A freguesia:
Ossela é conhecida no mundo inteiro
pelo facto de ser a terra natal do imortal escritor Ferreira de
Castro.
Há quem afirme que Ossela é uma das
mais antigas freguesias de Portugal, sendo já paróquia no tempo dos
godos. Mas de onde lhe veio exactamente o nome ainda não se sabe ao
certo.
Pinho Leal, no seu "Portugal Antigo e
Moderno" refere que "Há mesmo quem assevere que foi uma cidade, com
o nome de Ossa, dado pelos gregos, seus fundadores. Sendo assim,
tinha esta cidade sido fundada pelos anos 2700 do mundo, ou 1304
antes de Jesus Cristo, isto é, há 3180 anos!". Esta é uma das
versões para o nome Ossela. Outra versão associa o nome às grandes
batalhas travadas em 150 a.C. entre lusitanos e romanos, de que
resultaram muitos ossos, resultado da decomposição dos
cadáveres.
O que parece mais verosímil é ter
havido aqui, no ano 996, uma grande batalha entre cristãos,
comandados pelo conde D. Forjaz Vermoiz e os mouros comandados por
Almansor, rei de Cordova. Há, segundo a tradição, a opinião de que
Ossela terá sido o berço natal de D. Martinho, prior de Soure e
contemporâneo do nosso primeiro rei.
Também sobre o lugar de Vermoim não
parece haver dúvidas que se ficou a dever a uma dura batalha,
travada no reinado de D. Bernardo I, o gotoso, entre os Mouros,
comandados por Almançor e os Cristãos comandados por D. Froilaz (ou
Forjaz) Vermuiz, que deixou o seu nome ligado a esta
localidade.
O padroado da igreja pertencia ao
Mosteiro de Paço de Sousa. Afirma o cronista Meireles: “Ignoramos
inteiramente quem doou o padroado desta Paroquia, mas na Bula de
Gregório X.º datada do ano da Incarnação 1275, se confirma com
outros padroados o desta igreja ao Mostr.º de Páso de
Souza”.
O documento nº 17 das provas é uma
composição entre o mosteiro e o bispo de Coimbra D. Egas Fafes, no
ano de 1249, diferendo que havia começado com o bispo D.
Tibúrcio.
Tendo sido as rendas da mesa abacial
anexadas à Companhia de Jesus, Ossela aparece diversas vezes nessa
desagradável questão.
Com o rio Caima a seus pés, que lhe dá
um encanto especial, Ossela tem um passado de agricultura.
Actualmente, já se encontram a laborar aqui unidades fabris de
razoável dimensão.
Em torno de Ossela, foi criada uma
lenda, segundo a qual houve, em tempos, num outeiro desta
freguesia, um castelo, onde, no ano de 585, Santo Hermenegildo se
terá santificado, na sequência da guerra contra os mouros. Verdade
ou não, o certo é que não há vestígios de tal castelo.
Após a visita à Casa-Museu Ferreira de
Castro e à Biblioteca do escritor de "A Selva", merecem destaque as
Capelas do Mosteiro, do Senhor da Fonte, de S. Frutuoso, das
Senhoras da Lapa e da Graça; os núcleos rurais de Bustelo do Caima
e do Carvalhal e o núcleo urbano da Igreja. A área natural do
Pedregolhal, o belíssimo Vale do rio Caima (no fundo do vale de
Ossela divisa-se a “igreja velha”, o Mosteiro, outrora presumível
lugar de anacoretas contemplativos, em cuja parede se encontra uma
curiosa lápide fúnebre), a paisagem salpicada pela vinha de
enforcado e o Castro de Ossela (Imóvel de Interesse Público)
merecem também uma observação atenta.
O artesanato mais relevante e
característico desta terra foi o denominado “Barro Negro”
trabalhado pelos “Pucareiros”, que teve os seus grandes mestres em
Barbeito e Ossela. Infelizmente, os Pucareiros de Ossela
desapareceram há já vários anos sem deixar
continuadores.
Desempenharam também um papel importante a tecelagem e o linho,
artes também já desaparecidas.
O local:
Trata-se da Igreja Matriz de
Ossela.
A
cache
:
Trata-se de um container embrulhado num
saco preto e lá dentro entre outras coisas encontrarás a pergunta a
qual terás de anotar e posteriormente dar a resposta para poderes
alcançar a cache final – “O.Azeméis – 1 Cidade – 19
Freguesias”.