Parque de Saúde de Lisboa
O Local
O Parque de Saúde de Lisboa, é um espaço no centro da cidade que
se encontra incluído na categoria “espaços motores”, caracterizados
pela capacidade de atraírem e fixarem novas actividades e funções
de nível superior, e/ou de renovação e requalificação urbanas
através da valorização do espaço público, estruturação da rede
viária principal, elevação do nível de serviços urbanos e melhoria
da qualidade da oferta habitacional.
Neste momento encontram-se sediadas no parque de saúde de Lisboa
mais de 13 entidades, essencialmente ligadas à saúde. O
Parque de Saúde de Lisboa compreende o espaço anteriormente ocupado
pelo Hospital Júlio de Matos.
Um pouco de história
Datam de 1912
os primeiros estudos do “Novo Manicómio de Lisboa”.
A edificação, em Lisboa, de um hospital psiquiátrico moderno,
capaz de satisfazer as necessidades de assistência, do ensino e da
investigação científica foi possível graças ao grande prestígio de
Júlio de Matos junto dos primeiros governantes do regime
republicano.
Em concordância com o seu pensamento, o tipo de hospital escolhido
foi o de pavilhões, de cor rosa, dispostos de forma funcional numa
área de 14,5 hectares. Nestes, os doentes seriam agrupados em
pequenas unidades de 8 a 10 doentes, para evitar a influência de
uns sobre os outros. Numa área de 22 hectares, a ornamentação
arbórea foi cuidadosamente planeada, graças à inclusão, numa vasta
equipa técnica, de um arquitecto paisagista e de um engenheiro
agrónomo.
Júlio de Matos terá adquirido “(...) uma parte substancial dos
terrenos (...) [ao preço de] três tostões o metro quadrado (...)”
.
O estabelecimento deveria obedecer a três requisitos:
-
Constituir um
manicómio de primeira categoria de acordo com a letra do Decreto de
11 de Maio de 1911, também inspirado por Júlio de Matos,
competindo-lhe portanto, juntamente com as funções de assistência,
servir ao ensino da psiquiatria e à investigação
científica;
-
Ter a
capacidade mínima de 800 camas;
-
Embora as
plantas datem de 9 de Outubro de 1913, a sua construção demorou
quase 30 anos.
Primeira
fase de construção: 1914-1932
O início da
construção, Julho de 1914, foi marcado pelo eclodir da Primeira
Guerra Mundial, na qual Portugal esteve envolvido a partir de 1916.
Este facto contribuiu para que o ritmo das obras e a qualidade da
construção decaíssem. Assim,
“(...) o
professor, desgostoso com o que via, chegou a propor a suspensão
das obras a um membro do Governo. Este pediu-lhe para ter paciência
porque “apenas” se tratava da construção de um hospital para
loucos. [Ao que] Júlio de Matos (...) respondeu de maneira
desabrida: “Loucos, senhor ministro? Mais loucos do que os loucos
são, por vezes, aqueles de quem dependemos!”
Como consequência da Guerra, a partir de 1920, a verba destinada,
anualmente, ao “Novo Manicómio” foi substancialmente reduzida.
Contudo, os trabalhos nunca chegaram a paralisar completamente,
sendo o esforço dispendido, até 1932, significativo. Encontravam-se
os edifícios:
“(...) todos construídos até ao tosco e tinham sido cobertos de
telha e defendidos do tempo por portas e janelas. A rede de
canalizações estava pronta e ligada aos edifícios.”
Júlio de Matos faleceu, em 12 de Abril de 1922, impossibilitado de
ver a sua obra concluída.
Hoje o Hospital Júlio
de Matos continua a ser um hospital de referência internacional
em termos de doenças mentais. Tem uma particularidade que o
distingue da maioria dos hospitais psiquiátricos: não se limita a
ser um centro de tratamento, mas também procura desfazer as ideias
feitas que as pessoas têm sobre as doenças mentais.
A arte tem nesta unidade hospitalar um lugar de eleição, não
apenas por nela ter um espaço expositivo e de fruição estética, mas
também enquanto terapia.
Instituições
A Casa do Gil
situa-se no Parque da Saúde, em Lisboa, e acolhe crianças que,
embora “com alta”, continuam internadas por períodos prolongados.
Fornecendo-lhes acompanhamento pós-hospitalar |
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O sangue,
enquanto produto biológico vivo, tem de ser obtido por doação
benévola, no seio da população saudável. O
Instituto Português do
Sangue situa-se no Parque de Saúde …e agradece a vossa
dádiva |
A cache
A cache
pretende mostrar-vos o parque…
No
primeiro ponto vão encontrar a casa onde viveu
Viana da Mota (I – nº de anos que Viana da Mota viveu na
casa, J – Mês em que a Placa foi colocada).
Depois vão ter
que se deslocar para a outra extremidade do parque e contar os
ursinhos do Gil (H).
Depois é só fazer umas pequenas contas:
Latitude Final = Latitude Inicial +
IxJ+H |
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Longitude Final = Longitude Inicial +
IxJ |
Horário:
06:00 às 24:00 (Porta principal)
Peço a máxima descrição na realização desta cache. O
estacionamento é livre no interior do parque, mas não se esqueçam
que estão dentro de uma zona hospitalar pelo que devem circular a
velocidade reduzida. No caso de se cruzarem com residentes, o
cuidado é certamente menor do que o que devem ter em algumas
caches … |