The Pedra Redonda ammonoid EarthCache

Os Cefalópodes

Os Cefalópodes são, entre os moluscos, dos seres mais inteligentes e de maior mobilidade. Chocos, lulas, polvos, o Nautilus, e os seus parentes mais próximos evidenciam uma notória diversidade de formas, tamanhos e tipos de vida, com adaptações à predação, locomoção, camuflagem e comunicação. Estes invertebrados “inteligentes” desenvolveram tentáculos com ventosas, olhos fotossensíveis, processos de camuflagem com mudanças de cor de pele e textura, e um complexo sentido de aprendizagem. A sua intrincada e longa evolução demorou pelo menos uns 500 milhões de anos, tendo deixado um abundante registo fóssil (principalmente constituído por conchas de nautilóides e de amonóides) mostrando um grande aperfeiçoamento e marcando os grandes eventos de extinção. Desde os mitos dos seus vestígios fossilizados, até às lendas dos gigantescos tentáculos de monstros marinhos, Os cefalópodes são figurs de grande destaque na literatura e no folclore de todas as sociedades em todo o mundo. Hoje em dia biólogos e geólogos (paleontólogos) continuam a cativar a nossa atenção e imaginação com alguns detalhes e características dos ambientes de vida destes moluscos, história e evolução.

Registo fóssil

Existem cerca de 17.000 espécies descritas e classificadas de fósseis de cefalópodes, valor muito superior, às 800 espécies vivas identificadas. Deste modo evidencia-se um grande número e variedade de espécies que ao longo dos tempos se extinguiu. Estes factos são de tal modo evidentes que os paleontólogos facilmente identificaram alguns grupos completamente desaparecidos: Os Endoceratoidea, os Actinoceratoidea e os Bactritoidea. Todos os membros destes grupos eram semelhantes às lulas possuindo no entanto conchas externas de formas complexas chamadas ortocones. Estas espécies tiveram o seu auge nos oceanos do Paeozóico entre o Ordovícico (488 M.a.) e o Triássico (200 M.a.) com conchas externas, que em alguns dos casos, tinham cerca de 10 metros de comprimento.

Mais familiares para todos nós, encontram-se no registo fóssil os nautilóides, as amonites e as belemnites. Todas estas formas fósseis muito bem representadas na Bacia Lusitaniana.

 Nautilóides e amonites

Os nautilóides constituem dos mais antigos fósseis de cefalópodes encontrados no registo fossilífero, aparecendo em camadas do Câmbrico superior. As primeiras formas eram ortocónicas (com conchas compridas e alongadas), mas durante o Ordovícico os nautilóides sofreram uma rápida diversificação e evoluíram para conchas de tipo plano espirais (enrolando-se sobre um plano). Estas conchas externas possuíam várias câmaras internas interligadas, em tudo semelhante ao que podemos ver no actual nautilus. Esta morfologia similar à grande maioria das amonites, surgiu durante o Devónico. Deste modo existe uma forte semelhança entre nautilóides e amonites, podendo ser no entanto facilmente distinguidos pela localização do sifão e pelas formas das suas linhas de sutura (desenhos que apresentam na concha).

Habitat natural

O habitat das amonites é ainda fonte de polémica entre os cientistas, encontrando-se ainda em forte debate se elas poderiam ou não nadar. Na verdade alguns acreditam que posteriormente a um estádio inicial planctónico os juvenis iam-se tornando progressivamente bentónicos desenvolvendo os seus tentáculos e locomovendo-se como os polvos actuais. Sabe-se hoje que as amonites comiam pequenos crustáceos bentónicos, moluscos e equinodermes.

A amonite da Pedra Redonda

Pedra Redonda é uma pequena aldeia nas proximidades da região de Alcobaça – Benedita, na Bacia Lusitaniana. Nas faldas da Serra dos Candeeiros, calcários maciços e fossilíferos afloram numa estrutura praticamente horizontal. No centro geométrico da aldeia, nas lages sob um velho Quercus sp., o que se pensa ser a origem do nome da aldeia emerge… Se acharem necessário peçam a um local que vos empreste uma vassoura…

A Earth cache
Para registarem esta Cache enviem-me uma fotografia Vossa com o GPS’r para dakidali@gmail.com   em que se veja a gravura que procuram, e digam-me qual a dimensão máxima estimada da concha.

ENG.

The Cephalopods

Cephalopods are the most intelligent, most mobile, and the largest of all molluscs. Squid, octopuses, cuttlefish, the chambered nautilus, and their relatives display remarkable diversity in size and lifestyle with adaptations for predation, locomotion, disguise, and communication. These "brainy" invertebrates have evolved suckered tentacles, camera-like eyes, color-changing skin, and complex learning behavior. Their lengthy evolutionary history spans an impressive 500 million years and the abundant fossils they've left behind (mostly shelled nautiloids and ammonoids) record repeated speciation and extinction events. From myths about their enigmatic fossilized remains to fantastic accounts of tentacled sea monsters, cephalopods also figure prominently in the literature and folklore of human societies around the world. Today, biologists and paleontologists continue to captivate the human mind and imagination with details of these molluscs' behavior, natural history, and evolution.

Fóssil record

There are about 17,000 named species of fossil cephalopods, compared to the 800 identified living species of cephalopods. Clearly the lineages of extinct taxa were prolific and diverse. So diverse in fact, that paleontologists have identified three distinct fossil clades that are entirely extinct: Endoceratoidea, Actinoceratoidea, and Bactritoidea. All members of these clades were squid-like, but had straight external shells called orthocones. They flourished in Paleozoic oceans between the Ordovician (488 M.y.) and Triassic periods (200 M. y.) with shells that, in some species, reached nearly 10 meters in length.

More familiar to us in the fossil record are the nautiloids, ammonoids, and belemnites. All of them very well represented along the Lusitanian basin.

Nautiloids and ammonoids

Nautiloids are the earliest cephalopods found in the fossil record, appearing by the Late Cambrian. The earliest forms were orthoconic (having straight shells), but during the Ordovician the nautiloids experienced a rapid diversification and evolved a planispiral (coiled in a single plane) shell shape. All have shells with nacre and interconnected internal chambers, similar to what we see in the modern nautilus. This morphology is very similar to many of the ammonoids, which first appear in coiled form in the Devonian Period. Though nautiloids and ammonoids may appear the same, they are easily distinguished by the location of their siphuncle and the shapes of their sutures.

The life habits

The life habits of ammonites are much in debate, right down to whether they could swim or not! Some believe that that after an initially planktonic stage the juveniles became benthonic and crawled about on their arms like octopuses. We do know that they ate small benthic crustaceans, molluscs and echinoderms.

The Pedra Redonda ammonoid

Pedra Redonda is a very small village near Alcobaça – Benedita region in the Lusitanian Basin. Near de slope of Serra dos Candeeeiros, late Jurassic limestone’s outcrops along a large sub horizontal structure. In the geometrical center of the village under an old Quercus sp., the origin of the village name appears… If necessary ask to a local habitant to borrow you a sweep …

The Earth cache

Esta earthcache só foi possível concretizar com a generosidade, conhecimentos e ajuda dos amigos entendidos na matéria Paulo e Madalena Fonseca dos Fonsecada Portucalense. O mérito é todo deles , eu apenas lhes mostrei o local. Obrigada e bem hajam. O FTF é vosso!