O nome Canelas, deriva de cana uma espécie que
existiu em grande abundância nesta região. Situada no centro
geográfico do Concelho de Vila Nova de Gaia, a Vila de Canelas
conta com mais de 950 anos de História. Promovida a Vila a 18 de
Dezembro de 1987, os canelenses sentem orgulho no seu passado,
prazer no presente, fé no seu futuro.
A Serra de Canelas é um dos locais a visitar na
freguesia. Apesar da grande pressão urbanística, mantém-se o seu
trilho, como um reduto natural de grande aprazibilidade. É um dos
espaços verdes mais importantes do concelho e, por isso mesmo, um
daqueles que merecem a reabilitação total. A diversidade da fauna e
da flora existentes e a riqueza do solo e sub-solo, patentes na
abundância de granito, são características marcantes deste
espaço.
Esta localidade também é marcada com a
literatura portuguesa, porque personalidades como Eça de Queirós,
Antero de Quental, Camilo Castelo Branco e Delfim de Lima tiveram
fortes ligações à vila de Canelas, além de César de Morais, um dos
maiores músicos portugueses que nasceu nesta vila.
A nível de monumentos, podemos visitar o Solar
dos Condes de Resende, actualmente ocupado com a Casa Municipal da
Cultura. Foi construído no século XVIII. É um edifício de planta em
L, de dois pisos, com algumas características da época barroca,
como é o caso do emolduramento das janelas e portas do alçado
norte. Foi nesta casa que Eça de Queirós conheceu a sua esposa,
Emília de Castro Pamplona, filha do 4.º Conde de Resende.
A Igreja Paroquial, construída em 1779 em
substituição de um templo que existia no mesmo lugar é também
merecedora de uma visita. Apresenta características essencialmente
barrocas, embora o estilo renascentista também esteja presente.
Merecem relevo, no interior, as Cenas do Calvário e a escultura de
madeira de Nossa Senhora das Dores.
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Por fim, e em pleno destaque, o Coreto
Paroquial. De Valor Concelhio desde 1980, localiza-se junto ao
Jardim de S. João, em frente à Igreja Matriz. Foi construído em
1907 pela Serralharia Artística do Corvo. É um coreto Arte Nova, de
planta octogonal, com seis metros de diâmetro. A base é em granito,
revestido a azulejo, a cobertura em estrutura de ferro. No
interior, a cúpula é pintada com medalhões emoldurados de ornatos
estilizados. A estátua está situada no centro de um conjunto de
ornamentações feitos a imitar os tectos dos salões senhoriais. O
coreto tem uma nítida influência italiana em todo o seu desenho. O
grande padrinho desta obra foi um jovem de vinte e poucos anos de
nome João Oliveira. Ludibriando o pai consegue arranjar
financiamento para a construção do coreto, fazendo-se passar por um
abastado emigrante brasileiro. Escrevendo cartas sucessivas ao pai,
António Lopes da Costa, convence-o a financiar a obra durante dois
anos. Tendo cuidados especiais com a letra e com a forma, o jogo de
João Oliveira resulta e o coreto financiado pelo pai é inaugurado a
24 de Junho de 1907.
A Cache: Esta é uma cache small com o seguinte
conteúdo inicial: Logbook, lápis, afia, moeda Zoo Lisboa, medalha
estrela.
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