O
tema
Por todo o
país, mas em maior número no Norte e Centro, ladeando a beira das
estradas ou dentro de povoações, nas encruzilhadas, em matas ou
perto de cursos de água, na frontaria das casas ou dos pátios,
existem pequenos monumentos, erguidos em honra das Almas do
Purgatório, vulgarmente designados por «alminhas»
ou «nichos».
São pequenos
altares onde se pára um momento para deixar uma oração.
Em frente de umas Alminhas
Não há decerto ninguém
Que não recorde saudoso
As almas que Deus Lá tem
Nas Alminhas da estrada
Nunca passes sem rezar
Talvez um dia precises
Das preces de quem passar
É frequente
encontrar velas e lamparinas acesas, deixadas pelas pessoas que
passam no local, ou mesmo oferendas de flores. São pequenos
monumentos religiosos e um dos vestígios mais importantes da
arte popular portuguesa. Não se tem qualquer
certeza acerca da sua origem, mas sabe-se que a crença em deuses
protectores dos caminhos e das encruzilhadas é muito antiga. Não
existem certezas mas pensa-se, que foi no célebre concílio de
Trento de 1563 onde é redefinido o dogma da existência do
purgatório, reafirmando-se o sufrágio dos fiéis pelas Missas, a
oração e a esmola.
Ainda se
encontram em muitos lugares de Portugal. A sua arquitectura é
diversa e pode ser construída nos mais variados materiais. As mais
comuns apresentam painéis com Nuvens e Anjos, a Santíssima
Trindade, Cristo Crucificado, a Virgem Maria, Santo António, S.
Miguel com a balança e tantas outras figuras de Santos.
A
freguesia
Encourados, orago S. Tiago, era uma vigararia da apresentação do
Reitor do convento de S. João Evangelista de Vilar de Frades. Esta
Igreja veio ao padroado do convento em virtude da troca, feita em
1441 com o Arcebispo de Braga D. Fernando da Guerra, pela Igreja de
Calvelo (Calvelo pertencia ao convento de Vilar de Frades pela
renúncia do seu último abade Gonçalo Dias de
Barros).
Encourados significa homens revestidos de couro, ou que vão à
guerra protegidos pela Coura, gibão com abas.
Esta freguesia vem nas Inquirições de D. Afonso II de 1220 com a
designação – “De Santo Jacobo de Encoirados de Cauto de Martim”,
nas Terras de Penafiel. Nelas se diz que o rei não tem aqui
reguengo algum e não recebe qualquer foro; que esta Igreja tem
sesmarias, Tibães 5 casais e Vilar de Frades 19 casais. Encourados
era, como vimos, do couto de Martim, passando depois para o de
Vilar de Frades.
Era aqui o solar da nobre e antiga família dos Encourados, hoje
extinta ou antes diluído o seu sangue em outras não menos
distintas. A casa solar desta família devia ter sido na Torre
Velha. Este nome parece indicá-lo, além de que alguns vestígios de
construções, que naquele lugar se viam há mais de meio século,
levam-nos a acreditar na existência ali de alguns paços ou casas
nobres.
Nesta freguesia existem várias casas importantes entre as quais se
podem destacar: a Casa de Encourados, perto da igreja Paroquial, a
Casa da Portagem, a do Adro, a da Torre Velha e a de Barreiros.
Esta última é considerada pelo povo como a casa do Sargento-Mor do
romance, não obstante o autor daquele livro a ter situado na
freguesia de Areias de Vilar.
Desta casa actualmente apenas existe de interessante um portão em
estilo clássico, tendo ao lado um escudo ou emblema que contém em
chefe uma cruz aberta de campo e em contra-chefe cinco ciprestes,
mal arrumados, sem qualquer outra peça, ornato ou
distintivo.
Em volta da casa de Barreiros ainda vive gente com os nomes e
alcunhas dos valentes soldados das Ordenanças dos coutos de Vilar e
Manhente que figuram no romance. Esta admirável obra, levada já ao
palco, esteve há alguns anos para ser filmada.
A Cache
Um pequeno invólucro com stashnote e logbook. Leve instrumento de
escrita.
Lembre-se que o meio é pequeno; os muggles conhecem bem os
familiares e os amigos; estarão certamente atentos, tentando
descobrir quem pretende visitar...
Para a descobrir a cache:
Nas coordenadas iniciais, existem duas datas. Tome nota dos números
das centenas, das dezenas e das unidades da data de
construção (A); anote
também os números das centenas, das dezenas e das unidades da data
de restauro (B).
Com os elementos recolhidos faça as contas e siga para a
cache.
N 41º31.(A - 193)
W 008º32.(B + 213)
Boa sorte!