Santuário de Vilas Boas [Vila Flor] Traditional Geocache
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Santuário de Vilas Boas [Vila Flor]
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Difficulty:
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Terrain:
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Size:  (regular)
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Objectivo da cache: dar a conhecer um dos mais belos e famosos
Santuários do Norte de Portugal e apresentar a sua história.
Oferecer alguma informação sobre freguesia de Vilas Boas.
FREGUESIA DE VILAS
BOAS
Vilas Boas é um freguesia portuguesa do concelho de Vila Flor, com
28,57 km² de área e 715 habitantes (2001). Densidade: 25,0
hab/km².
Foi vila e sede de concelho extinto em 1836. Era constituído pelas
freguesias da vila e de Vilarinho das Azenhas. Tinha, em 1801, 708
habitantes e 43 km².
Capela de Nª Srª da Assunção - Vilas Boas - Vila Flor |
Nova escadaria do Santuário |
APARIÇÃO: O 1º GRANDE
MOMENTO
O primeiro grande momento na edificação do Santuário é sem dúvida a
aparição de Nossa Senhora à menina Maria de Vilas Boas. O dia 4 de
Setembro de 1673, bem como 7 e 8 do mesmo mês e ano, são datas que
traçam o rumo deste famoso lugar dedicado a Virgem Santa Maria.
Antes das aparições à menina Maria, o Santuário estava reduzido a
uma pequena capela, abandonada, onde no Verão os gados se
recolhiam. Tal como noutros lugares de devoção mariana, também
neste lugar, uma menina foi a feliz ligação entre a mãe divina e os
homens que se tinham esquecido da sua casa lá bem no cimo da
montanha sagrada. Nossa Senhora por três vezes como atrás foi
referido, em lugares distintos, fonte do Ribeiral, eira Monteira e
Lugar do Cruzeirinho, apareceu à mensageira Maria, dando-lhe a
seguinte missão: vai e diz aos habitantes de Vilas Boas que estou
descontente com a sua vivência na fé e o estado a que deixaram
chegar a minha casa. Eles que façam jejum e tratem da minha casa. A
partir das aparições, o templo foi reerguido, a fé aumentou e os
milagres multiplicaram-se, o Santuário passou a ser local de
romagem e de grande devoção mariana. Bem se pode dizer que a
aparição foi o primeiro grande momento deste belo lugar que se
há-de transformar no mais importante Santuário Mariano da Província
Transmontana.
BREVE RESUMO HISTÓRICO
Até 1673 existia apenas uma pequena capela dedicada a Nossa
Senhora, embora os dados existentes sejam muitos poucos, pelo menos
os conhecidos até ao momento, não permitindo datar o início da
construção do primeiro templo. Sabemos, isso sim, que em 1673 a
capela estava em abandono total e em vez do culto o uso era para
recolha de gado nos dias quentes de Verão.
De 1712 a 1843, como narra Pinho Leal, em Portugal Antigo e
Moderno, o Santuário reduzia-se apenas a uma pequena capela,
composta de altar-mor, dois laterais, um campanário e uma sineta.
Podemos considerar este período de tempo como de estagnação do
Santuário.
A partir de 1843 e até à
última década do séc. XIX, viveu-se o segundo grande momento
na edificação deste lugar. Neste período, fizeram-se as
seguintes construções: Igreja (actual templo), Casa dos
Milagres (actual Casa das Recordações), Casa do Ermitão
(actual Casa do Guarda), Casa do Fogo (actualmente é usada
pela força policial que faz segurança a festa de Agosto), sete
capelinhas que representam os passos da vida de Cristo a
caminho do Calvário (uma delas, curiosamente, representa a
aparição de Nossa Senhora de Lurdes a Bernardete), todos os
escadórios, excepto o dos Apóstolos e todos os grandes muros
de suporte aos terraços. Toda a obra de talha e douramento foi
igualmente feita neste tempo, pelo afamado artista José da
Costa de Mangualde. Ainda deste tempo são o carrilhão de 10
sinos, o pára-raios (comprado em Inglaterra), as imagens
colocadas no adro ( Fé, Esperança, Caridade e Gratidão), os
gradeamentos em ferro, as imagens dos passos da vida de
Cristo, bem como as da Igreja. Construi-se ainda o depósito
para abastecimento de água que aproveitava a água das chuvas.
Pode-se afirmar, sem qualquer dúvida, que a segunda metade do séc.
XIX, é o momento estrutural do Santuário. Aquilo que hoje
representa a sua marca arquitectónica foi erguido entre 1843 e
1893.
Na primeira metade do Séc. XX, construi-se o Corete de Ferro, Casa
dos Romeiros (actual casa de restauração), escadórios dos
Apóstolos, jardins da Gruta e actual Casa dos Milagres.
Na segunda metade do séc. XX, instalou-se a iluminação eléctrica,
o abastecimento de água a partir do Ribeiral, construíram-se
Parques para Automóveis e pavimentaram-se as ruas de acesso ao
templo e à Central, abriu-se a parte superior da Nova Avenida e
fez-se o largo, onde se realiza a missa da festa de Agosto.
Entre 1995 e 2005, um período de grande dinamismo para o
Santuário. Neste entardecer do séc. XX e no amanhecer do Séc. XXI,
este lugar privilegiado no coração transmontano, teve grande
melhoria nas suas estruturas. Assim, toda a iluminação foi
modernizada, tendo diariamente iluminação nocturna. Foram
restaurados os interiores e exteriores da Igreja, Casa das
Recordações (criada em 1996), Casa do Ermitão, Casa dos Milagres e
muros de suporte aos mesmos edifícios. Foram construídos os muros
da avenida e largo do palco, bem com requalificados o acesso ao
templo (lado Norte) e área envolvente à Casa do Ermitão.
Construíram-se ainda a segunda fase da Nova Avenida e Rotunda dos
Evangelistas e Largo dos Carrascas. Adquiriu-se um novo andor em
talha dourada para Nossa Senhora, executou-se a sonorização da
Igreja, reforçou-se o abastecimento de água, etc.
O ano de 2006 vai com toda a certeza ficar na história deste
Santuário como o terceiro grande momento. Vai iniciar-se a
construção de um escadório que fará a ligação entre ao Apóstolos e
largo da Gruta, um Centro de Visitantes, um Cruzeiro, um Pórtico (8
metros de altura) e requalificação de parte da Nova Avenida e Largo
da Central. Este investimento rondará um milhão e cem mil
euros.
O futuro será certamente digno do passado para júbilo de todos,
mas sobretudo para engrandecimento deste lugar magnífico que é o
mais importante Santuário dedicado à Virgem Santa Maria na região
de Trás-os-Montes e Alto Douro.
CURIOSIDADES
Esta secção visa dar resposta a todos aqueles que pretendem ir mais
além e se possível ganhar gosto pela investigação e quem sabe
elaborar a história deste Santuário. Os assuntos vão ser colocados
cronologicamente e escolhidos apenas alguns que se afiguram
significativos.
1712 – Na pequena sacristia do Santuário existia um livro de
relatos de vários milagres, segundo Frei Agostinho de Santa
Maria,
em Santuário Mariano;
1715 – A Câmara de Vilas Boas é autorizada a fazer duas feiras no
Cabeço, uma a 15 de Agosto e outra a 14 de
Setembro;
1848 – Pagamento de um manto e saia azul para a imagem de Nossa
Senhora;
1858 – Reconstrução da Casa do Ermitão que tinha sido destruída por
um sismo.
1861 – Foi comprado no Porto o seguinte material para iluminação: 2
lampiões grandes, 16 pequenos e duas dúzias de
torcidas;
1863 – Pagamento a Manuel José da Mota por ser olheiro nas obras
do Santuário;
1866 – Contratação do Dr. Carmo Rodrigues para accionar
judicialmente os devedores de juros ao Santuário;
1867 – Pagamento ao eng. Eduardo Diniz Lopes de Sousa pela planta
que fez do Santuário;
1876 – Em 25 de Agosto, o senhor Tesoureiro pagou ao padre José
Joaquim Rodrigues 1560 Reis para tirar a licença em
Braga
para benzer a Igreja;
1881 – Aquisição de 72 lampiões;
1885 – Foi colocado um pára-raios na torre da Igreja e comprado em
Inglaterra;
1888 – Pagamento para explorar água no Santuário;
1890 – Fazem-se os primeiros pagamentos de fotografias;
1901 – Foram aprovados os estatutos da confraria de Nossa Senhora
da Assunção;
1903 – Colocação de um órgão tubular na Igreja que tinha sido
adquirido em Braga;
1907 – Fuga de um preso que tinha sido encarcerado na cadeia do
Santuário. O meliante abriu um buraco na parede por
onde
se escapou;
1909 – Roubados do Santuário diversos objectos em prata;
1912 – Nomeado capelão do Santuário o padre Eduardo Augusto
Rodrigues,
1913 – Em 26 de Janeiro foi suspenso o zelador do Santuário, José
Joaquim Dionísio;
1914 – Toma posse como zelador José Maria Carvalho que aceita
receber 30 centavos por dia;
1935 – A Diocese de Bragança foi consagrada a Nossa Senhora da
Assunção, tendo-se organizado uma grande
peregrinação
diocesana;
1946 – Na festa de 15 de Agosto explode o motor da Central
eléctrica do qual resultou um morto;
1947 – Adquirido novo motor no valor de 100 contos,
1948 – Aparecem os carros triunfantes onde era transportada na
procissão o andor com a imagem de Nossa Senhora da
Assunção;
1950 – D. Abílio Vaz das Neves, bispo da Diocese, faz a benção de
uma imagem de Nossa Senhora da Assunção;
1960 – É abolido o feriado da Ascensão, passando a festa para o
domingo a seguir.
1969 – Foi inaugurado o abastecimento de água ao Santuário a parti
do lugar do Ribeiral;
1971 – São construídos novos parques de estacionamento;
1998 – Inaugurada a nova iluminação do Santuário;
2006 – No mês de Março é posto a concurso os novos escadórios,
centro de visitantes, pórtico e cruzeiro.
A CACHE
Trata-se de um Tupperware médio com um lápis, stashnote, bloco de notas e alguns
objectos para troca.
Apreciem o local. Obrigado pela visita.
Additional Hints
(Decrypt)
Zny fr pbzrçn n qrfpre nf rfpnqnf, n haf 6 z à rfdhreqn, ab zheb.