No
Largo sobranceiro à Praia do Norte,
foi construído um monumento em homenagem ao poeta, pedagogo
e
publicista João de Barros.
O poeta era um apaixonado
pelo mar e em especial pelo Oceano
Atlântico e passou vários Verões em
Santa Cruz.
Nestas paragens espalhou a sua cultura e os seus ideais de
humanidade e
de fraternidade, fazendo grandes amizades.
João de Barros
confiava e tinha fé nos destinos
do nosso povo, amava tudo o que era Português. A sua poesia
traduz estados de alma que se baseavam em valores elevados: a
sinceridade e as virtudes do espírito de um homem de verdade.
O escritor Ferreira de
Castro escreveu uma dedicatória
que se encontra gravada na face posterior do monumento e que tem
o
seguinte teor:
“No
Verão um grande poeta vinha contemplar o
Atlântico de sobre estas arribas. Dedicara a vida a unir
ainda
mais a alma de Portugal à do Brasil, através do
mar que
ele amava desde menino. Na sua obra de resplandecente beleza
cantava a
liberdade, a fraternidade, as virtudes do homem e o futuro redimido
de
velhas servidões. Chamava-se João de Barros e foi
também um preclaro cidadão, desses que honram
eminentemente a espécie humana."
O poeta nasceu na
Figueira da Foz em 4 de Fevereiro de 1881 e
veio a falecer em Lisboa em 1960.
João de Barros
em 1904 formou-se em Direito pela
Universidade de Coimbra. Em 1920, foi eleito sócio da
Academia
Brasileira de Letras e, em 1925, foi nomeado Ministro dos
Negócios Estrangeiros. Foi um fervoroso defensor das
relações de amizade entre Portugal e o Brasil e
em 1945,
foi agraciado com a Grã-Cruz do Cruzeiro do Sul.
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