Santa Leocádia foi uma virgem e
mártir, que viveu entre o século III e IV (morreu em 9 de Dezembro
de 303 ou 304) em Toledo, na Hispânia romana.
Como era uma jovem de origem nobre, as
autoridades romanas quiseram dar-lhe oportunidade de abjurar o
Cristianismo (durante as perseguições de Diocleciano), mas, perante
a sua persistência na Fé cristã, foi encerrada numa masmorra,
parece que no local do célebre alcácer de Toledo, onde viria a
morrer.
Após a invasão árabe, iniciada no ano de 711, as
suas relíquias foram levadas para Oviedo, onde permaneceram até ao
final do séc. XI, quando Afonso VI terá permitido que um conde do
Hainaut, peregrino de Santiago e participante na Reconquista cristã
da Península, as levasse para uma abadia na Bélgica.
No reinado de Filipe II este conseguiu que as
ditas relíquias voltassem a Espanha, sendo devolvidas à Catedral de
Toledo no meio de grandes festividades, em 1587. Assim, é possível
que o culto de Santa Leocádia tivesse recrudescido neste período
(finais do séc. XVI-inícios de XVII).
Santa Leocádia é a Padroeira da cidade de
Toledo, encontrando-se o seu culto difundido no Norte de Portugal
(zona de Chaves, Baião, Lamego), onde existem várias freguesias que
têm Santa Leocádia como orago, ou até assim chamadas.