ARCOZELO DA SERRA - CAPELA DO SENHOR DO CALVÁRIO
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Size: 
(small)
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Arcozelo da Serra é uma aldeia do interior do país, localizada no concelho de Gouveia (Guarda), com 30,79 km2 de área, confrontando-se a norte com o Rio Mondego e no sentido dos ponteiros do relógio com as freguesias de Ribamondego, S.Paio, Nespereira, Rio Torto e Cativelos.
No recenseamento de 2001 registava 858 habitantes permanentes. Localizada originalmente na encosta do ponto de encontro de dois vales, vale do Boco” e vale das “Lameiras”, onde confluem as ribeiras do “Boco” e de “Gouveia” que proporcionam água abundante e garantiram uma elevada sedimentação ao longo dos tempos dando origem a solos de elevada fertilidade agrícola. Ainda que com potencialidades diferentes, a agricultura era praticada igualmente nos três grandes planaltos que se encontram na freguesia, “Sobreposta”, “Corga Fria” e “Aljão / Alijão” e no planalto a norte que confina com o rio Mondego.
A actividade dominante é a agricultura, com uma componente forte de cultura intensiva de produtos hortícolas (terra do "grelo") e ainda alguma pastorícia. No início do século XX, e durante largas dezenas de anos, atingiu o seu auge na década de 50, a aldeia foi também conhecida como a terra dos “Sapateiros” – o fabrico artesanal de calçado foi uma actividade económica com muita importância mas que entretanto praticamente desapareceu.
Relativamente ao nome “Arcozelo”, a crença popular pretende explicar a sua origem numa quinta que estaria na fundação da povoação – Quinta do Arco. Diz-se que todos os peregrinos que por ali passavam podiam descansar, achando agasalho e sendo tratados com muito “zelo” pelos donos da quinta. Começaram por isso a chamar-lhe “Quinta do Arco do Zelo” ou mais abreviadamente “Arco do Zelo” o que teria dado origem a Arcozelo. No entanto o nome deverá ter alguma relação com arco já que nas palavras de Leite de Vasconcelos a palavra Arcozelo provém do latim arcucellu palavra que significa o diminutivo de arco (durante algum tempo a povoação também foi designada como “Arcozelo do Alijão”)
Do património arqueológico são de destacar alguns traços de ocupação humana nos limites da freguesia de Arcozelo:
“PENEDOS MOIROS” – situados a oeste da povoação, este aglomerado de rochas graníticas de grande dimensão contêm vestígios de ocupação humana em alguns elementos esculpidos na rocha. Foi abandonado no século X e os estudos arqueológicos identificam-no como um santuário da idade do Ferro dedicado a uma ou mais divindades pré-romanas, não identificadas.
“CASTELO” – localizado a nordeste da povoação actual, e num local alto e de difícil acesso, trata-se de um pequeno povoado fortificado da época medieval com algumas sepulturas no qual os trabalhos arqueológicos efectuados permitiram encontrar algumas cerâmicas.
“RISADO / ARRISADO / ARRASADO” – designado sob várias formas pelos autóctones, trata-se de uma necrópole de sepulturas escavadas na rocha, muito provavelmente num momento de ocupação temporal similar ao “Castelo”, mas onde existem vestígios de ocupação resultante da romanização e ainda não estudados do ponto de vista arqueológico.
“LAJES RUIVAS” – localizadas no monte Aljão (ou Alijão), a noroeste da povoação, trata-se de uma ocupação que combina uma villa romana com uma necrópole com 7 sepulturas, quase todas infantis, sendo que nesta área foram identificadas 5 ocupações distintas que decorreram nos períodos romanos e medieval.
De entre as tradições e costumes de Arcozelo da Serra destacam-se duas em particular:
No dia 25 de Abril realizava-se a festa anual de S.Marcos, na capela e largo com o mesmo nome. Esta festa tinha algumas particularidades em que se misturavam ritos pagãos com ritos religiosos profundos. Na procissão em honra de S. Marcos, que se realizava pela povoação, seguia um Touro bravo, que entrava na capela assistindo à celebração muito quieto. Mais tarde este costume foi substituído pela colocação sobre o altar-mor de duas crianças “bravas” (de sexo diferente) a fim de ficarem mais “mansas”. Sendo um dia de festa, este era também aproveitado pelos rapazes que completavam 18 anos no ano para terem a oportunidade de pela primeira vez na vida gozarem os “prazeres de Baco” sem censura social, já que agora passavam a ser adultos…
No dia 15 de Agosto realizava-se a festa da Nossa Senhora da Assunção, padroeira da freguesia. O mordomo matava um boi para o jantar, no qual participavam muitos habitantes da freguesia, nomeadamente os mais pobres. Na procissão que fazia parte da festa religiosa figuravam um grande número de andores, bem como danças simbólicas: pretos que representavam escravos que se libertavam , marujos figurando um naufrágio de Espigadeiras representando a luta entre portugueses e espanhóis em que os primeiros venciam sempre, perdoando no entanto os vencidos em honra de Nossa Senhora da Assunção.
Actualmente esta festa desapareceu dando lugar à festa do Senhor do Calvário, em cuja capela, construída provavelmente em 1722, se encontra esta cache e cuja localização permite ter um vista ampla sobre a povoação, vale das “Lameiras” e Serra da Estrela.
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Conteúdo inicial da cache:
Lápis
Log-Book
Stashnote
Caneta amarela com fita
Rei Magnético
Moeda de 1 escudo
Berlinde planeta Vénus
GC
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Notas:
1- O local é muito exposto aos muggles. Para uma maior duração da cache, utilize o hint e a fotografia da "bela vista" para uma descoberta certeira.
2- Apesar de ser possível subir com um cachemobile para junto da capela (ver caminho numa das fotografias) na realidade recomendamos que estacionem na estrada… estes muggles são mesmo desconfiados…
3- Junto da Capela existe uma placa de percursos pedestres que fala em “Penedos Moiros”… na realidade estes são mais a oeste. Inicialmente estava pensada também uma cache para este vestígio arqueológico (ver texto) mas considerações várias não o permitiram…pelo menos para já.
Additional Hints
(Decrypt)
Ab zheb, pbz n ragenqn qn Pncryn anf pbfgnf.