Esta
cache faz parte do conjunto de caches “Origem do nome Sintra”
Durante os séculos dos Descobrimentos (XV e XVI)
Ao período dos
descobrimentos marítimos ficaram ligados os nomes de alguns
naturais de Sintra, como Gonçalo de Sintra, escudeiro da Casa do
Infante D. Henrique e que, mandado por este em 1443 como capitão de
uma caravela à costa de Africa, explorou a angra a que ficou ligado
o seu nome, perto do Rio do Ouro, onde morreu em 1444. Gomes Eanes
de Zurara, na Crónica de Guiné, regista os feitos deste Gonçalo de
Sintra no capítulo XXVII, «Como o Infante mandou Gonçalo de Sintra
a Guiné, e por que guisa foi morto», assim como João de Barros na
Década I de Ásia (cap. IX). A Pedro de Sintra e a Soeiro da Costa
se deve o limite máximo de descobrimento da costa atlântica de
África na data que medeou entre a morte do infante D. Henrique em
1460 e o arrendamento desta exploração costeira a Fernão Gomes por
D. Afonso V. Pedro de Sintra e Soeiro da Costa chegaram à mata de
Santa Maria, para além da já reconhecida Serra Leoa e do Cabo do
Monte a uma latitude de 6,5° N. A importância da Vila de Sintra nos
itinerários régios proporcionou, no final do século XV, por
iniciativa da rainha D. Leonor, mulher de D. João II — a
instituidora das Misericórdias portuguesas, o melhoramento da sua
principal instituição de assistência e caridade, o Hospital e
Gafaria do Espírito Santo, de que hoje resta a capela de São
Lázaro. Nas chaves das suas abóbadas ogivais podem ver-se, ainda,
as divisas de D. João II (o Pelicano) e de D. Leonor (o
Camaroeiro). Em 1545, o Hospital passou para a administração da
Santa Casa da Misericórdia de Sintra fundada pela rainha D.
Catarina de Áustria, mulher de D. João III. Na transição do século
XV para o século XVI, D. Manuel I (1495-1521) transforma e
enriquece a Vila, a Serra e o seu termo, com uma nova e vasta
campanha de obras no Paço da Vila, ocorridas depois da viagem a
Castela e Aragão para ser jurado herdeiro daqueles reinos em 1498,
que reflectem a impressão que o mudejarismo espanhol deixou no
monarca; da reconstrução da velha igreja gótica de São Martinho; da
construção do Mosteiro de Nossa Senhora da Pena (1511), no pico
mais alto da serra,entregue à Ordem de São Jerónimo. Na segunda
metade do século XVI, Sintra foi «um centro cortesão por
excelência, incentivado pela presença de uma aristocracia em
ascensão que aqui edificava os seus solares e quintas» (V. Sertão).
Nesta ruralidade propícia ao gosto humanista encontrou o Vice-Rei
da Índia D. João de Castro (1500-1548), a partir de 1542, o
descanso dos últimos anos da sua vida, na Quinta da Penha Verde,
onde fomentou um cenáculo de arte e de erudição frequentado por
alguns dos mais destacados vultos da cultura portuguesa do seu
tempo, entre os quais o célebre Francisco de Holanda. É neste pólo
de cultura renascentista que se insere o retábulo de mármore
esculpido por Nicolau de Chanterenne entre 1529 e 1532 para a
capela do Mosteiro de Nossa Senhora da Pena na Serra, e o pórtico
da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Ulgueira (1560).
Atenção:
- Atenção com os
Carros (MUITA ATENÇÃO)