PONTE
VELHA
Com esta Cache
pretendemos dar a conhecer a Ponte Românica ou Ponte Velha em
Mirandela que data dos finais do século XV. Classificada como
monumento nacional, atravessa o Rio Tua, fazendo parte da antiga
estrada nacional Porto/Bragança.
A Ponte Velha de
Mirandela foi durante centenas de anos a única via de
atravessamento do rio Tua para os mirandelenses. O longo tabuleiro
horizontal assentava originalmente em vinte arcos desiguais, numa
extensão de 230 m. Actualmente restam apenas dezoito arcos,
reforçados com talha-mares triangulares em ambos os lados da ponte.
O tabuleiro era inicialmente lajeado, encontrando-se hoje
alcatroado. As guardas originais em cantaria foram substituídas por
guardas de ferro nos finais do século XIX. Actualmente
encontra-se reservada apenas ao trânsito pedonal e constitui um dos
ex-líbris da cidade.
Cronologia
1514 — Ponte em
construção.
1536 — Já estava concluída.
1548 — João de Barros refere a excelência da
construção da ponte.
1608 — Um dos talha-mares estava em perigo iminente de
ruína.
1624 — As obras de reparação a cargo do mestre Pedro
da Fonseca são interrompidas por falta de verbas; é expropriada uma
azenha por suspeita de causar danos à estabilidade da ponte.
1634 — Obras de consolidação efectuadas pelo
arquitecto João Lopes de Amorim.
1690 —Efectuadas obras ligeiras de reparação.
1726 — Mostrava ao centro dois nichos, sendo um deles
dedicado a Nª Srª e o outro ao Senhor dos Aflitos; é feito um
projecto de reparação da ponte que terá sido levado a bom
termo.
1758 — No inquérito a ponte é referida como tendo 1215
palmos, estando em mau estado.
1771 — Obras de reparação.
1792 — Reconstrução de um talha-mar.
1807 — O quarto arco do lado de Mirandela ameaça ruína
e o pavimento está em muito mau estado.
1863 — É publicada uma gravura sobre a ponte.
1866 — O primeiro arco do lado de Mirandela é
destruído, ficando só com 19;
1876 / 1878 — A largura da ponte antes das obras
variava entre 4,8 e 5,3 metros; tinha guardas de cantaria durante
os primeiros 106 metros, sendo aberta nos restantes 122 metros;
foram reparados alguns talha-mares, alteando o pavimento e
colocadas guardas de ferro.
Séc. XX, inícios — Pavimento em grandes lajes de
granito; a meio da ponte existiam varandins com dois nichos;
1909 — Derrocada dos dois arcos centrais;
1910 — Reedificação dos dois arcos centrais,
alargamento do tabuleiro e retirada dos nichos;
1963 — Perigo de derrocada com desaprumo de três
arcos;
1965 — Brecha do arco nº 2 e deslocação de um
quebra-mar;
1981 — Obras de beneficiação;
1983 — O trânsito rodoviário passa a fazer-se num só
sentido (Mirandela - Golfeiras).
1986 — Projecto de iluminação da ponte;
1989 / 1990 — Obras de consolidação estrutural.
1993 — A ponte fica reservada ao tráfego
exclusivamente pedonal.
Monumento Nacional, Dec. nº 16-6-1910, DG 136 de 23 Junho
1910.
A Cache
A Cache encontra-se
nas imediações da ponte e é um recipiente de tamanho Regular com os
habituais objectos para troca.
O local é bastante
movimentado pelo que pedimos a máxima discrição.