A Santa –
Fundão
Localização
geográfica:
O
Fundão fica situado em plena Cova da Beira, entre as Serras da
Gardunha e da Estrela, situação que lhe dá características muito
especiais para o desenvolvimento da sua prática agrícola. A Cova da
Beira é a depressão situada entre as duas Serras. Nesta "cova" (a
que chamam também Vale do Zêzere) o rio Zêzere ajuda a fertilizar
os terrenos que o rodeiam. Esta é uma terra fértil com pomares
(óptimas produções de cerejas, maçãs e peras) soutos, pinhais,
carvalhais, milho de regadio e hortas. A Cova da Beira insere para
além do Concelho do Fundão, os concelhos da Covilhã e de
Belmonte.
O Fundão na
História:
A cidade do Fundão obteve o estatuto municipal no ano de 1747,
tendo sofrido uma evolução que se acentuou a partir dos meados do
século XV, quando conheceu um assinalável incremento económico. A
actividade molineira ocupava, neste período, papel preponderante,
ao mesmo tempo que se assiste ao florescimento de uma indústria
lanífera de importância considerável.
Os códices do século XVI revelam a existência na povoação de
artífices ligados a vários ramos da produção manufactureira como
tecelões, pisoeiros, tratantes, borracheiros e fundidores. Talvez
não seja alheia a esta conjuntura a imigração de alguns judeus
espanhóis que, após o conhecido édito dos Reis Católicos (1492), se
acolheram a este povoado.
A participação dos fundanenses nos Descobrimentos Marítimos foi
também uma realidade, destacando-se entre eles Ruy Lopes, que
seria, nomeado feitor de Achem. Mas as raízes da urbe devem
perscrutar-se bastante mais atrás. Há indícios (hoje em dia com
maior sustentabilidade histórica) que vão no sentido de sugerir que
as suas cercanias foram habitadas pelo menos a contar do Neolítico,
com forte incidência depois, na Idade do Ferro. Em todo o
território municipal, há consideráveis sinais do período da
Romanização (pontes, calçadas, inumeráveis, inscrições latinas e
outros achados arqueológicos) e nas próprias portas da cidade, foi
recentemente descoberta uma villa rústica romana, todavia por
escavar.
Por outro lado, são escassos os elementos históricos para se
avaliarem os tempos da Alta Idade Média da área a que corresponde o
Fundão, exceptuando-se dessa míngua um número razoável de
sepulturas antropomórficos escavadas na rocha.
Só em finais do século XII parece ser crível um povoamento
relativamente incisivo. No século seguinte, fontes documentais
apontam-nos com segurança a existência do Fundão, tendo por
possessor um cavaleiro de nome Martim, O Calvo, que fazia foro ao
rei e ao concelho (da Covilhã).
No ano de 1314, as Inquirições Dionisinas assinalam o topónimo
«Fõdom» e a «Aldeia da Levada» (imediações da actual Capela de N.
Senhora da Luz, onde existiria, ao tempo, além de um primitivo
templo que antecedeu a Capela da Senhora da Luz, a ermida de São
Gregório, hoje desaparecida). Esse documento, aponta para a
existência de 32 casais: 17 deles estavam adstritos à Igreja de S.
Martinho.
Em 1320, o Fundão e a sua Igreja de S. Martinho, assumiam já alguma
relevância, dadas as rendas recolhidas nesses tempos pela paróquia.
Em menos de um século, já no reinado de D. João I, o Fundão voltava
a aparecer inscrito num documento régio atinente a demarcar e
aforar as terras pertencentes à Coroa – Inquirição de D. João I,
1395.
Todavia, é no século XV, que o povoado conhece uma afirmação mais
decidida e, no século seguinte, persegue um engrandecimento a todos
os títulos assinalável: a par da proliferação das indústrias
manufactureiras, edificam-se cinco das singulares capelas
quinhentistas e o Convento Capucho de Nª. Senhora do Seixo (1526),
ao mesmo tempo que é fundada a Santa Casa da Misericórdia.
Com o domínio Filipino (1580-1640) foram muitos os fundanenses que
rumaram a Salamanca para estudar na sua prestigiada universidade
que, desse modo, prestou um inestimável serviço ao pequeno
burgo.
O século XVIII marca sem quaisquer dúvidas, um período áureo:
erecção do município, indústria de lanifícios, a fundação da
Fábrica-Escola a mando do Marquês de Pombal, a criação no Convento
do Seixo da primeira escola pública por carta régia de D. Maria I e
edificação de vários palacetes e casas solarengas.
Com o advento do século XIX e mercê dos saques perpetrados pelos
franceses invasores, juntando-se-lhes as inúmeras lutas intestinas
que assolaram o país, o Fundão sofreu um notório interregno do qual
só começou a dar mostras de recuperação no último quartel desse
século.
Já no século XX, mais precisamente a 19 de Abril de 1988, seria
elevado à categoria de Cidade.
Nas imediações do local da cache poderá ver as ruínas do antigo
Convento de Nª. Senhora do Seixo ou Senhora do Miradouro, como
surge em algumas fontes.
Os monges começaram por dar assistência às populações,
fundando hospícios nas regiões mais pobres e carenciadas, como o
Fundão, onde inclusivé a capela e o antigo hospital eram dirigidos
por membros deste Convento.
Com a extinção das ordens religiosas em Portugal, em 1834, o
Convento foi vendido em hasta pública, passando por várias
entidades proprietárias, chegando nos anos 20 a ser ali instalado
um posto agrícola, dado aquela zona ser uma região muito fértil e
arborizada por pomares e soutos.
Após o 25 de Abril os então proprietários, oriundos da família
Rebordão, naturais do Fundão mas residentes no Cartaxo, para evitar
uma ocupação indevida decidem vender a propriedade com o intuito de
preservar o importante monumento.
Na mesma época é constituída uma sociedade, a Fundatur SA., com o
objectivo de promover o campismo, que ali constrói um parque, ainda
hoje em funcionamento.
Esta sociedade fica ainda proprietária da quinta e da mata
envolventes, assim como do convento, já em ruínas, e da Capela da
Senhora do Seixo ou Senhora do Miradouro.
Em 1985, a Fundatur, proprietária do imóvel, pretendeu cedê-lo à
Câmara Municipal do Fundão para ser recuperado para fins culturais.
Neste sentido, elaboraram um protocolo que nunca chegou a bom
termo, dado o convento não ter sido classificado de interesse
concelhio pelo Instituto Português do Património.
Entretanto, em 1988, aparece um casal inglês que se propõe a
instalar no convento uma instância turística, recuperando o imóvel.
Para isso, elaboraram um projecto mediante o sistema de
investimento e financiamento ao turismo, que acabou por não se
realizar devido à falta de apoio por parte das entidades a que
recorreram.
Referências:
http://www.cm-fundao.pt
http://www.urbi.ubi.pt/000530/edicao/reg_convento.html
http://www.fundaoturismo.pt/
A cache:
Esta cache irá levá-lo à Santa – como é vulgarmente conhecida pelos
Fundanenses e populações vizinhas – um miradouro, onde poderá
avistar uma paisagem única, sobre a cidade do Fundão e não só
...
Recomendamos que a cache seja visitada durante todo o ano, mas
elegemos os meses de Dezembro, Janeiro, Maio e Junho para que os
visitantes possam disfrutar de toda a paisagem que a cache
proporciona! Por esta altura poderá ver as cerejas em flor ou já a
dar frutos e uma fantástica paisagem coberta de neve.
Por se tratar de um miradouro, aconselhamos que redobre a sua
atenção, se se fizer acompanhar com crianças, e alertamos para a
ruína de parte de um muro que se encontrava nas imediações.
Importante: Não destruir o património! Deixe tudo como encontrou. É
fácil encontrar esta cache e por isso mesmo pedimos o máximo de
cuidado, quando abandonarem o local, para que fique bem
escondida.
The cache:
Soon
....
Conteudo inicial:
- Logbook e stashnote
- Lápis e afia
- Diversos presentes para troca (borracha, placa fotoluminescente,
fita, porta chaves)
- Geocoin