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Real Fábrica do Gelo [Montejunto] Traditional Geocache

This cache has been archived.

btreviewer: Esta geocache foi arquivada por falta de uma resposta atempada e/ou adequada perante uma situação de falta de manutenção.
Relembro a secção das Linhas de Orientação que regulam a manutenção das geocaches:

O dono da geocache é responsável por visitas à localização física.

Você é responsável por visitas ocasionais à sua geocache para assegurar que está tudo em ordem para funcionar, especialmente quando alguém reporta um problema com a geocache (desaparecimento, estrago, humidade/infiltrações, etc.), ou faz um registo "Precisa de Manutenção". Desactive temporariamente a sua geocache para que os outros saibam que não devem procurar a geocache até que tenha resolvido o problema. É-lhe concedido um período razoável de tempo - geralmente até 4 semanas - dentro do qual deverá verificar o estado da sua geocache. Se a geocache não estiver a receber a manutenção necessária ou estiver temporariamente desactivada por um longo período de tempo, poderemos arquivar a página da geocache.

Se no local existe algum recipiente por favor recolha-o a fim de evitar que se torne lixo (geolitter).

Uma vez que se trata de um caso de falta de manutenção a sua geocache não poderá ser desarquivada. Caso submeta uma nova será tido em conta este arquivamento por falta de manutenção.

btreviewer
Geocaching.com Volunteer Cache Reviewer
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Hidden : 2/3/2007
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   regular (regular)

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Geocache Description:


Português

Montejunto
A Serra de Montejunto, situada a 60km a norte de Lisboa, ergue-se entre o Cadaval, Alcoentre, Alenquer e a Vila Verde dos Francos, numa extensão de 15 quilómetros de comprimento, por 7 de largura, estando o seu ponto mais elevado a uma altitude de 666 metros.

Real Fábrica do Gelo
O hábito de saborear gelados e matar a sede com bebidas frescas nos dias quentes de Verão terá vindo de Espanha e introduzido em Portugal pela corte de Filipe II. Não existindo ainda as modernas tecnologias de refrigeração, o recurso à neve e ao gelo constituía a única alternativa possível. Por isso, a procura deste escasso e valioso bem foi crescente, bem como a sua comercialização. Localizada a cerca de 40 Km de Lisboa e próximo do rio Tejo, então via privilegiada de acesso à capital, a Serra de Montejunto apresentava grandes vantagens sobre o principal (e único) centro abastecedor de neve, a Serra do Coentral, situada na extremidade sul da Serra da Estrela. Este complexo industrial foi considerado por diversos especialistas internacionais "como um caso único pela originalidade das suas estruturas e pelo razoável estado de conservação".

Tanques de congelamento Tanques de congelamento

Descrição do complexo fabril
O complexo fabril divide se em duas áreas distintas. Uma destinava se à produção do gelo (caramelo) e a outra, distando desta para Sul cerca de 100 metros, à sua preparação, armazenamento e conservação.
A primeira área destinada à produção é actualmente constituída por dois poços (com cobertura recente) para captação da água, uma casa onde eram accionadas as noras e que servia de armazém, um tanque principal para recepção da água e 44 tanques rasos onde era realizada a congelação da água.
Os tanques rasos foram construídos num desnível suave em três patamares, comunicando entre si por pequenas aberturas de secção rectangular situadas a 10 cm do fundo, de modo a permitir a acumulação da água até esta altura, estando separados entre si por passagens lajeadas, a fim de permitir o acesso fácil a todos eles. O seu enchimento revela uma capacidade inventiva extraordinária. Em primeiro lugar procedia se ao enchimento do tanque principal até ao nível marcado com argamassa cor de rosa (medida que pode ser observada neste tanque e que correspondia à capacidade de água necessária para o enchimento dos tanques rasos), seguindo se então o escoamento da água para estes mesmos tanques rasos.
Planta Geral
A segunda área era destinada à preparação, armazenamento, conservação, preparação e embalamento do gelo, sendo constituída por um edifício apresentando fachada de decoração sóbria (ao gosto do Séc. XVIII), dois silos para armazenamento e conservação do gelo e um outro para despacho do gelo já embalado. O edifício dos silos possui duas portas de acesso. Sobre a porta principal existia uma placa em pedra gravada que registava a compra e a reedificação da fábrica pelo neveiro da casa real, Julião Pereira de Castro, no último de Janeiro do ano de 1782 (ver na planta). Na parte superior da fachada, num pequeno nicho, existiu uma imagem, provavelmente de Santo António das Neves.
O pavimento do piso térreo é constituído por Lajes calcárias; apresenta inclinação para o centro de modo a permitir o escoamento da água proveniente do derretimento do gelo aquando da sua preparação em blocos. Em intervalos regulares possui pequenas covas de formato rectangular, o que sugere o encaixe dos pés de uma bancada onde os fragmentos de gelo eram compactados para formar blocos que posteriormente seriam armazenados e conservados nos silos. O edifício tinha ainda um piso superior, comprovado pelo facto de existirem encaixes de vigas, cachorros e um arco em tijoleira, actualmente destruído.
Os dois silos para armazenamento do gelo são muito diferentes entre si. O primeiro apresenta formato cilíndrico, com 9,40 metros de profundidade por 7,20 metros de diâmetro. O acesso ao interior fazia se por duas portas, sendo a do lado Este dupla. O fundo é lajeado e tem, em intervalos regulares de cerca de um metro, pedras calcárias com formato paralelipipédico com cerca de 30 cm de altura que serviriam para assentamento de um estrado de madeira sobre o qual era colocado o gelo, evitando assim o contacto com a água que derretia e escorria para o fundo do poço. Através de uma abertura triangular esta era escoada para o exterior. Esta pequena passagem encontra se obstruída a cerca de um metro por grande quantidade de pequenas pedras que permitiam a infiltração da água mas impediam a circulação do ar no silo. Este silo possui ainda ao nível do arranque da abóbada uma "janela" que servia para escoamento do ar quente que se acumulava no seu interior durante os trabalhos.

O segundo silo, de formato rectangular, tem 4 metros de profundidade por 4 de largura e 6 de comprimento. O fundo é lajeado, como o primeiro, possuindo também as pedras de assentamento do estrado e abertura para escoamento da água. Uma frase curiosa que ouvimos a um habitante de Pragança diz que "quando o poço grande estava cheio de gelo, o pequeno estava cheio de moedas de ouro". Esta frase elucida bem da importância económica do comércio do gelo nesta época.

Silo de ArmazenamentoO terceiro silo tem um formato também rectangular e apresenta dimensões semelhantes ao anterior. Está construído exteriormente ao edifício; possui uma das portas a comunicar directamente com o exterior; não possuí fundo lajeado ou blocos de pedra para assentamento do estrado nem abertura para o escoamento da água. A sua função consistia no armazenamento dos blocos de gelo já processados e prontos a carregar no dorso dos animais de transporte. Este silo apresenta na abóbada, escrito na argamassa de revestimento das tijoleiras, a data de 1856 (construção ou reparação?). Todos estes silos possuem abóbadas em tijoleira e, sobre as portas, ganchos de ferro para suspensão de roldanas. Os silos de formato rectangular encontram se adossados ao silo principal, sendo portanto de construção posterior.
Se do fabrico da gelo a tradição oral algumas coisas deixou para nos dar pistas, já do trabalho no interior das silos apenas se conhece a frase de que "andavam todo o ano três homens dentro do povo a calcar o gelo".

O forno de cal situado a Oeste deste complexo, terá sido construído para fornecer a cal com que eram feitas as argamassas que permitiram a construção do complexo, bem como para a caiação do interior dos silos, como medida de higiene.

O fabrico, armazenamento e transporte do geloPercurso do Gelo
Praticamente tudo o que se sabe sobre esta interessante actividade, que deverá ter cessado em finais do Séc. XIX, (o frigorifico foi inventado por Gorrie em 1850, mas só no final do século viria a ser comercializado por toda a Europa), se deve à tradição oral. São ainda vivos descendentes de pessoas que trabalharam no fabrico da "neve'". Era assim que quando chegava o mês de Setembro se enchiam os tanques rasos de água e durante a noite se esperava que o frio a congelasse. Quando o gelo se formava, o guarda da fábrica ia a cavalo até à aldeia de Pragança e, com uma corneta, acordava as pessoas para que, antes do nascer do sol, num trabalho árduo e duro, partirem as placas de gelo, amontoando os fragmentos e depois os carregarem para os silos de armazenamento, onde era conservado até à chegada do Verão. Na época do calor, era toda a saga do transporte até à capital do reino. Primeiro era o dorso dos animais que transportavam a preciosa carga, para vencer o acentuado desnível da serra, depois as carroças faziam chegar o mais rápido possível o gelo aos "barcos da neve", ancorados na Vala do Carregado que por su
a vez o levavam para Lisboa.
Existe um curioso documento divulgado pelo professor Mendes Correia sobre “Regalias e Privilégios e Isenções”, concedido ao Neveiro Real, Julião Pereira (calculamos tratar se Julião Pereira Pereira de Castro, cujo nome constava na inscrição sobre a porta do edifício dos si1os ), datado de 1759, no qual se decreta que o dito neveiro "poderia tomar as carruagens, bestas e barcos e tudo o mais que fosse necessário para a condução da dita neve", e mais adiante "dando lhe todo o favor e ajuda que ele pedir no transporte da neve". É bem patente que todas as facilidades eram necessárias para que houvesse o mínimo de perdas.
É curioso observar que o cargo do Neveiro Real era sempre ocupado por militares, talvez por lhes ser mais fácil a organização e a obtenção dos meios para prover o transporte do gelo. Do consumo do gelo diz se que terá sido a corte de Filipe II que nos finais do Séc. XVI terão divulgado e instituído a moda do gelo em Portugal. Aquando da sua visita a Portugal, no ano de 1619, todos os meios foram mobilizados para que não faltasse a neve na mesa Real. No entanto nessa época o gelo vinha da Serra da Estrela.

A Fábrica do Gelo de Montejunto apenas terá sido contruida por volta de 1741, e terá custado 40 ou 45 mil cruzados, despesa exorbitante para a época. Ela destinava-se sobretudo a colmatar as falhas constantemente observadas nos fornecimentos vindos da Serra da Estrela e da Lousã.


FornoEdifício de processamento do GeloForno

Visita
O local está aberto (ou às vezes não!) para visitas:
Das 10h00 ao 11h00 e das 14h00 às 15h30
Encerrado à 2ªFeira e nos Feriados (1 Jan, 13 Jan, Domingo de Páscoa, 1 Mai e 25 Dez)
A visita requer o pagamento de 1€ por pessoa.

Cache
A cache encontra-se dentro do recinto da fábrica!
Devido ao local ter vegetação densa as coordenadas poderão não ser as mais exactas, mas foram as possíveis. Em caso de dúvida consultem a SPOILER.
Não vale a pena tentar helpdesk! Não existe rede no local! lol

Inglês

Montejunto
The Serra de Montejunto (English: Mountain range of Montejunto), located 60km north from Lisbon, rises between Cadaval, Alcoentre, Alenquer and Vila Verde dos Francos, in an extension of 15 kilometers of length, for 7 of width, being its highest point at 666 meters of altitude.

Royal Factory of ICE
Soon...

Visit
Open (sometimes!):
From 10h00 to 11h00 and from 14h00 to 15h30
Closed at Monday and Holidays (1 Jan, 13 Jan, Easter, 1 Mai e 25 Dez).
Entrance fee: 1€

Cache
Easy one and inside the factory area!
In case of doubt see the SPOILER.



NOTA/NOTE:
[PT] É favor fazer o log só em Português ou Inglês. Obrigado.
[EN] Please do you log only in Portuguese or English. Thanks.

Additional Hints (Decrypt)

[PT] Ngeáf qb zheb, pboregn pbz crqenf! [EN] Oruvaq gur jnyy, pbire jvgu fgbarf!

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)