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Pode verificar a resposta ao puzzle
aqui:
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Dom Paio Peres
Correia |
D. Paio Peres
Correia foi um notável conquistador cristão medieval que viveu no
século XIII. |
D. Paio Peres
Correia terá nascido no ano de 1205, em Monte de Fralães
(Barcelos), onde ficava a tradicional casa desta nobre família. As
Inquirições assinalam a presença dos seus irmãos, de uma irmã e de
outros parentes em freguesias da
vizinhança. |
D. Paio Peres
Correia que encontramos, no reinado de D. Sancho II, em Alcácer do
Sal, a partir de 1228 vai ter como primeiro palco da sua acção o
Alentejo, conquistando Aljustrel, Alvalade, Juromenha, Beja e
Mértola, descendo depois até ao Algarve, conquistando Alcoutim,
Vaqueiros, Ayamonte, Cacela e Tavira. Segundo a tradição, Tavira
foi conquistada aos mouros, em Junho de 1239, por Dom Paio Peres
Correia, como represália pela morte de sete dos seus
cavaleiros. |
Em 1242, torna-se
em Mérida Grão-Mestre da Cavalaria de S. Tiago e passou então a
estar ao serviço de Fernando III de Leão e Castela e de seu filho,
o futuro Afonso X de Leão e Castela. |
Alguns anos
adiante, voltou ao Algarve, no reinado de D. Afonso III de
Portugal, e trouxe para a posse cristã a parte restante do Algarve.
Um dos pontos altos da sua acção militar aconteceu na tomada de
Sevilha, onde teve uma acção de grande relevo, como o testemunha,
por exemplo, a Crónica Geral de Espanha de
1344. |
Falecido em 1275
na localidade de Tentudia, no século XVIII os seus restos mortais
foram trasladados para Tavira, para a Igreja de Santa Maria do
Castelo. |
A
Crónica Geral de Espanha de 1344 narra o conselho em que Fernando
III decide a estratégia a adoptar para submeter a cidade de Sevilha
- e que foi a que Paio Peres Correia
defendeu: |
E
a esto cada huu dava sua divisa, segundo seu entender. Mas o
meestre dom Paae Correa e outros boos cavaleiros e muy sabedores de
guerra disseron a el rey que fosse cercar Sevilha e que, se a
cobrasse, que per ella cobrarya todo o al e que seria mais sen
trabalho e con mais pequena custa e sem muyta lazeira d’alguus. Mas
esto contradisseron outros, dizendo que Sevilha era logar grande e
muy pobrado e que non seria muy ligeiro de cercar mas pero se el
rey tal cousa quisesse cometer, que primeiro compria correr e
estragar a terra per alguas vezes e, depois que a bem quebrantada
tevessem e os mouros bem apremados, que entõ seria bem de a hir
cercar. Mas o meestre dõ Paae Correa e os outros que primeiro
conselharon o cerco de Sevilha disserõ a el rey que o tempo que
posesse em corrimentos e fazer cavalgadas e cercar outros pequenos
logares que melhor era de o poer sobre Sevilha e que, tomandoa,
cobrava todo o al e que, por esta razon, melhor era de acabar todo
per huu afam e per huu tempo que por muytos. E demais que poderia
seer, se lhes dessem tal vagar, que elles se avisariã de guisa que
seria depois muy forte cousa de começar e que por esto melhor seria
de começar esto cedo que tarde. E, ditas estas palavras e outras
muytas, acordousse el rey con todolos outros en este
cõselho. |
E agora este
passo, que fala das façanhas de Paio Peres Correia e dos seus
homens: |
(...) o meestre
dom Paae Correa e os outros ricos homees que com el estavon da
outra parte do ryo, segundo ja ouvistes, cavalgarom sobre Golles e
cõbaterõna e entrarõna per força e mataron todollos mouros que
dentro acharom e levarõ muy grande algo que hy acharom. E, em se
tornando per Tyriana, sayiu a elles gram cavalarya de mouros e
muitos peõoes com elles e ouverõ com elles gram batalha. E foron os
mouros vencidos e mortos muytos delles e os cristãaos tornarõsse
muy hõrados pera seu arreal. |
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Uma enciclopédia
espanhola refere-se a Paio Peres Correia nestes
termos: |
Fantasías aparte,
es innegable que su nombradía se asienta en una vida militar llena
de gloriosos hechos, como lo demuestra el que se le confiase el
mando de el ejército español en aquel período verdaderamente
heroico de la Reconquista. |
Fue Gran Maestre
de la Orden de Santiago y tanto los monarcas portugueses como los
castellanos, se disputaran el honor de tenerle à su
servicio. |
Luís Vaz de
Camões recorda-o em duas estrofes d'Os Lusíadas (canto VIII,
estrofes 26-27), Almeida Garrett baseou a D. Branca nos seus feitos
algarvios enquanto que Lope de Vega escreveu sobre ele em El Sol
parado, existindo ainda uma outra obra espanhola que o toma como
protagonista. |
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Aldeia de Paio
Pires |
O
seu nome origina-se do nome do grande conquistador medieval Paio
Peres Correia, que tem uma estátua em sua homenagem no centro da
freguesia. |
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A
Aldeia de Paio Pires está situada na margem esquerda da Ribeira de
Coina, tem uma população de 12.000 habitantes, numa área de 12,14
km². A freguesia é formada pelas localidades de Casal do Marco,
Farinheiras, Paio Pires, Cucena, Quinta da Courela, Cavada, Alto do
Brejo, Alto dos Bonecos e a Quinta da Queimada, integrando uma das
seis freguesias do concelho do Seixal. |
A
Aldeia de Paio Pires pertenceu, durante séculos, ao termo de
Almada, sendo local de implantação de diversas quintas, entre as
quais a Quinta de Cucena, doada por D. João I a Estevão Lourenço, a
Quinta de Fernão Ferro, a Quinta da Atalaia e a Quinta da Palmeira,
que foi adquirida no início do século XVI por ordem do rei D.
Manuel e entregue ao Convento de Santa Maria de Balém. Um dos
marcos de delimitação das propriedades deste Convento é ainda
visível na proximidade de um areeiro em exploração na zona de
Silhar de Alferes. |
O
património desta freguesia tem as suas primeiras referências na
ermida de Nossa Senhora da Anunciação da Aldeia de Paio Pires, do
século XVI, o Coreto, o lagar de azeite, o moinho de maré, a igreja
paroquial, o monumento em homenagem a D. Payo Peres Corrêa e o
monumento à Liberdade, o moinho do Zeimoto e o Moinho da Quinta da
Palmeira. Visto ser uma freguesia com alguns anos de história, no
centro histórico podem ser vistas fachadas de antigas casas, sendo
este um local de interesse para os
visitantes. |
A
partir de meados do século XIX, verificou-se, na Aldeia de Paio
Pires, uma diversificação das actividades económicas e um certo
dinamismo associado à instalação de pequenas indústrias,
dependentes da actividade agrícola e da proximidade do rio, sendo
estas actividades económicas comuns a toda a margem sul do estuário
do Tejo, onde se destacam a moagem de cereais e o descasque de
arroz quer em moinhos de maré, quer em moinhos de vento, a produção
de vinho e azeite em várias quintas e a extracção de
sal. |
A
indústria corticeira teve também a sua representação na freguesia
de Aldeia de Paio Pires. Em 1952, instalou-se, no vale de Cucena,
uma fábrica para preparação de cortiças e quadros que, na década
seguinte foi adquirida pela Sociedade Naval, produtora de bóias de
pesca, salva-vidas e coletes de cortiça. Hoje, as actividades que
mais se destacam na freguesia são a indústria de siderurgia,
indústria de componentes electrónicos, comércio e
serviços. |