A freguesia:
Vila de Cucujães é a
segunda maior freguesia do Município de Oliveira de Azeméis, em
termos de população.
Importante centro
cultural e histórico, Cucujães, do latim "cucullianis", ou seja,
elevação de terreno, montão, recorda o mosteiro beneditino ali
fundado pelo guerreiro da reconquista, D. Egas Odoriz, nos finais
do século XI, e coutado por D. Afonso Henriques, em 7 de Julho de
1139, na véspera da batalha de Ourique.
A história de Cucujães
é uma autêntica jóia para os investigadores do passado.
Região fértil e de
condições privilegiadas, esta freguesia atraiu desde cedo povos das
mais remotas culturas, conforme testemunham diversos vestígios das
épocas pré e proto-históricas, tais como, mós, uma ponta de lança
de pedra polida, machados de pedra e de bronze, uma ponta de flecha
de cobre, entre outros. Supõe-se que entre os habitantes primitivos
estariam também os Turdulos ou Turdetanos que habitaram a região
onde se poderá incluir Cucujães. Mais tarde vieram os romanos e com
eles o topónimo actual, que provém do canto do cuco (em latim
“Cuculus”); e depois, os suevos, os visigodos e os
árabes.
Em 7 de Julho de 1139,
o couto de Cucujães, instituído por D. Afonso Henriques, foi doado
ao Mosteiro Beneditino da mesma terra, nas vésperas da famosa
Batalha de Campo de Ourique, nas pessoas de D. Martinho e de D.
Egas Odoriz.
O autor de "Portugal
Antigo e Moderno", Pinho Leal, refere que Cucujães era antigamente
da comarca de Esgueira, termo da Feira, tendo passado para a Feira
quando se criou esta comarca, e finalmente para Oliveira de
Azeméis. Refere ainda que “(...) esta freguesia é no vasto
território denominado, desde o tempo dos godos, Terras de Santa
Maria ou Terra da Feira. Tinha os grandes privilégios dos outros
moradores deste território, sendo um dos principais, nos tempos
antigos, terem os cavaleiros para todos os efeitos, for de
“infanções”; e os peões, foro de cavaleiros.”
Cucujães foi elevada a
vila em 11 de Junho de 1927, sendo actualmente um importante pólo
industrial e comercial.
Como monumentos e
lugares dignos de visita oferece-nos, entre outros, o claustro do
Mosteiro, com as suas colunas dóricas, do século XVII e campas
epigrafadas de alguns frades ilustres; a sacristia da Igreja
Matriz; a Ponte da Pica (Imóvel de Interesse Público), construída
no século XIV, sobre o rio Ul, por onde passava a via romana que
ligava Lisboa a Braga; as Capelas de Santa Luzia, Nossa Senhora da
Conceição, Santo António; as Casas Solarengas do Buraco, da
Gandarinha, do Visconde de Carregoso, Andersen, do Mato; as Quintas
do Picoto, da D. Beatriz Brás, do Sol, do Barreiro, da Família
Macedo, do Seminário, do Abade Arede; os Palacetes Alves dos Reis e
Pinto Leite; o Miradouro do Alto de Rebordões, de onde se avista o
mar; a Vila Brandão, o Asilo da Gandarinha e a Misericórdia,
estruturas que albergam instituições e obras sociais
importantes.
A nível do artesanato,
são famosas as sacas de tiras da Vila de Cucujães. Estas são
confeccionadas com tiras de feltro entrelaçadas numa forma de
madeira, com a ajuda de um pica-pontas. São colocadas talas, ou
seja, ripas de madeira com asas de arame, e remata-se com um apara
de feltro. A matéria-prima é obtida numa fábrica de chapéus. As
ferramentas mais utilizadas são o pica-pontas, martelo, pregos,
tesoura, agulhas e raspador para cortas as tiras.
O local:
Perto da Igreja
Matriz
A cache:
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