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Ribeira de Pernes Multi-cache

Hidden : 1/11/2009
Difficulty:
1 out of 5
Terrain:
1 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:


"Alviela… antes de mergulhares no Tejo, depois de saíres da

serra, que maravilhas guardas?”

O Rio Alviela nasce no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, no Concelho de Alcanena, freguesia da Louriceira e desagua na margem direita do Rio Tejo, perto de Vale de Figueira, no Concelho de Santarém. Ocupa uma extensão de cerca de 40 km. A sua nascente é a mais importante nascente cársica do país, localizada na transição entre o Maciço Calcário Estremenho e a Bacia Terciária do Tejo, na base de uma escarpa, local conhecido por Olhos de Água, cuja bacia de alimentação está estimada em cerca de 180 km2. “A água que brota da nascente é originária da chuva que se precipita e se infiltra no Planalto de Santo António e é conduzida até este local por uma complexa rede de galerias subterrâneas que constituem centenas de grutas existentes na região” (Guia de Percursos Pedestres do PNSAC, 2006).

O Alviela foi outrora um rio de águas transparentes, de elevada biodiversidade e fonte de trabalho e lazer para as populações ribeirinhas. Do rio tiravam o sustento muitos pescadores, muitas lavadeiras lavavam a roupa, e constituía o orgulho das populações da região; “Onde hoje se amontoam ruínas e lembranças pescavam homens graúdos, nadavam nus os miúdos, vinham turistas de Lisboa comer melão e assar peixe à beira do rio” (in Pública, 17 Julho de 2005). Ao longo do rio várias azenhas movidas pela força da água serviram as gerações de moleiros. Também figuras ilustres como Camões e Bocage por ali passaram, chamando-lhe este último “gárrulo Alviela”.

A partir de 1880 e durante muitas décadas, constituiu a principal fonte de abastecimento de água para a cidade de Lisboa. Contudo, o desenvolvimento das indústrias de curtumes no Concelho de Alcanena, que na década de 70 chegou mesmo a atingir cerca de 80% da produção nacional de curtumes, alterou drasticamente o ecossistema fluvial, e o Alviela transformou-se num dos rios mais poluídos de Portugal.

As descargas industriais passaram a ser diárias e directas para o rio ou seus afluentes.

Alguns anos mais tarde, e com avanços e recuos, construiu-se uma das primeiras ETAR’s de resíduos industriais do país, na zona de Alcanena. Contudo, passados mais de 15 anos, esta já não dá resposta às necessidades básicas de tratamento dos resíduos e de vez em quando são feitas descargas directamente para o Rio, causando a morte de milhares de peixes. Entretanto, ao longo do troço médio do Rio Alviela (no Concelho de Santarém) foram-se instalando várias suiniculturas, vacarias, aviários, etc., contribuindo imenso para a poluição e destruição deste Ecossistema. Apesar de tudo, alguns troços do Rio encontram-se bastante bem preservados, e o Alviela apresenta um património natural e cultural únicos, de grande importância, pelo seu enquadramento geográfico e história de ligação às populações, que urge preservar, fazendo parte da sua memória colectiva.



Retirado do panfleto elaborado pelo Clube Bio-Ecológico  Amigos da Vida Selvagem – Alviela da serra à lezíria.

 

Ribeira de Pernes


Com esta cache pretendo dar-vos a conhecer dois pontos emblematicos da Ribeira de Pernes: o Moinho Manuelino e a Taberna do Diabo.

 

Moinho Manuelino

O Moinho Manuelino de Pernes, situa-se junto ao Rio Alviela, fazendo parte de um conjunto de moinhos hidráulicos e azenhas do sec. XII, cujo núcleo original incluía uma série de engenhos doados por D. Afonso Henriques á Ordem Templária, no movimento de conquista e povoamento desta zona do país.

A sua estrutura primitiva foi reconstruída em finais do sec. XV, e em 1497 regista-se a utilização do moinho como habitação de recreio do Conde de Abrantes, para cujo efeito foi adaptado o piso superior. Essa utilização fica bem patente nas três janelas do andar nobre, com molduras Manuelino-Mudéjares de verga recortada, maineladas (a da fachada sul hoje sem mainel), que constituem os mais significativos elementos arquitectónicos do imóvel.

No sec. XVII, o moinho deixa de funcionar, e o edifício abriga então uma série fábricas e oficinas, até ser aí instalada uma central hidroeléctrica para serviço da vila de Santarém.

Pertence hoje á Santa Casa da Misericórdia de Pernes.

Uma velha tradição em Pernes, dá Camões como visitante de um certo «Moinho Manuelino» na Ribeira do Alviela.

Vários factos dão à tradição um fundo de verdade:

D. Manuel de Portugal, a quem Camões agradece na Ode VII a ajuda na publicação de «Os Lusíadas», era desde 1538 Comendador de Pernes.

D. Gonçalo Coutinho, o fidalgo (e também poeta) que trasladou os ossos de Camões para o interior da igreja de Sant' Ana, e foi o mecenas da 1ª edição das «Rimas», era de Vaqueiros, aldeia que dista daqui pelo rio cerca de três quilómetros.

Frei Luís de Sousa, o grande prosador, que publicou um epigrama latino nessa 1ª edição das «Rimas», de homenagem a Camões e D. Gonçalo, a quem chama de amigos, era de Santarém.

Dª Ana de Sá Macedo, mãe de Camões, era igualmente de Santarém, cidade que também disputa a naturalidade do Poeta.

 

Não custa imaginar, com o romantismo adequado, a cena do Poeta apaixonado, em êxtase ante a bela moleira, ruborizada da faina e do amor, por tardes e noites de paixão ardente na margem deste rio . . .

Informação retirada do livro de Mário Rui Silvestre “Pernes, Terra Antiga do Bairro Ribatejano – Vol. II”

 


 

"Taberna do Diabo"

Devido ao aumento da poluição do Rio Alviela, os moinhos acabaram por ser abandonados, tendo este facto feito nascer em Pernes, o primeiro movimento ecologista de cariz local do país, denominado CLAPA – Comissão de Luta Anti-Poluição do Alviela.

A sua sede foi a residência e taberna do “Diabo”, uma casa de petiscos onde se “picava” o peixe do rio e um centro de resistência anti-fascista antes do 25 de Abril.

Chamavam-lhe "O Diabo" mas foi sempre um benfeitor e amigo da freguesia de Pernes. O nome veio do seu pai que, por tratar tão mal mulher e filhos, ficou conhecido como o "diabo" lá da terra.

À parte do nome, Joaquim Jorge Duarte foi uma das figuras mais acarinhadas e carismáticas da freguesia, tendo-se distinguido pela sua luta em defesa da despoluição do rio Alviela.


O episódio dos garrafões de água poluída do Alviela será, a façanha mais reconhecida ao “Diabo”.

Em 1970, quando um deputado sustenta em plena Assembleia Nacional que não existe poluição no Rio Alviela, Joaquim Duarte enche alguns garrafões com a água pestilenta do rio e vai entregá-los em Lisboa, convidando todos os que acham que a água está pura a bebê-la.

O Diabo" foi dono de uma conhecida taberna e casa de petiscos da Ribeira de Pernes que atraía visitantes de todo o lado. Mas também foi padeiro e fazia vinho numa adega que passou para a posse da Junta de Freguesia onde construiu a Casa do Alviela, um projecto que visa a criação de um espaço de trabalho e de reunião de todas as entidades ligadas à luta de despoluição do Alviela.

 





A cache:

As coordenadas iniciais são do Moinho Manuelino, aí vão encontrar um painel com um poema:

se o poema for de Bocage siga para N 39º 23.101    W 8º 39.456

se for de Luis de Camões siga para  N 39º 23. 102    W 8º 39.452

A caminho da cache final irão passar pela "Taberna do Diabo", pelo recente jardim inaugurado em sua memória e pela ponte romana.

A cache final encontra-se num sitio muito visivel, por isso mesmo recomenda-se que seja extra discreto, se por caso achar melhor não fazer o log para não levantar suspeitas sobre a cache, aceita-se o found desde que tire uma foto sua no local da cache final.

 


A cache contém os objectos habituais.


Não se esqueçam, façam CITO   

 

 

Additional Hints (Decrypt)

ab ohenpb qb gvwbyb, à nyghen qn ibffn pnorçn ngraçãb nbf zhttyrf !

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)