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A Brief History of Cartography Traditional Geocache

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Luis Garrido
geocaching.com volunteer reviewer

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Hidden : 10/8/2006
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
2.5 out of 5

Size: Size:   regular (regular)

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Geocache Description:


A BRIEF HISTORY OF CARTOGRAPHY
Esboço representativo do mapa encontrado em Ga Sur

INTRODUÇÃO
Desde os tempos mais remotos que o homem, vivendo em grupos que se deslocavam continuamente , à procura de meios de subsistência ou em actividades guerreiras, sentiu necessidade de conservar informações sobre os caminhos percorridos e as suas direcções e de as transmitir a outros. Desta necessidade surgiram os primeiros esboços representando a superfície da Terra, isto é, os primeiros mapas.
Ainda hoje, qualquer pessoa que não saiba ler, mas a quem se pergunta qual o melhor caminho para ir a um lugar, é capaz de fazer um esboço, mostrando o caminho a seguir, os factos importantes que existam ao longo do percurso e os principais obstáculos, pelo que se pode considerar que fazer mapas é uma aptidão inata da humanidade.
O PRIMEIRO MAPA
O mapa mais antigo de que se tem conhecimento foi encontrado nas escavações da cidade de Ga Sur, 300 Km a norte da Babilónia, e data de 2500 a.C..
É uma pequena placa de argila, representando o vale de um rio, provavelmente o Eufrates, com uma montanha de cada lado e desaguando por um delta de três braços. Além desta, foram encontradas outras placas, representando povoações ou mesmo toda a Babilónia, o que mostra a importância que a cartografia tinha na antiguidade.
Segundo a concepção que então existia, a Terra era plana, com a forma de um disco e constituída por uma massa continental que flutuava na água, com a abóbada celeste por cima.
A expansão política, comercial e marítima dos povos do mediterrâneo levou à elaboração de mapas marítimos e, sobretudo, à descrição de lugares e de povos. Estas descrições, denominadas "périplos" (navegar em redor), são sobretudo conhecidas pelas referências feitas pelos escritores da antiguidade, tendo chegado até aos nossos dias muito poucas.
OS GREGOS

O pensamento geográfico sistematizado surgiu com os Gregos e a palavra geografia foi naturalmente criada por eles e significa exactamente «escrever sobre a Terra».
O primeiro mapa Grego de que se tem notícia foi elaborado por Anaximandro de Mileto (650-615 a.C.), discípulo de Tales de Mileto, que era filósofo, engenheiro e geógrafo.
O segundo mapa da antiguidade foi elaborado por Hecateu de Mileto (560-480 a.C.), que viajou por parte do mundo conhecido e escreveu uma "Descrição da Terra", a qual era ilustrada por um mapa em que a Terra estava representada por um disco com água à volta.
O mundo conhecido então pelos Gregos era constituído por uma faixa que se estendia do Atlântico ao rio Indo. As regiões a norte e a sul eram pouco conhecidas. Considerava-se que a ecúmena (mundo habitado) tinha uma forma oblonga, cujo eixo este-oeste possuía o dobro do comprimento do eixo norte-sul. Os nossos termos actuais «longitude» e «latitude» derivam deste conceito.
A esfericidade da Terra foi apenas concebida depois do século V a.C. e surgiu como resultado da reflexão filosófica sobre a forma ideal dos corpos, e não da observação: a esfera é a mais perfeita de todas as formas, portanto, a Terra, obra-mestra dos deuses, deve ser uma esfera. A ideia (de Parménides, 510-450 a.C.) foi apoiada por Platão, que lhe deu a credibilidade necessária. As provas da esfericidade surgiriam depois com Aristóteles.
No século IV, Dicearco construiu um mapa utilizando dois eixos perpendiculares: um alongado no sentido este-oeste, o «diafragma», passando pelas Colunas de Hércules e por Rodes, e o outro, a «perpendicular», passando por Rodes. Mais tarde, Eratóstenes (276-196 a.C), que passou a ter a seu cargo a direcção da Biblioteca de Alexandria e é o primeiro filósofo Grego a autodenominar-se "geógrafo", aperfeiçoou o mapa de Dicearco, introduzindo-lhe vários meridianos e paralelos, formando uma rede rectangular, que constitui a rede de meridianos e paralelos ainda hoje por nós utilizada para localizar qualquer lugar.
A partir daqui, a resposta à pergunta "Onde?", uma das questões fundamentais da geografia, passa a poder ser dada com rigor, pois, a partir desta altura, é possível localizar com precisão num mapa, qualquer ponto da superfície terrestre.
Mais tarde, Hiparco de Niceia (190-125 a.C), astrónomo de Rodes, aperfeiçoou o quadriculado utilizado por Eratóstenes. Segundo ele, a posição rigorosa de um ponto só pode ser determinada astronomicamente e a representação cartográfica deve ser feita tendo como base a projecção da superfície esférica da Terra num plano.
Hiparco utilizou a divisão da circunferência em 360º e construiu também uma rede de paralelos e meridianos, mas projectados e igualmente distanciados.
No século II d.C. surgiu o ultimo geógrafo da antiguidade - Ptolomeu de Alexandria (90-168 d.C). Ptolomeu retomou as concepções de Hiparco, tendo criado um processo de projecção cónica da superfície da Terra num plano. Elaborou um mapa muito mais aperfeiçoado que o de Eratóstenes, tendo representado uma área maior.
A sua obra "Geographia" continha um mapa do mundo e vinte e seis mapas de pormenor, constituindo o primeiro Atlas Mundial.
IDADE MÉDIA  E OS ÁRABES
Posteriormente à queda do Império Romano, e com a difusão do cristianismo iniciou-se um período de regressão no conhecimento científico, e portanto, no conhecimento geográfico. As causas para esta regressão podem encontrar-se no contexto social, económico e religioso que se viveu durante este período.
A adopção dos conhecimentos bíblicos tornou-se evidente na cartografia. Utilizam-se mapas circulares romanos, nos quais se introduziam caracteres teológicos, e não geográficos. Assim Jerusalém, a Cidade Santa, ocupava o centro do mapa e o Mediterrâneo tinha uma posição meridiana. Foi esquecido que a Terra era esférica e reapareceu o conceito de Terra plana: um disco circundado de água.
Mas, enquanto a ciência decaía no mundo ocidental, no mundo árabe, com o estabelecimento do Império Muçulmano, depois do ano 800 d.C., passou a verificar-se um desenvolvimento científico. Devido a problemas de ordem militar e administrativa, surgiu a necessidade de conhecer o mundo. A geografia e a cartografia sofrem um novo impulso.
Apesar disso, o conhecimento e as descrições geográficas produzidas são muito imprecisas e as localizações pouco rigorosas. Os Árabes não se serviam da latitude e da longitude para localizar os lugares à superfície da terra e elaborar mapas. Estas eram usadas pelos astrónomos nas suas observações, mas quem elaborava a cartografia eram os geógrafos. Surge assim no mundo árabe, e pela primeira vez na história, uma separação clara entre geógrafos e astrónomos.
Nos finais da Idade Média, as cruzadas, as peregrinações e o renascimento do comércio entre a Europa e o Ocidente levaram a um ressurgir da curiosidade pelo mundo desconhecido e, portanto, a uma nova etapa no desenvolvimento da geografia.
Com o desenvolvimento da navegação houve necessidade de voltar a uma cartografia realista e útil tais como os portulanos, onde eram assinalados com notável exactidão os acidentes costeiros, o que levou ao abandono da cartografia religiosa.
Os Árabes trouxeram para o Ocidente a bússola, que era utilizada pelos chineses na navegação. No sec. XIV, a sua utilização veio revolucionar o processo de construção dos mapas para a navegação.
Através da utilização da agulha da bússola, que indica o norte magnético, foi possível desenhar os vários rumos dos ventos, constituindo uma rede de rumos, seguidos quando se navega a partir de um ponto conhecido: a rosa-dos-ventos central é ligada, em todas as direcções, a outras rosas-dos-ventos-, dispostas à sua volta segundo um polígono de oito, dezasseis ou trinta e dois lados.


Esboço representativo do mapa elaborado por Hecateu de Mileto


Um dos mapas desenhados por Eratóstenes



Mapa elaborado por Ptolomeu

Mapa elaborado por Ptolomeu

 

A CACHE


A cache está localizada no Centro Ecoturístico e Ambiental da Ribeira de Avis, no concelho de Fronteira, que localmente é conhecida como Ribeira Grande e que outros autores mais antigos denominaram Rio Zetas.
A ribeira nasce em Monforte, onde é conhecida como Ribeiro do Freixo. Ao juntar-se à Ribeira do Assumar, toma o nome de Ribeira de Grande ou de Avis, e após passar Fronteira, segue em direcção a Figueira e Barros, Ervedal, Avis, Cabeção e Mora. Entre estas duas últimas localidades, conflui com o Rio Sôr e passa a chamar-se Rio Sorraia, o qual desagua no Tejo, já perto de Benavente.


Os moinhos e azenhas que (ainda!) existem na margem esquerda da ribeira no concelho de Fronteira desempenharam uma grande importância na economia local, uma vez que eram de vital importância para o abastecimento regular de farinha e, consequentemente, de pão à população.
Repetidamente arruinados pelas cheias da Ribeira e reconstruídos, mantiveram-se activos até à introdução de novas formas de energia e produção, no início do século XX. Recentemente, foram recuperados pela autarquia local, de forma a serem integrados no Centro Ecoturístico e Ambiental, apesar de até à data ainda não lhes ter sido atribuída uma função específica e estarem fechados ao público.
O local destaca-se pela sua grande diversidade biológica. É quase impossível trilhar o PR delineado (PR2 - Percurso Pedestre da Ribeira Grande) sem ver muitos dos animais que figuram nas placas de identificação existentes ao longo do trilho - répteis, mamíferos, peixes e, principalmente aves.



O percurso até à cache, inicia-se na Praia Fluvial da Ribeira Grande e é apenas uma pequena parte do PR2 existente, pelo que se for com tempo, poderá continuar o trilho (9km no total) depois de encontrar a cache.
O trilho, praticamente sem desníveis e sempre ao lado do curso de água, pode ser efectuado a pé ou de bicicleta. Se optar pelas duas rodas, terá apenas de subir meia dúzia de escadas logo no início e de ultrapassar duas secções muito curtas de dificuldade baixa com a bike às costas.



O grau de dificuldade atribuído à cache prende-se com a distância (+- 2,5km) e não com as condições do terreno, mas mesmo assim, é um trilho perfeitamente adequado a qualquer idade e que não exige grande esforço.
O estacionamento (N 39º 04 198'   W 007º 39 029') deverá ser feito na Praia Fluvial da Ribeira Grande, onde se inicia o trilho e onde existem algumas infra-estruturas de apoio (restaurante, bar e WC), e onde se pode observar o novo Observatório Astronómico na margem oposta (é mesmo verdade! há um observatório astronómico novinho em folha perdido no meio do Alentejo!!!).



Para chegar a esta cache precisa apenas de três coisas:
- apesar de haver uma fonte com água potável muito próxima da cache, esta nem sempre tem água, por isso é aconselhável que vá prevenido, principalmente se for Verão e se levar crianças;
- pelo caminho irá encontrar várias cancelas. A função delas não é impedir a sua passagem, mas sim a do gado, pelo que terá de as abrir para passar SEM ESQUECER DE AS FECHAR depois de passar ;
- leve máquina fotográfica! Se caminhar em silêncio e com atenção vai poder fotografar bicharocos que geralmente só encontra no Jardim Zoológico.

Sendo uma cache temática, os itens disponíveis para troca são APENAS MAPAS. O conteúdo inicial da cache é composto por:
1 mapa do Porto 1/20000m com mapa detalhado da zona histórica
1 mapa de Coimbra 1/50m de 1992
2 mapas de Coimbra 1/100m de 1999
1 mapa de Coimbra 1/100 de 2004
1 mapa da Madeira 1/50000m com mapa do Funchal 1/50m
2 mapas de Porto Santo 1/25000m com mapa da Vila de Porto Santo 1/50m
2 mapas da Figueira da Foz 1/100m de 1998
1 mapa de Torres Novas 1/100m
1 mapa da província de Lázio 1/350000m com mapa da cidade de Roma 1/100m
1 mapa do Concelho de Condeixa-a-Nova com mapa da Vila
1mapa do Parque Nacional de Cévennes 1/200000.

Para os 5 primeiros visitantes há ainda cd’s do “Arquivo Virtual de Cartografia Urbana Portuguesa”, com dezenas de mapas em alta resolução da história da cartografia portuguesa.

Boa caçada!

   
   

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