DIA DE SANTA LUZIA - DIA 13 DE
DEZEMBRO
Santa Luzia, virgem e mártir é um
dos modelos mais acabados de santidade que surgiu nos primeiros
séculos do cristianismo. Nasceu em Siracusa, cidade da Sicília
(Itália) entre os anos de 280 a 290. De família ilustre, pois seus
pais pertenciam a nobreza siciliana. A Sua mãe Eutíquia, depois de
convertida ao cristianismo, tornou-se fervorosa dama cristã e,
segundo se afirma, recebeu como a filha a palma do martírio. O
nascimento de Luzia foi motivo de grande alegria para toda a
família por ser o primeiro e o único fruto da união indissolúvel
dos seus venturosos pais. Constituiu-se ela numa risonha esperança
para todos os familiares. Bem cedo, porém, Luzia se viu privada do
afecto paterno. O pai que amava com entranhado amor e nela via um
sinal de glória e de justificado orgulho, deixou este mundo quando
Luzia tinha quatro anos apenas. Na verdade a inocente menina
tornaria glorioso o nome da família não somente em Siracusa mas em
todo o mundo pela excelência de suas virtudes, pela sua pureza
angélica e pelo seu aceso amor a Nosso Senhor. Seus dotes físicos
eram de tal encanto parecendo que o céu houvesse feito extravasar
por sobre ela a abundância dos seus dons: os olhos traduzindo a
pureza da alma e o rosto de uma formosura pouco comum. Tais
predicados chamaram a atenção de quantos a viram e foi, por isso
mesmo que atraiu os olhares de um jovem de nobre linhagem que dela
se enamorou e manifestou o desejo sincero de tê-la como esposa. Em
se tratando de um moço que se distinguia pela nobreza da estirpe,
refinada educação e senhor de muitos haveres, não faltaram
reiterados e insistentes apelos da parte dos familiares de Luzia
para que aceitasse o vantajoso e honroso partido. Ela porém, que de
há muito havia se comprometido com o Esposo Divino,
consagrando-se-lhe inteiramente pelo voto de castidade, recusou,
com nobreza, a proposta do reputado patrício. Para se assegurar
cada vez mais nos santos desejos, quis visitar, em Catânia,
juntamente com sua mãe, doente, o túmulo da virgem e mártir Santa
Águeda que também havia preferido o martírio às honras do mundo,
com o intuito de recomendar à gloriosa padroeira daquela cidade
siciliana o voto que fizera de, como ela, ser tão somente de Jesus
Cristo, o Divino Esposo. Da visita ao túmulo da excelsa virgem e
mártir resultou a cura de uma doença grave da sua mãe, e
conferiu-lhe mais força e coragem para se manter fiel nos santos
propósitos.
O século terceiro foi tristemente
célebre pelas ferozes perseguições aos cristãos sobretudo ao tempo
de Diocleciano e Maximiliano. Luzia e seus familiares, fervorosos
praticantes do cristianismo, viviam uma vida acentuadamente cristã,
não só através de exercícios religiosos em casa e nas catacumbas,
mas também, valendo-se dos bens da fortuna que possuíam, auxiliando
generosamente os pobres e doentes. Eram inúmeros os necessitados
que procuravam a casa de Luzia afim de receberem alimentos, roupas,
remédios e mais que tudo isso, lições do Santo Evangelho. A prática
de tanta caridade irritou terrivelmente os perseguidores dos
cristãos e para que tal prática fosse abolida, o jovem pretendente
à mão de Luzia, denunciou-a ao feroz inimigo dos seguidores de
Cristo, o prefeito Pascásio, induzindo-o, pelo seu prestígio a
forçar a jovem cristã a aceitá-lo como esposo. Pascásio não se fez
de rogado e atendeu de súbito à solicitação do moço fidalgo.
Imediatamente ordenou que trouxessem à sua presença a inocente
Luzia, obrigando-a a abandonar o cristianismo e aceitar o jovem
patrício como esposo, se recusasse, o preço seria a morte. Mas
Luzia não se atemorizou com as ameaças de Pascásio e permaneceu
fiel na resolução de ser somente esposa de Jesus Cristo pelo voto
de castidade. O prefeito, irritado com a corajosa recusa de Luzia,
ameaçou violar seu corpo virginal. Ao ouvir a terrível ameaça, a
princípio Luzia se apavorou, mas depois confiante na proteção
divina pode dizer como São Paulo "tudo posso naquele que me
conforta " e respondeu ao algoz: " o corpo só é violado quando há
consentimento e por isso mesmo eu te digo: Deus que conhece os meus
desejos, propósitos e pensamentos, sabe que eu de modo algum lhe
serei infiel, enquanto tu, Pascásio, não podes induzir-me ao
pecado. Aqui está meu corpo disposto a todas as torturas : porque
demoras? Começa a por em prática o que teu pai, o demónio, deseja",
foram suas últimas palavras. Admiremos a fortaleza de ânimo da
jovem Luzia e em suas palavras divisemos o Divino Espírito Santo a
sugeri-las. Logo em seguida, Luzia é condenada à morte,
maravilhando a todos com sua inabalável resolução e seu profundo
espírito de fé. Antes, porém, de infligir-lhe o martírio, Pascásio
ordenou que lhe atassem fortemente as mãos e os pés. Aproximava-se
a hora por ela tão desejada, hora em que podia entregar sua bela
alma ao Esposo celeste e ser imersa em Deus que lhe sugeria tudo o
que dizia. Ajoelhada em atitude de oração proferiu estas memoráveis
palavras: " SENHOR, EIS QUE SUPLICO PAZ PARA A IGREJA DE CRISTO.
DIOCLESIANO E MAXIMILIANO DECAIRÃO DO IMPÉRIO E COMO A CIDADE DE
CATÂNIA VENERA A SANTA ÁGUEDA, TAMBÉM SEREI VENERADA POR GRAÇA DO
SENHOR JESUS CRISTO, OBSERVANDO DE CORAÇÃO OS PRECEITOS DO SENHOR."
Nem bem acabava de pronunciar estas palavras, quando o juiz irado e
insolente vendo-a triunfar de todas as provações, afim de puni-la
mandou degola-la. Um dos algozes mergulhou-lhe um punhal na
garganta que a trespassou e ela entregou sua cândida alma a seu
criador e Esposo Divino. Cerrou-se as suaves pupilas à luz terrena,
para contemplar com os olhos gloriosos da Visão Beatífica na Mansão
dos justos. Ao cair martirizada seu corpo permaneceu em atitude de
oração e o rosto voltado para o céu. Sua alma, partida do corpo
virginal subia ao céu acompanhada de um cortejo de anjos para
ocupar o trono que lhe estava preparado e receber a dúplice coroa
tanto almejada da virgindade e do martírio. Era o dia 13 de
Dezembro de 304. Neste mesmo dia Diocleciano que se vangloriava de
haver banido o cristianismo do Império, era acometido de grave
enfermidade que conforme testemunho ocular de Lactâncio pareceu a
todos que havia morrido. Recuperado apareceu somente para abdicar
de suas funções no cume de uma colina de Nicomédia a 1º de maio de
305. Nesse mesmo dia, Maximiliano abdicava em Milão
Os cristãos de Siracusa logo após
a morte de Santa Luzia elegeram sua padroeira e já no ano 310, seis
anos após sua morte, no mesmo local onde se dera o martírio
construíram um templo em sua honra. O corpo da virgem e mártir
recolhido com reverência e piedade fora colocado num lugar sagrado,
nas catacumbas onde dormiam os filhos da Cruz e os mártires do
Senhor até que em 1040 o general grego Jorge Mariace apoderando-se
da cidade de Siracusa requisitou o corpo da santa e o fez
transportar para Constantinopla afim de doá-lo à imperatriz
Teodora. Finalmente os cruzados venezianos após a conquista de 1204
levaram-no para Veneza onde ainda hoje se venera na igreja de São
Jeremias sob o altar lateral e conservado numa preciosa urna de
mármore.
SANTA LUZIA – PROTETORA DOS
OLHOS
A lenda que deu origem à devoção de Santa Luzia como protectora dos
olhos e da vista deve-se ao seguinte facto: Tendo Pascásio
perguntado a Luzia porque não consentia no casamento com o jovem
patrício que a desejava como esposa, ela em resposta disse-lhe "
mas afinal o que o nobre patrício vê em mim que seja belo e
desejável?" O tirano respondeu: "os teus olhos brilham como duas
estrelas e encantam como duas pérolas", ao que Luzia acrescentou: "
traga-me um prato" e quando lhe foi apresentado numa bandeja de
prata, Luzia, num gesto rápido e sublime heroísmo, arrancou os dois
olhos tão decantados e os colocou na bandeja ordenando que os
enviasse ao seu pretendente. Muito embora este facto seja apenas
uma lenda, por este motivo e também pelo significado do nome de
Luzia, que quer dizer LUZ, nasceu naqueles povos grande devoção a
Santa Luzia como protectora dos olhos e muitos prodígios foram
operados por ela nesse sentido.
P.F tentem recolocar a cache da mesma
forma como a encontraram. É NECESSÁRIO LEVAR OBJECTOS PEQUENOS PARA
A TROCA... Façam o C.I.T.O se possível. Tirem fotos durante o
percurso. Obrigado pela vossa visita. Divirtam-se.