Bem vindo/a a esta cache que lhe dá a
conhecer o Palácio do Correio Mor.
Situado em Loures, nos arredores de Lisboa, o
Palácio está integrado numa paisagem secular original da antiga
Mata das Flores. E daí nasce a história deste palácio...
A História
O Correio Mor é mais uma instituição que uma
pessoa. O cargo era antigo em Portugal e as suas origens perdem-se
nos Descobrimentos. O primeiro Correio Mor era um tal Luis Homem,
que antes de Correio Mor era estafeta do rei, cavaleiro que
percorria caminhos ligando Lisboa à Flandres, a Roma, e outros
locais da Europa levando escondidas as mensagens que eram as
grandes mensagens políticas e financeiras da altura, dependendo
deste homem muitas vezes o futuro da nação.
Foi o rei D.João III que vendo a importância deste cargo criou o
ofício e o nomeou o 1º Correio Mor do reino.
Depois deste seguiram-lhe João Afonso e um filho
deste. Foi em 1606 que Filipe II nomeou um activo mercador que lhe
havia emprestado dinheiro a juro. O empréstimo fora de 30 000
reais, mas tal como hoje se faziam grandes negócios e foi este Luís
Gomes que acabaria por comprar esta quinta por 70 000 reais pagando
apenas a diferença do empréstimo feito ao Rei.
Apesar do mercador Luís Gomes usar o apelido Elvas foi o arvoredo
de Loures e da Mata das Flores que inspirou o que lhe havia de
ficar: Mata. Dele, e da família importante conhecida por Gomes da
Matta.
Luis Gomes comprou em 1606 ao Mosteiro de
Odivelas o domínio directo de todo aquele matagal bravio e florido
da Mata das Flores e por isso ficou conhecido como Luís Gomes da
Mata, com brasão de fidalguia. Desde então este palácio cresceu e
tomou forma, tendo sido alterado e modificado até tomar a sua forma
actual no final do séc. XVIII com o 9º Correio Mor, José António da
mata de Sousa Coutinho, que herdou o cargo em 1735 e o possuiu até
à morte em 1790.
Depois, já em 1797,e devido às muitas acusações de ganância por
parte dos Correios Mores o Estado reivindicou o monopólio dos
correios, entregando o título de conde ao Correio Mor em funções, e
criando o serviço da Mala-Posta. O
depois conde de Penafiel havia de viver em Paris, alugando
inclusive o palácio para hospital por alturas da Guerra Civil, e
segundo alguns relatos da época o seu estado era miserável face ao
horror das doenças e mortes aí ocorridas. Depois de falidos, os
Condes de Penafiel haviam de vender em asta pública o palácio em
1875 ao grande lavrador Quirino Luís António Louza, cuja família é
proprietária até 1996, quando foi vendida à Casa Agrícola da Quinta
da Matta, Lda, que presumivelmente vendeu o palácio ao actual
proprietário.
Hoje, está praticamente fechado sendo apenas
usado para eventos de alguma envergadura. Nos anos 90 foi usado por
exemplo para a rodagem do filme "Os
Canibais" de Manoel de Oliveira ou a série inglesa Sharpe.
Para quem quiser saber mais veja estes dois
links, o primeiro de um site inglês que se refere à família e ao
palácio, e o segundo um site português com uma longa versão da
história do palácio:
http://www.peerage.org/genealogy/page3.htm
http://www.glosk.com/PO/Mo_Grande/-3003562/pages/Pal%C3%A1cio_do_Correio-Mor/2439_pt.htm
The Story
Soon..
O local e o Palácio
O palácio do Correio-Mor, ligado à história da
poderosa família dos Gomes da Matta, correios-mores do reino
durante cerca de duzentos anos, deverá ser o mais importante de
todos esses monumentos que são as residências senhoriais de grande
estilo do século XVIII. É um palácio riquíssimo, com o tradicional
e majestoso plano em U e o invulgar piso intermédio por cima do
rés-do-chão. A fachada, cor-de-rosa, é muito sóbria e animada pela
cantaria branca das pilastras. No interior, tudo é sumptuoso e de
extraordinária amplitude.
A antiga Quinta da Mata, agora reduzida ao
espaço envolvente ao Palácio, possui assim um dos mais notáveis
palácios dos arredores de Lisboa, edifício do século XVIII, sóbrio
mas de grande imponência, sobretudo na fachada que dá para o pátio
de entrada, precedido de porta brasonada. Interiormente, encerra
belos silhares de azulejos, tectos com decorações de estuques e
outros com pinturas executadas pelo artista José da Costa Negreiros
e seus discípulos. À entrada, sobre a esquerda, abre-se a grande
cozinha, curiosa pela sua decoração de azulejos do século XVIII,
que figuram peças de caça, carne e peixe, pendurados nas paredes, e
ainda dois grandes painéis que representam também interiores de
cozinhas. No átrio abobadado, em frente da cozinha, a antiga adega
de três naves com abóbodas assentes sobre pilares de secção
quadrada. A boa escadaria que conduz ao andar nobre tem, no
primeiro patamar, uma fonte do século XVIII - da Samaritana -,
bonita taça de mármore sobre a qual um pequeno génio alado segura
um medalhão com um retrato esculpido, presumivelmente do 9.º
correio-mor, Luís Vitório da Mata Coutinho, a quem se deverá o
maior esplendor do palácio. Ao cimo da escadaria, o imponente
vestíbulo é uma sala de boa dimensão, de grande altura e bem
iluminada, na qual sobressai o tecto de madeira em que se encontra
pintado o brasão dos antigos proprietários. Seguem-se três salas de
boas proporções, hoje infelizmente vazias, mas deixando ver
notáveis silhares de azulejos do século XVIII, em estilo rococó,
tal como a rica decoração de estuques dos tectos. A sala do
centro,tem azulejos azuis de outro tipo e algumas graciosas
pinturas de sobreportas, talvez já do princípio do século
XIX.
Na terceira sala, a Sala de Música, uma das pinturas de uma
sobreporta mostra uma grande nau com a bandeira portuguesa. A
seguir, outras salas com bons azulejos, estuques e pinturas nos
tectos. A casa tem capela (datada, no exterior, de 1744), com bons
azulejos e um pequeno retábulo do século XVIII e, na mesma ala, uma
série de pequenas salas com paredes forradas de azulejos - uma
delas figurando as quatro estações -, tectos pintados, a curiosa
garrafeira de bancada e a grande Sala de Caça, com um rico forro de
azulejos, dos quais é particularmente notável o da parede de
maiores
dimensões, que representa cenas de exterior, caça, etc. É esta a
sala mais rica do palácio, com o seu tecto de masseira decorado com
pinturas mitológicas alusivas a Marte e Vénus, Rapto de Europa,
Narciso, etc.
Os jardins, agora abandonados, são ainda cheios
de interesse e pitoresco pelos seus buxos, pelas suas árvores,
pelas cascatas e azulejos com cenas mitológicas, particularmente os
do grande tanque. E é todo este património que esta cache o leva a
visitar!
O Palácio está classificado como Imóvel de
Interesse Público pelo Decreto nº 47508 de 24-1-1967.
Como
Chegar
Num desvio da estrada, fronteiro à igreja-matriz
de Loures, após 600 metros de um caminho ladeado de oliveiras,
deparasse-nos este edifício que, como casa de campo dos arredores
da capital, sobressai na sua grandiosidade com as suas cerca de 140
divisões. O seu esquema de cores rosa e branco é bem conhecida em
Portugal e pode também a ser encontrada por exemplo no Palácio de
Belém.
No entanto é uma propriedade privada, e como tal o próprio acesso
ao terreiro em frente ao palácio está proibida por placas bem
visíveis no caminho. Em vez de entrarem pelo caminho de terra
batida ladeado de oliveiras procurem uns 50m à frente uma rampa de
alcatrão entre muros que vos leva à cache por uma estrada
construída no sec.XIX.
Se repararem à medida que vão subindo esse
caminho alcatroado e depois de passar o cruzamento que leva à
entrada do palácio vão vendo do vosso lado esquerdo o palácio e as
vinhas e os campos que foram trespassados pela construção desta
estrada. O próprio muro da quinta foi derrubado e os actuais
limites da propriedade estão muito mais reduzidos. Até ao sec. XIX
a toda a volta do vale era um muro alto que separava a Quinta do
resto do mundo. Quando chegarem ao fim do alcatrão chegaram ao
ponto inicial e às traseiras da Quinta. Começa aqui a
aventura!...
NOTA: Desde que começámos
a projectar esta cache o Palácio e os jardins têm sido alvo de
intervenções de melhoramentos. Está a ser limpo o mato à volta do
Palácio e reabertos os arruamentos na Quinta. Está a ser retirado
muito lixo do seu interior, pelo que não se admirem ao encontrar
este cenário. Este lixo é na maioria resultado dos quase 30 anos de
uso da quinta como espaço agrícola. Já tentámos contactar os
actuais donos mas ainda não obtivemos resposta. Assim que tivermos
mais novidades colocaremos aqui.
The local
Soon..
A Cache
Desde 2003 que eu, Cláudio, pensei em colocar
aqui uma cache. Esta faz parte de um grupo inicial de 4 caches que
quis colocar na altura. Dessas, duas foram colocadas nesses meses (
a Loca do Gato e a No Topo das Radiotelecomunicações), outra ainda
está por colocar, e esta ficou sempre pendente de encontrar a
melhor maneira para o fazer. Desde multis a tradicionais, tudo foi
pensado, mas o facto de a Quinta ser propriedade privada sempre me
deixaram contido. Depois, já em 2007, soube que o VSérgio também
ali queria colocar uma cache, uma vez que por razões familiares ele
tinha alguns conhecimentos e documentação do local. Aliámos
esforços, idealizámos e construímos esta cache. O resultado...bom,
esse só visto!:)
A cache é composta por quatro pontos, um
inicial, dois intermédios e um final. No total são percorridos
cerca de 600m, 1,2km ida e volta. Contem com pelo menos 1h para a
fazer na totalidade.
Devem ir munidos de roupa resistente, botas
aderentes e impermeáveis, nomeadamente se quiser fazê-la na época
das chuvas, uma lanterna será certamente útil também (no local
verão porquê). Não esquecer a máquina fotográfica, além de poderem
tirar boas fotos poderão usá-la para fotografar as indicações dadas
nas caches intermédias em vez de tomarem nota das mesmas.
Poderá ter que molhar os pés para fazer esta cache, vá
prevenido.
Pedimos o favor de NÃO ENTRAR na Quinta e nos
jardins do Palácio, apesar de tal ser possível, e de NÃO
ULTRAPASSAREM as placas de Propriedade Privada. Se o fizerem estão
por vossa conta e risco.
Prefira a luz do dia e da manhã para fazer esta
cache, é muito perigoso fazê-la de noite. Se a fizerem à tarde
façam-na a meio da tarde, se tiverem sorte o sol iluminará o acesso
ao ponto inicial.
É necessário procurar bem, e seguir as
indicações dadas nas caches. Esperemos que gostem!:)
Esta cache é um tupperware de tamanho regular de
tamanho +/- 10x10x20cm.
O conteudo inicial da cache além do Logbook,
stashnote, lápis, afia e documentação é:
- Carrinho
- Boneco
- Jogo de Dominó
- Bola saltitona
Pedimos especial cuidado para retirar a cache
final do local onde se encontra, não arrisque se não se sente à
vontade com alturas.
Deixe-a exactamente como a encontrou, no mesmo
local e bem escondida.
The Cache
Soon..
Ah, e não se esqueça nunca/Oh, and never forget: Cache In Trash
Out!
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