Era uma vez ... [Once upon a time ...] Multi-cache

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Esta multi-cache tem dois pontos:

- o primeiro no Palácio Nacional de Sintra, onde não está qualquer container escondido.

- o segundo, onde a cache está escondida, a cerca de 350 m do Palácio (caminhando).

Para achar a cache deve visitar o Palácio acompanhado da história que abaixo se publica e encontrar respostas para as perguntas lá colocadas. A história foi criada a pensar especialmente nos mais novos mas por certo que muitos Geocachers a apreciarão de igual forma. A história situa-se no início do séc. XX e, apesar de elaborada com cuidado, carece de rigor histórico.

No ponto final o contentor tem geogifts: Anéis.

Solicitamos que por cada anel que retirarem coloquem outro no lugar. O nosso desejo é que as prendinhas sejam exclusivamente anéis e que todos os que achem a cache tenham lá anéis para puderem escolher um. (Claro que Travel Bugs e Geocoins também são permitidas).

Ao recolocar a cache, certifiquem-se de que não fica visível do outro lado da rua.

Pedimos especial cuidado nas fotos que publicam. Quaisquer fotos que revelem de alguma forma a zona onde se encontra o ponto final ou as respostas às perguntas não são bem-vindas. Sabendo-se a zona onde a cache se localiza não será difícil encontrá-la sem ter visitado o Palácio e esse não é de modo algum o objetivo desta cache. Agradecemos a compreensão.

No caso de pretenderem uma impressão da história com melhor aspeto podem utilizar este ficheiro (em formato pdf).

Divirtam-se!

O meu nome é Maria e trabalho como criada no Paço Real de Cintra.

Cresci na casa dos meus avós, na aldeia, onde a minha querida mãe me ia visitar sempre que podia. Há já algum tempo que ela não ia mas escrevia-me cartas pois eu sei ler, escrever e contar.

Não sei quem é o meu pai mas sei que tem inimigos. Por isso cresci na aldeia e ainda nunca o vi.

Na última carta, minha mãe escreveu que ela e o meu pai tiveram de partir numa viagem e que eu já não estou segura com os meus avós. Tenho de, em segredo, procurar a família do meu pai e, para que me conheçam, tenho de lhes mostrar um anel especial. Esse anel está escondido em Cintra e nas cartas da minha mãe estão as pistas para o poder encontrar.

Já tenho dez anos, sou bem crescida e sei tomar conta de mim. Quando li o que a minha mãe escreveu, peguei nas suas cartas, despedi-me dos avós e vim procurar o anel do meu pai.

Todas as pistas para achar o anel estão dentro do Paço Real de Cintra.

Agora já sabem porque sou criada neste palácio.

Sala dos Cisnes

Hoje, Suas Majestades ofereceram um banquete. Foi um banquete tão grande que a enorme sala de banquetes - a Sala dos Cysnes - estava completamente cheia e até eu fui mandada ajudar a servir. Quando entrei na sala quase deixei cair a travessa que transportava ao ver tantas damas e tantos cavalheiros em roupas tão bonitas, almoçando e conversando ao som de tão bela música. Pior foi quando olhei para o tecto e fiquei incapaz de me mexer, só queria ficar ali a olhar. Nas suas cartas, minha mãe tinha falado na beleza desta sala mas vê-la com os meus olhos foi outra coisa. Enquanto olhava até parecia que a ouvia contar a história que escrevera na carta:

Ainda me custa a acreditar que a princesa tenha casado tão velha!

Gruta dos Banhos

No dia do banquete portei-me bem nas tarefas que me deram e já confiam em mim para ir a todos as salas do palácio.

Agora vou à Gruta dos Banhos. A minha mãe escreveu numa carta que este é o seu local preferido:

O nome das duas estações do ano mais perto da entrada

(primeiro a que está à esquerda seguida da que está à direita, de quem entra):

A Gruta dos Banhos é tão linda e divertida que se calhar também será o meu local favorito mas há muitas salas que ainda não vi.

Sala das Pegas

Ao entrar na Sala das Pegas os meus olhos ficaram presos aos azulejos que mais parecem flores mas eu sabia que tinha de olhar para cima, para o tecto. Esta foi a história que minha mãe me escreveu:

Correm outras histórias dizendo que a rainha viu El-Rei beijar a dama nesta sala. Quando El-Rei lhe disse que foi por bem, as outras damas espalharam o acontecimento pelo palácio como se fossem gralhas. Para as castigar, El-Rei terá mandado pintar este tecto.

Se calhar são apenas lendas mas a verdade é que a divisa del-Rei D. João I, o de boa memória, é o que as pegas têm no bico.

Sala das Sereias

Fui ao vestiário arrumar umas roupas e lá estavam elas - as sereias! Enquanto arrumava as roupas ia olhando para cima, para elas, e elas iam olhando para baixo, para mim. Parecia que lhes ouvia a música e os cantos, tecendo encantos.

De tal forma assim foi que me vim embora sonhando com as roupas que iria vestir depois de encontrar os meus pais. Mais tarde, claro, tive de lá voltar pois esquecera-me do que a minha mãe tinha escrito numa carta: procurar o número que se encontra sobre uma das portas!

Sala dos Brasões, das Armas ou dos Veados

Finalmente vou entrar na Sala dos Brasões.

Estou muito curiosa pois as cartas de minha mãe falam da importância da família real e dos nobres que a servem mas também falam no jogo da roda, a minha brincadeira favorita:

Nesta sala pus-me a pensar se alguma destas será a família do meu pai. Será que ele é um dos importantes homens do reino? Será que também ali estão os brasões dos seus inimigos? Vim-me embora rezando para que meu pai e minha mãe estejam bem.

Quarto de Hóspedes (casa de jantar quando Maria servia)

A esta sala venho muitas vezes ajudar a servir o jantar a suas Majestades. Gosto muito de aqui estar e ouvir o relógio tocar mas ainda não me decidi de qual dos dois toques gosto mais.

Minha querida mãe disse-me para tomar nota do nome do toque que se encontra em cima, no mostrador da direita.

Cozinha

Lembro-me bem de vir para Cintra e ver ao longe as chaminés do Paço. À medida que me aproximava, elas iam ficando maiores e maior ficava também o meu receio de não me aceitarem ao serviço. Como é que eu poderia então arranjar resposta para as perguntas de minha mãe? Como é que poderia achar o anel que me dá acesso à casa de meu pai? O que seria de mim?

Felizmente aceitaram-me e apertando as cartas de minha mãe contra o coração entrei, naquele dia, pela primeira vez neste belo palácio, passando a porta da cozinha.

Vou ter saudades desta cozinha.

Apesar de haver sempre muito que fazer, aqui nunca está frio e tenho cá amigas. Mas já tenho todas as respostas e está na altura de me meter ao caminho.

Para obter as coordenadas do ponto final e a pista, caso desejem, basta preencher os espaços seguintes com os algarismos e letras das respostas.

Coordenadas:

Pista (Hint):