O
Prémio Nobel Português
"
Nasci numa família
de camponeses sem terra, em Azinhaga, uma pequena povoação situada
na província do Ribatejo, na margem direita do rio Almonda, a uns
cem quilómetros a nordeste de Lisboa. Meus pais chamavam-se José de
Sousa e Maria da Piedade. José de Sousa teria sido também o meu
nome se o funcionário do Registo Civil, por sua própria iniciativa,
não lhe tivesse acrescentado a alcunha por que a família de meu pai
era conhecida na aldeia: Saramago.(Cabe esclarecer que saramago é
uma planta herbácea espontânea, cujas folhas, naqueles tempos, em
épocas de carência, serviam como alimento na cozinha dos pobres).
Só aos sete anos, quando tive de apresentar na escola primária um
documento de identificação, é que se veio a saber que o meu nome
completo era José de Sousa Saramago... Não foi este, porém, o único
problema de identidade com que fui fadado no berço. Embora tivesse
vindo ao mundo no dia 16 de Novembro de 1922, os meus documentos
oficiais referem que nasci dois dias depois, a 18: foi graças a
esta pequena fraude que a família escapou ao pagamento da multa por
falta de declaração do nascimento no prazo
legal."
José Saramago
Os seus pais emigraram para Lisboa quando ele não havia ainda
completado dois anos. A maior parte da sua vida decorreu, portanto,
na capital, embora até aos primeiros anos da idade adulta fossem
numerosas, e por vezes prolongadas, as suas estadas na aldeia
natal.
Fez estudos secundários (liceais e técnicos) que, por dificuldades
económicas, não pôde prosseguir. O seu primeiro emprego foi como
serralheiro mecânico, tendo exercido depois diversas profissões:
desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, tradutor,
editor, jornalista. Publicou o seu primeiro livro, um
romance, Terra do Pecado, em 1947, tendo estado
depois largo tempo sem publicar (até 1966). Trabalhou durante doze
anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de
produção. Colaborou como crítico literário na
revista Seara Nova. Em 1972 e 1973 fez parte da
redacção do jornal Diário de Lisboa, onde foi
comentador político, tendo também coordenado, durante cerca de um
ano, o suplemento cultural daquele
vespertino.
Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de
Escritores e foi, de 1985 a 1994, presidente da Assembleia Geral da
Sociedade Portuguesa de Autores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi
director-adjunto do jornal Diário de Notícias.
A partir de 1976 passou a viver exclusivamente do seu trabalho
literário, primeiro como tradutor, depois como autor. Em Fevereiro
de 1993 decidiu repartir o seu tempo entre a sua residência
habitual em Lisboa e a ilha de Lanzarote, no arquipélago das
Canárias (Espanha). É casado com Pilar del
Río.
in:
http://www.josesaramago.org
"Perguntar
de que morreu alguém é estúpido, com o tempo a causa esquece, só
uma palavra fica, Morreu"
1922 -
2010
Obrigado pelo que nos
deixou!!
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A
Cache
Trata-se de uma micro que
inicialmente irá conter logbook, stashnote e uma GC para o
FTF.
Tenham atenção a reposição da cache para que esta nao caia e
certifiquem-se de que esta está bem presa no seu
esconderijo.
Levem material de
escrita.