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Lenda do Penedo do Castelo [Braga] Traditional Geocache

Hidden : 2/18/2009
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
3 out of 5

Size: Size:   regular (regular)

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Geocache Description:


Lenda do Penedo do Castelo

 

O povo antigo de S. Julião de Passos (outrora S. Julião de Palácios), conservou umas lendas sobre a fortaleza militar, que eles apelidavam de Castelo dos Mouros, as quais ocasionaram a que o Padre Mário César Marques descobrisse a História da freguesia, que publicou, em 1964, no Boletim Cultural de Etnografia e História, de nome "O Distrito de Braga", onde anunciava ter encontrado o local do Castelo da Pena ou de Penafiel de Bastuço, que os investigadores procuravam desde longa data.

 

O mais interessante é que o povo acreditava piamente nestas lendas, como se de um dogma se tratasse, e as contavam nos seus serões.

 

Conta a lenda que os mouros eram constituídos de grande força muscular. Eram tão maus que todos aqueles que se aproximassem ou tentassem tomar o castelo, tinham como castigo serem metidos dentro de um pipo, tampado, carregado de grandes pregos, cravados com a ponta voltada para o interior do pipo, e lançados a rolar pelo monte abaixo, morrendo no sopé do monte, esvaídos em sangue, dentro dos pipos.

 

Os mouros possuíam grande riqueza em ouro. Como o ouro não cabia todo debaixo do penedo do castelo, esconderam-no também debaixo do chão, em sítios bem dissimulados, e lá diz o ditado popular: "Entre o Castelo e o Mirão, trinta pipas de ouro hão".

 

Para além de maus e de grande força muscular, os mouros eram versados em artes mágicas.

Assim, mesmo que alguém conseguisse aproximar-se do castelo, não era capaz de entrar. O mistério desvendou-o certo rapaz, guardador de gado. Certo dia, este rapaz, sorrateiramente foi espiar o castelo, protegido por uns arbustos. Reparou então que os mouros, para abrirem as portas, usavam a técnica mágica das seguintes palavras: «Abre-te Sésamo!». Pronunciavam esta fórmula e o penedo abria em dois, mas fechava-se de seguida depois de entrarem.

 

Como os cristãos não podiam vencer os mouros pela força, lembraram-se de um expediente.  Como existia  na freguesia um cabreiro com grande rebanho, serviram-se deste para a vitória final. Escolheram então uma noite de Lua Nova, em que as noites são mais escuras, agarraram tochas aos chifres das cabras e encaminharam-se em direcção à encosta do monte do castelo, com as cabras bem espalhadas para mais aparato. A sentinela que aquilo viu, acordou todos os habitantes do castelo, os quais se atemorizaram, principalmente quando aquelas luzes desembocaram encosta acima, concluindo eles tratar-se de um grande exército inimigo, em marcha para o castelo. Os mouros deram então à debandada, sem se esquecerem de encantar as riquezas em ouro e sem se esquecerem de encantar alguns companheiros, para guardarem aquelas riquezas, pois tencionavam voltar um dia.

 

A prova mais que provada que há encantamento no penedo do castelo é que um guardador de gado, encontrou uns figos pretos no cimo do penedo, sendo ali um lugar onde não há figueiras. Lembrou-se então de agarrar alguns, metê-los ao bolso e levá-los para casa, para mostrar aos pais e aos irmãos. Mas quando os tirou do bolso, os figos tinham-se transformado em ouro, bem amarelinho.

 

O povo ensina-nos que há apenas dois modos de quebrar o encantamento do penedo do castelo e sacar de lá todo o ouro existente:

- Uma maneira é usar o livro de S. Cipriano.

- Outra, é a utilização de rezas apropriadas, por um padre.

 

Tal ousadia teve-a um Padre da freguesia de S. Julião de Passos, no tempo em que os padres usavam tamancos, que, munido de um livro de rezas e acompanhado de meia dúzia de paroquianos, dos mais destemidos, resolveu abrir o penedo.

Só que o Padre não podia vacilar nem se enganar nas suas rezas. E, no caso de haver engano, teria de começar a reza desde o princípio, pois não adiantava nada perder tempo com emendas.

O Padre, revestido de sobrepeliz, vacilar não vacilou, nem se enganou. Leu, leu, leu... só que, a determinado ponto da leitura, ouviram-se ruídos como trovões. O Padre, sem se deixar perturbar, continuou lendo, lendo, lendo, embora os acompanhantes já se encontrassem aterrados e sem sangue.

Os trovões continuavam e o Padre lia, lia... com paciência e com firmeza. O pior foi quando, a certo momento, das entranhas do penedo começaram a sair figuras vermelhas como diabos, armados com forcados.

Um acompanhante do Padre, sem se saber como, apareceu logo escarrapachado na escacha de um carvalho. Os outros, incluindo o padre, deram bem à sola, imediatamente, abandonando o infeliz colega.

 

Ainda hoje, junto ao penedo, se batermos com os pés no solo com força, soa a oco. Do castelo já não há vestígios a não ser umas escadinhas esculpidas no penedo que se supõe ser da guarita da sentinela e uns regos vincados na parte superior do penedo que delimitariam a área edificada do castelo.

 

 

A Cache:

 

O que vos propomos é a busca do tesouro, ou dos tesouros, se tiver sorte e engenho!!! Deixe o carro no estacionamento e faça uma caminhada de cerca de 540 metros por um caminho de terra batida monte adentro. Se for de TT chega muito perto da cache. O GPS poderá não dar uma precisão exacta dada a forte vegetação no local.

 

Additional Hints (Decrypt)

Cnen nypnaçne n pnpur greá dhr fhove cnepvnyzragr b crarqb.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)