NOTA PRÉVIA
A obras iniciadas no passado mês de maio 2014 pela Câmara Municipal da Amadora para escoramento da parede rochosa e proteção a eventuais desprendimentos chegaram ao fim.
Assim sendo, esta passa a ser uma cache para a memória futura e mostra-nos como aquilo que os fatores naturais não destruiram em milhões de anos foi destruído pelo Homem em meia dúzia de meses - os enormes blocos de lapiás!
Apesar das transformações radicais ocorridas no local optei por reativar a cache mantendo as mesmas fotografias e fazendo poucas alterações no texto por isso não vos estou a impingir gato por lebre!
Os dois altaneiros Guardiões.
O megalapiás das Baútas é constituído por formações rochosas com milhões de anos, originadas pela erosão da água da chuva no calcário e podem tomar formas tão espectaculares como as que aqui vemos.
A zona do antigo Povoado, a sua vista sobre o vale e a encosta oposta.
A sua situação sobranceira sobre o vale da Ribeira de Carenque foi aproveitada pelos nossos ancestrais avós desde o Neolítico à Idade do Ferro como local privilegiado de observação e defesa do espaço circundante tendo construído nele um povoado fortificado.
Lá do alto todos os movimentos eram observados.
Neste povoado - agora coberto para preservação - foram encontrados os restos de algumas fundações/muros e também vários objectos tais como:
-lâminas e pontas de seta em sílex
-utensílios em pedra polida e arenito
-fragmentos de alfinete e ponta de agulha em osso
-peças de cerâmica com decoração
-alabarda e lâmina de faca espatulada em cobre
O local
Tendo em conta as suas características geo morfológicas, com grandes alturas, apesar da rede de proteção - todo o cuidado é pouco!
Não é aconselhado a quem seja impressionável às alturas.