El Rei Dom Dinis
Filho de D. Afonso III e da infanta Beatriz de Castela, neto de Afonso X de Castela, foi aclamado em Lisboa em 1279.
Foi cognominado O Lavrador ou O Rei-Agricultor, pelo impulso que deu no reino àquela actividade, e ainda O Rei-Poeta ou O Rei-Trovador, pelas Cantigas de Amigo e de Amor que compôs, e pelo desenvolvimento da poesia trovadoresca a que se assistiu no reinado.
Foi o primeiro rei português a assinar os documentos com o nome completo. Presume-se que tenha sido o primeiro rei português não analfabeto.
Como herdeiro da coroa, D. Dinis desde cedo foi envolvido nos aspectos de governação pelo seu pai. À data da sua subida ao trono, o país encontrava-se em conflito com a Igreja Católica. D. Dinis procurou normalizar a situação assinando um tratado com o papa Nicolau III, onde jurava proteger os interesses de Roma em Portugal. Salvou a Ordem dos Templários em Portugal através da criação da Ordem de Cristo, que lhe herdou os bens no reino português depois da sua extinção e apoiou os cavaleiros da Ordem de Santiago ao separarem-se do seu mestre castelhano.
D. Dinis foi essencialmente um rei administrador e não guerreiro: envolvendo-se em guerra com Castela em 1295, desistiu dela em troca das vilas de Serpa e Moura. Pelo Tratado de Alcanises (1297) firmou a Paz com Castela, definindo-se nesse tratado as fronteiras actuais entre os dois países ibéricos. Por este tratado previa-se também paz de 40 anos, amizade e defesa mútuas.
D. Dinis redistribuiu terras, promoveu a agricultura e fundou várias comunidades rurais, assim como mercados e feiras, criando as chamadas feiras francas ao conceder a várias povoações diversos privilégios e isenções.
A razão de um dos seus cognomes ser O Lavrador foi a criação do Pinhal de Leiria, que ainda se mantém, de a proteger as terras agrícolas do avanço das areias costeiras.
A cultura foi um dos seus interesses pessoais. D. Dinis não só apreciava literatura, como foi ele próprio um poeta notabilíssimo e um dos maiores e mais fecundos trovadores do seu tempo. Aos nossos chegaram 137 cantigas da sua autoria, distribuídas por todos os géneros (73 cantigas de amor, 51 cantigas de Amigo e 10 cantigas de escárnio e maldizer), bem como a música original de 7 dessas cantigas (descobertas casualmente em 1990).
Diz a lenda de uma aldeia do concelho de Seia, Lapa dos Dinheiros, que D. Dinis terá por lá passado e, depois de ter jantado e pernoitado na no lugar, deu-lhe o seu nome actual.
Os últimos anos do seu reinado foram marcados por conflitos internos. O herdeiro, futuro D. Afonso IV, receoso que o favorecimento de D. Dinis ao seu filho bastardo, D. Afonso Sanches o espoliasse do trono, exigiu o poder e combateu o pai. Nesta luta teve intervenção apaziguadora a Rainha Santa Isabel que, em Alvalade se interpôs entre as hostes inimigas já postas em ordem de batalha.
D. Dinis morreu em Santarém a 7 de Janeiro de 1325, e foi sepultado no Mosteiro de São Dinis, em Odivelas.
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
CACHE:
A cache é uma simbólica homenagem a este monarca, que marca a história da Cidade de Odivelas.
Encontra-se num dos tributos artísticos que a cidade lhe dedicou.
É necessário máxima descrição, pois trata-se de um local muito frequentado!
ATENÇÃO: CUIDADO COM O TRÂNSITO! MÁXIMA PRECAUÇÃO!
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Ordem:
6.º Monarca de Portugal
Cognome(s):
o Lavrador, o Rei-Agricultor,
o Rei-Poeta, o Rei-Trovador
Início do Reinado:
16 de Fevereiro de 1279
Término do Reinado:
7 de Fevereiro de 1325
Aclamação:
1279
Predecessor(a):
D. Afonso III
Sucessor(a):
D. Afonso IV
Pai:
D. Afonso III
Mãe:
D. Beatriz de Castela
Data de Nascimento:
9 de Outubro de 1261
Local de Nascimento:
Santarém
Data de Falecimento:
7 de Janeiro de 1325 (63 anos)
Local de Enterro:
Mosteiro de São Dinis, Odivelas
Consorte(s):
Rainha Santa Isabel, Infanta de Aragão
Príncipe Herdeiro:
Infante D.Afonso (filho)
Dinastia:
Borgonha (Afonsina) |