A Capela de Nossa Senhora da Guadalupe terá sido edificada a expensas de D. Pedro de Castro, pelos anos de 1530, já que na parede fundeira, um dos frescos ostenta, numa cartela, a data de 1529. Nas Memórias de Vila Real pode ler-se que é "um templo grande, magnificamente obrado de pedra de cantaria à romana, forrada primorosamente de madeira... e tem seu coro tribuna de órgãos, a qual erigiu dom Pedro de Castro... sucessor do dito Fernão de Brito". É um monumento românico-gótico. O arco da porta principal e o de cruzeiro são ogivais e semicirculares, os das portas transversais, emoldurados por dois breves toros e cavetos contínuos. "O arco da capela-mor – escreveu Sant'Ana Dionísio – é forte e rude... As frestas das naves são rectangulares ... como na Sé, ao passo que na frontaria dá luz um pequeno óculo... Os modilhões da cornija... têm uma ornamentação típica, com predomínio de rostos humanos ... alguns ... estão cercados de breves folhagens ... A modilhagem da parede norte é mais arcaizante, com cabeças de animais". As águas do telhado escorrem por gárgulas rudimentares para a testeira". O tecto antigo da capela que foi de traça mudéjar desapareceu na reforma de 1913, segundo afirma Sant'Ana Dionísio. A capela tem coro alto sobre a entrada. "Os barrotes, salientes para a nave, têm as terminações costumadas do século, às quais uma pintura devia dar configuração humana ou animal. Na parede traseira da capela-mor, há uma pintura que representa a genealogia de Jesus, conhecida por árvore de Jessé, com a imagem de Nossa Senhora com o Menino na mão direita e aos lados figuras masculinas com flores a tapá-las até à cintura: seis do lado direito e cinco do lado esquerdo, todas a olharem para a Virgem. Há outros frescos com decorações diversas, que incluem figuras híbridas, trompas, taças, ramificações vegetativas, bem como o brasão do fundador da igreja, abade Fernão de Brito. O chão é de laje de granito, enobrecido por 6 sepulturas com brasões e epígrafes, datadas dos séculos XVI e XVIII. No exterior, atrás, está o brasão do fundador. Na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira diz que é uma réplica da que existe junto ao castelo de Guimarães.
O texto acima transcrito foi retirado do livro "Histórias das Freguesias do Concelho de Vila Real", com a devida autorização do autor.
Alguns pormenores da Capela
A Cache
Trata-se de um contentor de tamanho micro, com Stashnote, Logbook.
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