Atse ehcac iav sov-ravel a rev amu avitcepsrep etnerefid atsed
edadic. An- meicerpa meb.
Sioped ad atrebocsed, maçsed à edadic e magis sa sadanedrooc, éta
merartnocne mu sod soitís rop edno a arutluc assap atsen
edadic.
Éta à meb ocuop opmet etse oicifide evetse odahcef arap
oãçarepucer, odnavirp a oãçalupop ed amu selpmis adi oa amenic.
Ejoh moc amu acimânid adauqeda oa oremún ad oâçalupop atsed edadic
met odit mu lepap etnatropmi an arutluc.
Moc amu oãçamargorp levísnerperri, otnat on euq atiepser oa amenic
omoc oa ortaet odnassap olep tellab e sartuo setra. Amu oãçamargorp
arap siam sovon e siam sodicserc, oãn odnevah saplucsed arap euq
méugnin euqif etnerefidni.
Iuqa medop rev a oãçamargorp.
A origem do cinema em Alcobaça
Tudo começou com um pequeno barracão de madeira no Rossio que
funcionou como animatógrafo. Naquele tempo muitas vilas e aldeias e
até mesmo cidades, tinham aquilo a que se chama de cinema ambulante
e Alcobaça não foi excepção.
No
entanto, no dia 27 de Outubro de 1912, na Rua Frei Fortunato, é
inaugurado o Salão Cine-Moderno dos empresários
Luís de Oliveira e D. Emílio Homet.
Nesse dia e para comemorar o acto inaugural, o Salão dedicou uma
matinée às crianças do Asilo de Infância Desvalida, com a exibição
das fitas “Tristão e Isolda” e “As duas
órfãs”. À noite foi exibido o mesmo programa, mas a afluência
de público foi tal que tiveram de se realizar três sessões e ainda
assim muitas pessoas ficaram sem bilhete.
A Filarmónica da Maiorga actuou nos intervalos das sessões e os
preços dos bilhetes eram de 100, 80 e 50 réis.
O Salão Cine-Moderno foi um marco importante na história do cinema
em Alcobaça, pois durante o seu tempo foram exibidas fitas de
grande qualidade do cinema mudo, tais como “A Ponte dos
Suspiros”, “O Amor de Perdição”, “A Grande
Parada”, “O Fantasma da Ópera”, “O Sinal do
Zorro” entre tantas outras. Muitas destas exibições eram
acompanhadas com a performance de grandes orquestras.
Com o decorrer dos anos, este importante cinematógrafo passou por
várias gerências e remodelações, inclusive com a chegada do cinema
sonoro, várias adaptações tiveram de ser feitas ao nível técnico,
tendo sido exibidos os melhores filmes sonorizados ao público
alcobacense da época.
Ao fim de 32 anos cessa de existir o famoso cinema da Rua de Baixo
– como era carinhosamente apelidado - e surge o novo
Cine-Teatro de Alcobaça, na Rua Afonso de Albuquerque, com novas
comodidades e adaptado aos novos tempos que surgiam.
Estávamos então nos anos quarenta e este novo edifício é
propriedade da empresa Almeida, Monteiro e Leitão. No entanto, é ao
espírito empreendedor de João D’Oliva Monteiro que devemos a
idealização desta nova sala de espectáculos da autoria do ilustre
Arquitecto suíço que se estabeleceu em Leiria em 1890, Ernesto
Korrodi e de seu filho Camilo Korrodi.
O Arquitecto Ernesto
Korrodi muito fez pelo património edificado do nosso país. Para
além dos seu vasto trabalho na recuperação do património histórico
- como é o caso da recuperação do Castelo de Leiria - foi um
dos expoentes da Arte Nova em Portugal, tendo recebido vários
galardões entre os quais o Prémio Valmor.
Morre a 3 de Fevereiro de 1944, tendo o seu espólio documental sido
dividido em dois. A parte técnica permaneceu no gabinete do filho,
Camilo Korrodi e de outro arquitecto, Celio Cantante, enquanto que
a parte escrita, correspondência e apontamentos diversos estão na
posse de outros familiares herdeiros. O Arquivo Distrital de Leiria
pretende recuperar e juntar todo o espólio deste ilustre
arquitecto.
O edifício do Cine-Teatro de Alcobaça é um feito importantíssimo
não só na carreira dos Arquitectos Korrodi, como também na história
da arquitectura portuguesa dos anos 40.
O estilo arquitectónico do edifício é só por si bastante
interessante uma vez que conjuga harmoniosamente vários estilos e
períodos. O Arquitecto Ernesto Korrodi (pai) era claramente um
defensor da Arte Nova tal como referido anteriormente, enquanto que
seu filho Camilo seguia as novas correntes arquitectónicas em voga,
inserindo no edifício, alguns elementos dos finais do período da
Arte Déco com transição para o Modernismo/Funcionalismo, o que
conduziu ao resultado a que muitos nos habituámos a ver ao longo
dos anos.
Não podemos deixar de salientar o grande interesse arquitectónico
do painel escultórico em alto-relevo na fachada principal que tanto
brilho confere àquele edifício.
No dia 18 de Dezembro de 1944 inaugura-se o
Cine-Teatro de Alcobaça, considerado por muitos um dos mais belos
do país, não ficando abaixo dos mais chiques da capital. A lotação
desta nova sala é de 732 lugares e as exibições cinematográficas
são às quintas-feiras e aos domingos.
A 12 de Novembro de 2004 abriu as portas de cara lavada ,
moderno e para agrado de todos os habitantes de Alcobaça.
Informação retirada daqui.