Moinhos de Alburrica
Em 1852 foram edificados em Alburrica três Moinhos de Vento.
O maior ou Gigante, o central ou Poente e o último, o Nascente.
Os Moinhos Nascente e Poente de tipologia comum, possuem torre cilíndrica de dois pisos, cobertura móvel e duas mós. São desactivados em 1950 e adquiridos pela Câmara Municipal em 1973. O Moinho Poente ostenta um registo votivo em azulejo dedicado a Nª Sª do Rosário.
O Moinho Gigante de tipologia holandesa foi desactivado em 1919 sendo habitado por pescadores até 1998 quando passa a Património Municipal.
Maravilhas do Barreiro
O complexo constituído pelos três moinhos da zona ribeirinha de Alburrica foi o grande vencedor da iniciativa "Sete Maravilhas do Barreiro", cujos resultados foram ontem divulgados. Durante a votação, que se prolongou por dois meses, os barreirenses mostraram-se divididos na escolha de um "ex-líbris", mas acabaram por se decidir por aquele que já foi o símbolo do município e é imagem de marca da cidade.
Construídos há mais de 150 anos - e apesar de já não ostentarem as antigas velas de armação de malha de madeira holandesa - os moinhos conseguiram arrecadar 28,7% dos cerca de 200 votos. Para travar o seu acelerado estado de degradação, desde 2006 que a autarquia já fez duas obras de recuperação e consolidação das suas fundações, abaladas pela erosão provocada pela passagem dos catamarans no Tejo. A intervenção foi realizada em parceria com a Administração do Porto de Lisboa, na medida em que os moinhos se encontram em terrenos da sua jurisdição.
Como outrora, o Barreiro mantém uma aprazível ligação às águas vastas e sossegadas do rio, fazendo parte do conjunto composto por terras de Lisboa e da "outra banda", desde há séculos indissociável numa composição magnífica entre as maravilhas da natureza e o labor dos homens.
Fonte: JN