits and have been mined since early XVIII century. But
that is Man’s history.
This is a simple
Earthcache; to log it you will have to answer the following
requirements:
1. This earthcache
takes you to the center of Diamantina, where it all begun: in this
square there is an institution that recalls the events and way of
life connected to the diamond era in Diamantina. What is its name?
You are in front of it; if in doubt, don’t be afraid to ask
around.
2. Move to the
second waypoint (Final). You are now at the "Two faces fountain".
At your feet, the pavement is made of gravel quartz that came from
the rivers where diamonds originated (remember, gravel contained
the diamonds). What is the average size class of these
stones?
3. Finally, add a
photo in your log from you or your GPS in Diamantina (without, of
course, revealling the answer).
É aqui que tudo
começou. Até então, os diamantes eram uma verdadeira raridade, a
sua única (escassa) fonte sendo a Índia. Tendo descoberto a rota do
Cabo (circunavegando a África) para a Índia e abrindo uma nova rota
de comércio de diamantes (até então, escondidos na bruma dos mitos,
a comunidade luso-brasileira voltaria a estar na vanguarda dos
acontecimentos que transformaram a indústria de diamantes, agora no
Brasil colonial.
A descoberta de
diamantes na região de Diamantina (então Tijuco) no primeiro
quartel do século XVIII viria a, com o tempo, trazer rios de
diamantes para as classes abastadas da Europa, generalizando o seu
uso, não mais apenas monopólio de alguns reis e rainhas.
A exploração,
extração e comércio de diamantes das regiões interiores do Brasil
para as classes dominantes abastadas da Europa desenrolou-se no
seio de grandes dramas, criou muitos mitos e folclore próprio (não
se esqueça de visitar a casa de Chica da Silva, a poucas centenas
de metros de distância). A arquitetura do tempo tem sido preservada
em Diamantina (agora Património Mundial da Humanidade) e outras
cidades de Minas Gerais. Tudo isso pode ser visto em redor do lugar
onde você está, onde tudo começou.
Bem, isso não é
exactamente verdade, apesar da emoção humana sobre os diamantes, o
sangue e o suor que estamos dispostos a derramar para os obter, os
diamantes começam a sua viagem muito antes, muito mais longe, nas
raízes da terra. Este earthcache, colocada no centro de Diamantina,
tem a finalidade de explicar o ciclo de vida do diamantes
.
Os diamantes são
formados no interior da Terra, abaixo da crosta, em rochas
pertencentes ao manto superior. Os diamantes cristalizam em dois
tipos específicos de rochas, eclogitos e (em certas variedades de)
peridotitos. A cristalização do diamante começou há milhares de
anos, muito antes da erupção das rochas que os trouxe à superfície:
há diamantes tão antigos quanto 3.300 milhões de anos, tendo a
maioria dos diamantes cristalizado até 1.000 milhões de anos
atrás.
O carbono usado na
formação dos diamantes no manto superior tem duas fontes: o carbono
juvenil, ou seja, o carbono que se manteve no manto desde a criação
da Terra, 4.500 milhões de anos atrás, nos os diamantes dos
peridotitos, e o carbono reciclado, o carbono empurrado da crosta
para o manto por subducção das placas tectônicas, nos diamantes em
eclogitos.
Em determinados
pontos no tempo, os kimberlitos e lamproítos (e outras rochas
exóticas) agiram como elevadores, arrastando diamantes como
xenocristais para a superfície da Terra, em erupções rápidas
erupções vulcânicas em antigas áreas estáveis da crosta
continental. Estas erupções têm que ser rápidas, caso contrário os
diamantes transformar-se-iam em dióxido de carbono ou grafite, o
irmão sem brilho do diamante.
Formado nas
profundezas quentes e pesadas da Terra, os minerais contidos nestes
vulcões são particularmente instáveis nas condições de temperatura
e pressão da superfície; são decompostos e e os seus resíduos
transportados pela água corrente, sob a forma de partículas de
argila ou óxido. Por ser quimicamente resistente e ter uma grande
coesão (é o mineral mais duro), o diamante é um dos minerais
restantes. A água líquida dos rios (e a sólida do gelo dos
glaciares) transporta os resíduos dos kimberlitos, em particular o
diamante, ao longo das bacias hidrográficas, e deposita-os com
outros grãos minerais (principalmente quartzo) sempre que as
condições hidrodinâmicas permitem, formando derpósitos de cascalho
com mineralizados, jazigos de de diamantes aluvionares.
O ciclo de
deposição e transporte dos diamantes pode ser repetido várias
vezes; os depósitos de cascalho são frequentemente remobilizados
(erodidos, transportados e redepositados mais a jusante). Os
depósitos primários (kimberlitos por exemplo, ou lamproitos) de que
os diamantes aluviionares da região de Diamantina são derivados não
são conhecidos (tendo gerado a controvérsia do costume, mãe do
progresso científico); as mais antigas fontes de diamantes do
jazigos aluvionares actuais na bacia do Jequitinhonha são os
conglomerados da Formação Sopa-Brumadinho (1500 - 1750 Ma). Os
diamantes libertados a partir desta formação antiga são
transportados pela água e depositados nos depósitos fluviais
modernos, que têm sido explorados desde o século XVIII. Mas isso já
é a História do homem.
Esta é uma
earthcache simples; para contar com mais um found você terá que
responder aos seguintes requisitos:
-
As coordenadas
iniciais levam-no ao centro de Diamantina, onde tudo começou: nesta
praça há uma instituição que recorda os acontecimentos e o modo de
vida ligado à era do diamante em Diamantina. Qual é seu nome? Está
na frente dele; em caso de dúvida, não tenha medo de perguntar em
redor.
-
Desloque-se para o
segundo waypoint (Final). Aqui vai encontrar a "Fonte das duas
caras". Aos seus pés, a calçada é feita de cascalho de quartzo
originado a partir dos rios que contêm os diamantes
(lembre-se, o cascalho contêm os diamantes). Qual é a dimensão
média dessas dos clastos de quartzo?
-
Por fim, adicione
uma foto no seu log (sua ou do seu GPS) em Diamantina (tenha
cuidado, para não revelar as respostas).