A Linha do Guadiana
O
actualmente conhecido como Ramal de Reguengos é na verdade o
produto de um projecto falhado de construção de uma linha de grande
alcance, à semelhança de muitos outros projectos ferroviários
inacabados em Portugal.
Trata-se de
um ramal ferroviário português que liga as cidades de Évora e
Reguengos de Monsaraz, no Alentejo, atravessando os concelhos de
Évora, Redondo e Reguengos.
O projecto
original que veio a possibilitar a existência deste ramal veio
curiosamente surtir o mesmo efeito em outro ramal alentejano: o
Ramal de Moura. A intenção era a da ligação ferroviária Lisboa
- Sevilha, via Évora e Zafra, contemplando ainda a ligação a Moura e às
Minas de São Domingos, na fronteira com o Algarve.
Este
projecto foi designado como a Linha do Guadiana. A mesma intenção
foi demonstrada por parte de Espanha, redundando no entanto em
igual fracasso, uma vez que a linha se ficou por um ramal entre
Zafra e Jerez de los
Caballeros.
A
via-férrea que avançava de Beja rumo a Pias faria a ligação entre
esta capital de distrito e a Linha do Guadiana, pelo que se pode
considerar que o verdadeiro início desta linha se deu a 27 de
Dezembro de 1905, quando se inaugurou o troço Pias - Moura. Aqui viria a passar a Linha do Guadiana,
vinda de Évora, em direcção às Minas de São Domingos.
Do lado de
Évora, a construção da Linha do Guadiana propriamente dita
- separação da Linha de Évora (Casa
Branca - Évora - Vila Viçosa) - teve uma longa história de avanços
e recuos, de 24 de Abril de 1903 (aprovação legal da construção do troço
Évora - Reguengos), passando por Dezembro de 1913 (início da construção), até 6 de
Abril de 1927, quando Reguengos finalmente recebe o
comboio.
A
continuação da Linha do Guadiana levaria o comboio a Mourão, de
onde partiria o ramal de ligação internacional para Zafra, de Mourão até Moura, e daqui finalmente às
Minas de São Domingos.
Adaptado de
http://pt.wikipedia.org
Ramal de Reguengos
Inicialmente designada como Linha do Guadiana, foi pensada
para fazer ligação Lisboa a Sevilha, viu em finais dos anos 50 a
sua desclassificação para Ramal de Reguengos.
Com 40,7Km
de extensão, caracterizada por grandes rectas com balastro na sua
quase totalidade, conta no seu percurso com quatro estações e cinco
apeadeiros (Évora, Paço
Saraiva (ap.), Machede, Stª Susana
(ap.), Balancho (ap.),
Montoito, Falcoeiras (ap.), Caridade (ap.), e
Reguengos), três pontes metálicas, e equipamentos ligados ao
armazenamento de cereiais. Nos tempos
do Vapor, na estação de Reguengos, existia uma ponte de inversão
para Locomotivas. A distância média entre estações é de
12,6Km.
Em 1983 é introduzido o regime de exploração simplificado; aquando
do seu encerramento (01-01-1990) o serviço era
efectuado por automotoras Nohab de
segunda geração em seis serviços diários, três em cada sentido; não
existindo horário oficial.
O material
circulante mais usado no ramal era composto, nos tempos do Vapor
por Locomotivas das séries 200 e 700 rebocando carruagens
metalizadas, muitas das vezes em comboios mistos, estas
desapareceriam em 1968. Seguiram-se as automotoras de dois eixos
com motor a gasolina de marca Nohab.
Mais tarde viriam a sofrer alterações, sendo dotadas de
Bogies e um motor potente a diesel.
Apareceriam também automotoras maiores com reboque de marca
Nohab e Locomotivas Diesel-eléctricas, 1300, 1500. Sendo as mais
vulgares as da série 1200, rebocando mistos compostos por
carruagens metalizadas, vagões J, e tremonhas para o transporte de cereais.
Adaptado de
http://reguengos.sitesled.com