ZAMEIRO II - Ponte D'Ave
PT: A Ponte D'Ave ou Ponte de D. Zameiro
“Ligando a freguesia de Macieira da Maia a Bagunte, fica a
chamada Ponte de D. Zameiro. Esta designação, surge num passo das
‘Inquirições’ de 1220, referentes à freguesia de Bagunte: ‘quod
dominus rex Alfonsus dedit illa ad pontum de dommo Zameiro, et
postea rex dommus Sancius concessil ei illa’. Ao invés deste autor,
julgamos que a estrutura mantém o essencial da primitiva traça
românica, apesar de ter sofrido diversas remodelações ao longo dos
séculos. A ponte não se encontra classificada, mede cerca de 100 m
de comprimento, 3,5 de largura, distribuídos por arcos de
diferentes dimensões e formatos” (1)
A ponte, era o ponto de passagem sobre o rio Ave da Via Vetera,
que vinha da Arrábida (Porto) atravessando o Leça na ponte de D.
Goimil e seguia para norte, ligando à Galiza. Em S. Simão da
Junqueira, a via ramificava-se em duas sendo que uma seguia para
Barcelos e Ponte de Lima por Arcos atravessando o Rio Este na ponte
que dá o nome a esta povoação; a outra seguia pelo litoral
(Esposende, Viana do Castelo,…) atravessando o rio Este certamente
na ponte D’Este. (2)
Daí que esta ponte, assuma um papel preponderante na definição do
caminho que os peregrinos tomavam para Santiago de Compostela,
estando, actualmente referenciada como o local de passagem do Rio
Ave no Caminho Português de Santiago.
O imóvel tem sofrido bastante pelo défice de conservação tendo
ocorrido por diversas vezes aluimentos parciais, mais ou menos
graves, que as obras de beneficiação que têm sido operadas têm tido
dificuldade em evitar, em muito, resultado do desgaste provocado
pelo rio, agravado neste últimos anos devido às intempéries
ocorridas. Nós últimos trabalhos, os mais exaustivos, procedeu-se a
uma consolidação dos arcos, mas também de uma grande parte do leito
para que o rio seja menos abrasivo nos alicerces da estrutura.
EN:Ponte D’Ave or D. Zameiro's Bridge
“The D. Zameiro's Bridge connects the parish of Macieira da Maia
to Bagunte. This name appears in the Inquiries of the year 1220 of
Bagunte: ‘quod dominus rex Alfonsus dedit illa ad pontum de dommo
Zameiro, et postea rex dommus Sancius concessil ei illa’. In
contrast to this author, we believe that the structure keeps the
essentials of the primitive Romanic trace, in spite of the many
renovations throughout the past centuries. The bridge is not
classified. It is around 100m long, 3.5m wide, in arcs of different
dimensions and shapes.” (1)
The bridge was a crossing way over Rio Ave, from Arrábida
(Porto), crossing River Leça on the bridge of D. Goimil and going
north until Galiza. In S. Simão da Junqueira, the track ends in a
fork, where one of the ways goes to Barcelos and Ponte de Lima
through Arcos, crossing the River Este. The other goes through the
coast line (Esposende, Viana do Castelo…), crossing the River Este
on the Este Bridge.
From there that this bridge, assumes a preponderant role in the
definition of the way that the pilgrims took for Santiago de
Compostela. So, it is currently referred to the place of ticket of
the 'Ave' River in the Portuguese Way of Santiago.
The bridge hasn’t been properly preserved. Besides, the weather
conditions and the river strength have destroyed it partially,
although the renovation works haven’t been able to stop. The actual
configuration is the result of the last work in order to sustain
the abrasive effects of the river and the weather.
(1) Vila do Conde – espraiada entre pinhais, rio e mar, Anegia
Editores
(2) Freitas, Eugénio da Cunha e, Vila do Conde – II: História e
Património, Câmara Municipal de Vila do Conde – 2001