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[Siglas Poveiras] Real Santuário Traditional Geocache

This cache has been archived.

SerafimSaudade: Esta cache foi arquivada por falta de uma resposta atempada e/ou adequada. Relembro a secção das guidelines sobre a manutenção http://www.geocaching.com/about/guidelines.aspx#maint :

[quote]
As the cache owner, you are also responsible for physically checking your cache periodically, and especially when someone reports a problem with the cache (missing, damaged, wet, etc.). You may temporarily disable your cache to let others know not to hunt for it until you have a chance to fix the problem. This feature is to allow you a reasonable time – [b]normally a few weeks[/b] – in which to arrange a visit to your cache. In the event that a cache is not being properly maintained, or [b]has been temporarily disabled for an extended period of time, we may archive the listing[/b].

It may be difficult to fulfill your maintenance obligations if you place a cache while traveling on vacation or otherwise outside of your normal caching area. These caches may not be published unless you are able to demonstrate an acceptable maintenance plan. It is not uncommon for caches to go missing, areas to be cleared, trails to be blocked or closed, objects used for multi-cache or puzzles to be moved or removed, etc. [b]Your maintenance plan must allow for a quick response to reported problems.[/b]
[/quote]

Como owner, se tiver planos para recolocar a cache, por favor, contacte-me.

Lembro que o "desarquivamento" de uma cache, e a sua eventual consequente reactivação, passa pelo mesmo processo de análise como se fosse uma nova cache, com todas as implicações que as guidelines indicam.

Se no local existe algum container, por favor recolha-o a fim de evitar que se torne lixo (geolitter).

Abraço e obrigado,

SerafimSaudade
Geocaching.com Volunteer Cache Reviewer

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Hidden : 2/22/2008
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:

Esta cache pertence a um conjunto de caches cujo o tema são as Siglas Poveiras

Siglas Poveiras

As siglas poveiras ou marcas poveiras são uma forma de "proto-escrita primitiva", tratando-se de um sistema de comunicação visual simples usado na Póvoa de Varzim durante séculos, em especial nas classes piscatórias. Para se escrever usava-se uma navalha e eram escritas sobre madeira, mas também poderiam ser pintadas, por exemplo, em barcos ou em barracos de praia.

No passsado, era também usado para recordar coisas; eram conhecidas como a «escrita» poveira, mas não formavam um alfabeto, funcionando tal como a escrita egípcia - os hieroglifos (constituem imagens de objectos: Sarilho, Coice, Arpão, Pé de Galinha, Grade, Lanchinha, Calhorda, Pêna, etc.). Esta escrita era usada porque muitos pescadores eram desconhecedores do alfabeto latino, e assim as siglas adquiriram bastante utilidade.

As marcas estão nas redes, nas velas, nos mastros, paus de varar, nos lemes, nos bartidoiros, nos boireis, nas talas, nas facas da cortiça, nas mesas, nas cadeiras, em todos os objectos que lhe pertençam, quer no mar, na praia ou em casa. A marca num objecto equivale ao registo de propriedade. O Poveiro lê essas marcas com a mesma facilidade com que nós procedemos à leitura do alfabeto.

Herança da marca

As siglas são brasões de famílias hereditários, transmitidos por herança de pais para filhos, têm simbolismo e só os herdeiros podem usar. O filho mais novo herdava a sigla do pai enquanto que os outros filhos herdavam a mesma sigla com com um ou mais "piques". Assim, o filho mais velho tem um pique, o segundo dois, ... Existiam vários modos de colocar os piques na sigla, desde picar, gradar até cruzar a marca. Formando-se assim, conforme o número de piques, cruzes, estrelas ou grades.

Na tradição poveira, que ainda perdura, o herdeiro da família é o filho mais novo tal como na antiga Bretanha e Dinamarca. O filho mais novo é o herdeiro dado que é esperado que tome conta dos seus pais quando estes se tornassem idosos. O Poveiro, ao chegar à meia idade, dava o lugar na lancha ao filho mais novo, que lhe tomava conta da rede e aprestos sinalados.

Para as gerações seguintes, a dos netos, a regra é idêntica. Estes têm para além dos seus piques, os piques na marca do pai, caso nenhum dos dois seja o filho mais novo.


Os vendedores analfabetos serviam-se das marcas para saberem de quem era a conta fiada. E assim, antes da rodelas e riscos com que designavam os vintens e tostões, pintavam a marca do devedor.

Nas suas arribadas à costa norte, os Poveiros gravavam nas portas das capelas mais destacadas nos areais ou montes a sua marca como documento da sua passagem por ali. Algumas dessas capelinhas conservam ainda as suas antigas portas cobertas de marcas poveiras.

Mas não era só nas arribadas que o Poveiro assinalava a sua passagem com a marca. Nos Mosteiros ou capelas onde fosse cumprir uma promessa, normalmente quando ela era feita em nome colectivo, isto é, da companha, gravava nas portas dos templos, nas mesas das sacristias, nas cercaduras em madeira, nos arcos cruzeiros, a sua marca, que assim servia de testemunho perante a grei do cumprimento da sua promessa. Eram bem marcas votivas.

É corrente entre eles que os velhos poveiros analfabetos, em lugar de assinarem em cruz nos documentos públicos, faziam a sua marca, que era o equivalente à sua assinatura. Poucos documentos comprovam esta afirmação. Apenas nas actas da velhas Associação Marítima dos Poveiros, relativamente moderna, encontramos essa sinalização.




Apesar da colmeia de pescadores poveiros não ser hoje um décimo das passadas épocas, em que a Praia da Póvoa de Varzim era o grande empório de peixe do norte do país, abastecendo as três províncias do Minho, Douro e Trás-os-Montes e ainda uma grande parte da Espanha, existe ainda imenso material para o estudo destas marcas que se encontram por toda a parte: nos interior das casas dos pescadores, nas cortiças das redes, ...

 

REAL SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DAS NECESSIDADES

A acreditar na tradição, João Veloso de Miranda, professo na ordem de Cristo comissário geral das três ordens Militares, colocou a imagem de Nossa Senhora das Necessidades num nicho que existia junto a sua casa. Esta casa é a que actualmente existe a sul do Santuário e que ainda ostenta o seu brasão de armas. Situava-se, nessa época, em Barqueiros (lugar de Prestar) a escassos metros do limite desta freguesia com o Monte de Bassar. Mais próxima desse limite estaria o já referido nicho de João Veloso, no lugar ou muito próximo do local onde se ergueu o Santuário.

Ora não há dúvida que foi João Veloso o grande incentivador do culto a Nossa Senhora das Necessidades em Barqueiros e arredores. O Arcebispo D. Gaspar, num documento de 1765, afirma que lhe constou que João Veloso foi o primeiro que deu princípio à fundação do dito Santuário. O próprio João Veloso, em 1768, num requerimento ao Arcebispo também se afirma como fundador do Santuário, e devoção de N.ª Sr.ª das Necessidades.

Efectivamente houve um pequeno nicho anterior ao Santuário. O Reitor da Póvoa de Varzim, em 1802, afirma num documento que a capela de N.ª Sr.ª das Necessidades está sem dúvida edificada nos limites da freguesia de S. João de Barqueiros; antes de ser capela foi um nicho.

Colocada nesse nicho para veneração pública, a imagem milagrosa atraiu multidões à busca de graças já testemunhadas por João Veloso de Miranda, traduzidas numa cura milagrosa e num desfecho feliz duma difícil questão judicial. Pouco depois, iniciou-se a construção duma grandiosa capela graças ao contributo dos devotos.

Analisando os arquivos de Barqueiros não se descobre a data do início da sua construção nem quem o projectou. Contudo, já funcionava em 1749, como dá a entender o testamento da mãe do seu fundador. Nesse documento há referências à capela das Necessidades e aos oficiais da Senhora a apontar a existência de uma confraria zeladora do mesmo. Porém, parece que só começou a funcionar oficialmente em 1751, sob alçada do Arcebispo de Braga, pois além de referências indirectas, há uma de 1879, do capelão Bernardo António dos Reis, que numa exposição dirigida ao Arcebispo, queixando-se do pároco de Barqueiros, escrevia: decerto não prejudica os direitos do Pároco porque nunca os teve nele desde a sua fundação em 1751 até hoje.

O Santuário desenvolve-se em cruz latina, com lanternim sobre o cruzeiro e torre sineira posterior. Apresenta uma frontaria funcional, sobressaindo a grande janela de acesso à varanda. Esta abertura foi primitivamente encimada pela cimalha e nicho. Mais tarde, em 1875, interpôs-se o brasão de armas reais. Inicialmente arredondada na parte superior, foi há poucas décadas (1951) truncada para a colocação do relógio.

Ao ser fundado em 1751, o Santuário ainda não estava totalmente concluído. Pequenas obras ainda continuavam, tanto no exterior, como no interior.

Em 1758, conforme vem referido nas Memórias Paroquiais, era visitado por muita gente de romaria todos os anos no dia oito de Setembro e também nos Domingos e dias santos. E noutro documento do ano seguinte, a pedir ao rei D. José a construção da Ponte do Estreito, confirma-se que era contínua essa afluência de gente ao Santuário a visitar a dita milagrosa imagem.

Uma obra significativa foi a tribuna do altar-mor, que a partir de 1774 foi projectada e executada. O risco da tribuna ou retábulo-mor foi executado no mesmo ano por Carlos Luís Ferreira Amarante, o mesmo arquitecto que mais tarde projectou o Bom Jesus de Braga, o Hospital de S. Marcos de Braga, a Faculdade de Ciências do Porto, etc.

Ao iniciar-se o séc. XIX surgem as primeiras referências às capelas laterais que persistiram até meados do séc. XX: a do lado direito dedicada ao Senhor dos Aflitos e a do lado esquerdo dedicada ao Senhor dos Perdidos. Por sua vez, o adro só foi construído por volta de 1807 e 1808.

Grandes obras de restauro fizeram-se em 1865 na torre sineira em consequência da queda de um raio que lhe causou grandes estragos. As pessoas que mais contribuíram para esta obra receberam o privilégio de sepultura gratuita dentro do Santuário, concedido em 1867, pelo Governador Civil do Distrito de Braga, Visconde de Pindela.

Em Abril de 1875, uma pequena obra de grande significado – colocação do brasão de armas reais na frontaria do Santuário. Elevado à categoria de Capela Real por D. Luís, por alvará Régio de 24 de Abril de 1872, logo se tratou de perpetuar tal acontecimento na forma de brasão de armas reais. O brasão de pedra granítica foi talhada no Porto por Joaquim Almeida da Costa.

A partir daí poucas obras significativas se fizeram. Resumem-se a periódicos arranjos, caiamentos e reparação dos telhados. Dessas obras destacam-se, em 1883, o arranjo da portada da frontaria que passou de madeira para ferro. No ano seguinte foi reparada a grade de ferro da varanda da fachada principal.

Outras obras, já em meados do século XX (1951-52), como a demolição das capelas laterais, transposição do relógio da torre para a frontaria, remodelação do telhado e do interior (colocação do lambril de azulejo e do baptistério), foram as mais significativas. 


António Veiga
Texto adaptado do encontrado aqui.

Esta cache pertence a um conjunto de caches e TB's cujo o tema são as Siglas Poveiras

Caches:

GC11CMZ [Siglas Poveiras] Santo André das Almas
GC11CP6 [Siglas Poveiras] Senhora da Bonança
GC122N3 [Siglas Poveiras] Santa Tecla
GC123AB [Siglas Poveiras] Cego do Maio
GC15WJK [Siglas Poveiras] Senhora da Guia

GC176C6 [Siglas Poveiras] Senhora da Abadia
GC176VP [Siglas Poveiras] S. Bento da Porta Aberta
GC176VV [Siglas Poveiras] Santa Cruz

TB's:

TB193C2 [Siglas Poveiras] Sacristia
TB199E1 [Siglas Poveiras] Camisola Poveira
TB19DJ4 [Siglas Poveiras] Sustento

Additional Hints (Decrypt)

gnb zbyr, gnb zbyr... dhr ngr shen n crqen

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)