Freguesia do Lumiar
A freguesia do Lumiar, uma das 53 de Lisboa, é
também uma das mais populosas, com os seus cerca de 45.000
habitantes e 30.600 eleitores. Foi criada em 2 de Abril de 1266
dado o seu crescimento em importância e população.
Em 1312, D. Dinis efectuou a partilha dos bens do Conde de
Barcelos, ficando para D. Afonso Sanches, seu filho bastardo e
genro do Conde, uma quinta e casa de Campo no Lumiar, a que se
passou a chamar Paços do Infante D. Afonso Sanches. No reinado de
D. Afonso IV, esta residência nobre tomou a designação de Paço do
Lumiar, que ainda hoje se mantém e constitui um importante núcleo
histórico da freguesia.
No inicio do séc. XVIII, o Lumiar era definido como "um sítio de
nobres quintas, olivais e vinhas", sendo os principais frutos da
terra o vinho, o trigo, a cevada e o azeite.
Em meados do séc. XIX, realizavam-se no Lumiar três feiras anuais
(Fevereiro, Junho e Agosto), todas muito concorridas, especialmente
a de Santa Brígida, em que havia romaria e bênção do gado.
De 1852 a 1886, esta freguesia esteve integrada no concelho dos
Olivais, sendo finalmente incorporada no território da Cidade de
Lisboa, em 18 de Julho de 1885.
Desde o início do séc. XIX, a população da freguesia tem tido um
progressivo aumento. Em 1903, Júlio Castilho, o pai da
Olisipografia, morador no Lumiar, ao ver a velha aldeia a crescer e
transformar-se, escreveu: "O nosso Lumiar, hoje cheio de palacetes
e cortado de eléctricos, carruagens e automóveis, formou um bairro
da Capital".
No séc. XX, assiste-se na freguesia a um forte aumento populacional
(de 2.840 habitantes em 1900 para mais de 30.000 em 2000), tendo a
antiga aldeia perdido, nas últimas décadas, quase definitivamente
as suas características com os diversos parques habitacionais.
Agora tem como grande desafio o empreendimento da Alta de Lisboa, o
maior projecto de urbanização da cidade, com capacidade para mais
de 50.000 habitantes.
Paço do Lumiar
O Paço do Lumiar é um dos bairros desta
freguesia e conta com um conjunto histórico muito interessante.
Aqui podemos encontrar edifícios antigos, Solares, Quintas e
Palácios. Uns recuperados, outros ao abandono.
Está atestada, através de documentação, a existência de um Paço e
extensa Quinta que foram propriedade do rei D Afonso III, tendo
sido, mais tarde, objecto de doação por D. Dinis ao seu filho
ilegítimo, D. Afonso Sanches. Embora não se conheçam provas
materiais do edifício do Paço, julga-se que este se encontrava
localizado no espaço agora ocupado pelo Largo do Paço. O Paço e a
Quinta foram alvo de confisco por parte de D. Afonso IV, passando a
integrar os bens da coroa. O parcelamento da propriedade veio
dinamizar o processo de povoamento do local, desenvolvendo-se um
núcleo residencial que permanece isolado até aos nossos dias, por
se encontrar rodeado de quintas que atestam a fertilidade dos solos
do Lumiar.
A classificação do núcleo urbano do Lumiar comporta quer a aldeia,
que mantém um carácter unitário, quer as Quintas que a rodeiam,
como é o caso da Quinta dos Azulejos com riquíssima decoração de
painéis de azulejos policromos setecentistas, a Quinta das
Hortênsias, a Quinta do Marquês de Angeja, a Quinta do
Monteiro-Mor, onde funciona actualmente o Museu Nacional do Traje e
o Museu Nacional do Teatro, e a Ermida de São Sebastião.
A Cache
Trata-se de uma multi-cache constituída por dois
contentores, que nos levará a um agradável passeio pelo bairro
histórico do Paço do Lumiar e que terá início na Ermida de São
Sebastião (séc. XVI).
Procura o anno (A) e o ano da morte do grande poeta (B):
- Se B-A for par, completa a 1ª Frase
- Se B-A for ímpar, completa a 2ª frase
Boa sorte!