Centro
Histórico de
Guimarães - Património Mundial da UNESCO
Guimarães, cidade de origem medieval, tem as suas
raízes no remoto século X. Foi nesta altura que a Condessa Mumadona
Dias, viúva de Hermenegildo Mendes mandou construir um mosteiro,
que se tornou num pólo de atracção e deu origem à fixação de um
grupo populacional.
Paralelamente e para defesa do aglomerado, Mumadona
construiu um castelo a pouca distância, na colina, criando assim um
segundo ponto de fixação. A ligar os dois núcleos formou-se a Rua
de Santa Maria.
Posteriormente o Mosteiro transformou-se em
Colegiada e adquiriu grande importância devido aos privilégios e
doações que reis e nobres lhe foram concedendo. Tornou-se num
afamado Santuário de Peregrinação, e de todo o lado acorriam
crentes com preces e promessas.
A vila foi-se expandindo e organizando, sendo então
rodeada por uma muralha defensiva. Entretanto as ordens mendicantes
instalam-se em Guimarães e ajudam a moldar a fisionomia da
cidade.
Posteriormente, os dois pólos fundem-se num único e
após o século XV a cidade intramuros já pouco mudará.
Haverá ainda a construção de algumas igrejas,
conventos e palácios, a formação do Largo da Misericórdia (actual
Largo João Franco) em finais do século XVII e inícios do XVIII, mas
a sua estrutura não sofrerá grande transformação.
Será a partir de finais do século XIX, com as novas
ideias urbanísticas de higiene e simetria, que a vila, elevada a
cidade em 1853 pela Rainha D. Maria II, irá sofrer a sua maior
mudança.
Será autorizado e fomentado o derrube das muralhas,
serão construídos os Largos do Carmo (hoje Largo de Martins
Sarmento) e Condessa do Juncal, haverá a abertura de ruas e grandes
avenidas e posteriormente a parquização da Colina da Fundação e a
abertura da Alameda.
No entanto, quase tudo foi feito de um modo
controlado, permitindo assim a conservação do seu magnífico Centro
Histórico.
A 13 de Dezembro de 2001, o Comité do Património
Mundial, na sua 25ª sessão, inscreveu o Centro Histórico de
Guimarães na Lista do Património Mundial da UNESCO. Para tal foi
tido em linha de conta a ligação de Guimarães à fundação da
nacionalidade portuguesa, as técnicas de construção aí
desenvolvidas na Idade Média que foram transmitidas além
fronteiras, e também o facto de Guimarães ilustrar a evolução de
várias tipos de construção, nomeadamente dos séculos XV a XIX.
Estes são alguns dos pontos de interesse no
centro histórico:
Capelas dos Passos da Paixão de Cristo -
Pontos do mapa: 1, 1a, 1b e 1c |
Os Passos ou estações da via sacra são
demonstrações populares de religiosidade e devoção à Paixão de
Cristo, que estavam presentes não só nos templos, mas por vezes
espalhavam-se em pequenos oratórios pela própria cidade.
Em Guimarães, os Passos, eram sete de início e foram erguidos em
1727 pela Irmandade de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos.
Ao longo do tempo e de acordo com o crescimento da cidade, foram
sendo transferidos ou desmontados o que levou à grande dificuldade
para identificação, uma vez que as esculturas ou foram dispersas ou
reagrupadas arbitrariamente aquando das demolições ou
transferências. Hoje apenas temos cinco: Passo do Largo do Carmo,
Passo da Rua de Santa Maria, Passo do Largo João Franco, Passo da
Senhora da Guia e Passo do Campo da Feira. |
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Chafariz do Carmo - Ponto do mapa:
2 |
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Chafariz renascença, em três taças, foi construído
em 1583 pelo Mestre Gonçalo Lopes. Construído para o Campo do
Toural, onde foi colocado em 1585, sendo depois dali retirado em
1873.
Hoje está instalado no Largo Martins Sarmento, em frente à casa
onde morreu o grande arqueólogo. |
Convento de Santa Clara (Câmara Municipal de
Guimarães) - Ponto do mapa: 3 |
Foi um dos mais ricos conventos de Guimarães,
instituído no séc. XVI pelo Cónego Mestre Escola da Colegiada de
Nossa Senhora da Oliveira, Baltasar de Andrade. Edifício de fachada
barroca, tem ao centro a escultura de Santa Clara.
O claustro de dois pisos é de tipo clássico. A sua riquíssima
capela foi esvaziada no séc. XIX encontrando-se, hoje, parte das
talhas douradas no Museu Alberto Sampaio. Neste edifício está
instalada a Câmara Municipal de Guimarães e, na sua capela, o
Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, rico pela documentação que
inclui o espólio da Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira. |
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Rua de Santa Maria - Ponto do mapa:
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Foi uma da primeiras rua abertas em Guimarães, pois
destinava-se a ser um elo de ligação entre o convento fundado por
Mumadona, rodeado pela parte baixa da vila, e o Castelo situado na
parte alta da vila. É já referenciada por este nome em documentos
do séc. XII, embora ao seu troço superior fosse dado o antigo nome
de Rua da Infesta.
Ao longo do seu percurso encontramos vários testemunhos
arquitectónicos do seu passado: o Convento de Santa Clara, a Casa
do Arco, a Casa dos Peixotos e a Casa Gótica dos Valadares, e
tantos outros que lhe dão uma identidade própria e características
na cidade de Guimarães. |
Praça de S. Tiago - Ponto do mapa:
5 |
Segundo a tradição, uma imagem da Virgem Santa
Maria foi trazida para Guimarães pelo apóstolo S. Tiago, e colocada
num Templo pagão num largo que passou a chamar-se Praça de
Santiago. Praça bastante antiga, referida ao longo do tempo em
vários documentos, conserva ainda a traça medieval...
Foi nas suas imediações que se instalaram os francos que vieram
para Portugal em companhia do Conde D. Henrique.
Aí estava situada uma pequena capela alpendrada do séc. XVII
dedicada a Santiago que foi demolida em finais do séc.
XIX. |
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Antigos Paços do Concelho - Ponto do
mapa: 6 |
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Construção iniciada no tempo de D. João I, em fins
do séc. XIV. No inicio do séc. XVII foi profundamente remodelada
pelo arquitecto João Lopes de Amorim.
o seu interior existe um tecto de madeira pintado. Actualmente
encontra-se lá instalado o Museu de Arte Primitiva Moderna, onde
poderão ser vistas obras de renome internacional da denominada
"Pintura Naïf". |
Padrão do Salado - Ponto do mapa:
7 |
Alpendre gótico erguido no reinado de
D. Afonso o IV, para comemorar a Batalha do Salado, travada em
1340.
O cruzeiro executado em 1342, foi oferecido por Pero Esteves,
negociante vimaranense residente em Lisboa. |
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Igreja de N. Sra. da Oliveira - Ponto do
mapa: 8 |
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Foi mandada reedificar por D. João I, em finais do séc. XIV, em
consequência de um voto que este rei fez à Virgem da Oliveira, pela
vitória de Aljubarrota. Foi seu arquitecto Mestre João Garcia de
Toledo.
O templo tem uma torre anexa datada de 1513, em cujo rés-do-chão
se encontra a capela funerária dos pais do Prior D. Diogo Pinheiro,
reconstrutor da torre. A capela-mor foi ampliada em fins do séc.
XVII, sob o patrocínio de D. Pedro II, cujas armas se vêem na
abóbada. O retábulo-mor é da segunda metade do séc. XVIII, e o
cadeiral seiscentista tem espaldares neoclássicos.
Existem dois painéis sobre o cadeiral atribuídos ao pintor Pedro
Alexandrino, e na capela do Santíssimo Sacramento existe um altar
de prata e um frontal também em prata, obra de ourives
vimaranenses. Há uma capela na sacristia forrada com azulejo de
tipo padrão. |
Igreja da Misericórdia - Ponto do mapa:
9 |
Estilo renascença, construída nos finais do séc.
XVI, com a participação dos arquitectos vimaranenses Gonçalo Lopes
e João Lopes de Amorim. Possui um monumental retábulo-mor de fins
do séc. XVIII, de grande vigor escultórico, com pintura a fingir o
mármore. As caixas do órgão têm traço de Frei José António Vilaça,
sendo obra de entalhadores da região. |
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Largo do Toural - Ponto do mapa:
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Considerado hoje como o coração da cidade, era no século XVII
um largo extramuros junto à principal porta da vila, onde se
realizava a feira de gado bovino e outras de diversos
produtos.
Em 1791 a Câmara aforou o terreno junto à muralha para edificação
de prédios, que foram feitos mais tarde segundo planta vinda
possivelmente de Lisboa, e determina-se assim, o início da lenta
transformação do Toural. Na segunda metade do século é construído o
Jardim Público, rodeado por um gradeamento de ferro, que abre em
1878. Para este espaço é criado um mobiliário urbano enquadrado na
nova arquitectura do ferro: coreto, mictório, bancos e candeeiros.
Com a implantação da República o Jardim Público é transferido para
outro local, sendo então colocada no centro do Toural, agora
remodelado, a estátua de D. Afonso Henriques. Alguns anos depois
esta vai para o Parque do Castelo e é substituída por uma vistosa
Fonte Artística. |
Ponto do mapa: 11 |
Em Guimarães, encontra o visitante numa das torres
da antiga muralha da cidade, a inscrição "Aqui nasceu Portugal".
Esta inscrição refere-se aos acontecimentos aqui passados que
levaram à fundação da nacionalidade Portuguesa, que tiveram início
na batalha de S. Mamede, em 24 de Junho de 1128, e que culminaram
com o reconhecimento de D. Afonso Henriques como 1º Rei de
Portugal.
Se Portugal é em si um destino turístico, a cidade de Guimarães é
uma referência obrigatória para todo o visitante. A sua história, a
riqueza monumental, artística e museológica, conjugadas com a
variedade de cores que a natureza nos oferece, constituem uma
oportunidade única para uma viagem inesquecível. |
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Casa da Rua Nova - Ponto do mapa:
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Conhecida desde há muito como um edifício
característico da cidade de Guimarães, a pequena Casa da Rua Nova
encontrava-se em pleno estado de degradação. Por um e outro destes
factos decidiu a Câmara Municipal comprar o edifício e proceder à
sua recuperação procurando, ao mesmo tempo, que a intervenção
realizada tivesse carácter exemplar, constituindo assim um acto
pedagógico e um incentivo para a reabilitação do Centro Histórico
da cidade.
A casa, com três pisos e um pequeno jardim, situa-se numa rua
paralela à muralha e é de origem medieval, tendo sido quase
totalmente reconstruída no século XVII e parcialmente alterada no
interior no século XIX.
O critério utilizado na recuperação foi o de consolidar a
estrutura, mantendo a organização interna (inclusive as alterações
do século XIX), apenas com introdução dos inexistentes lavabos, uma
nova fachada posterior integrada no espírito do edifício existente
foi construída.
Para o efeito foi utilizada mão-de-obra local e materiais e
técnicas tradicionais, não só no sentido de obter uma unidade
construtiva como uma unidade formal e ambiental.
Uma vez recuperada, a Casa da Rua Nova alberga hoje o gabinete
Técnico Local da Cidade de Guimarães, permitindo assim aos técnicos
e ao público em geral a vivência de uma contribuição para a
cidade. |
Igreja de N. Sra. da Consolação e Santos Passos
- Ponto do mapa: 13 |
Obra do arquitecto André Soares iniciada no séc.
XVIII e rematada por duas torres acrescentadas em meados do séc.
XIX, por um arquitecto do Porto. São também dessa época a escadaria
e a balaustrada. O retábulo da capela-mor é de inspiração clássica
de finais do séc. XVIII, com pintura a imitar o mármore. |
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Teleférico da Penha - Ponto do mapa:
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Provavelmente o primeiro Teleférico a entrar em funcionamento
em todo o País, em 1994, e recebe visitas de todas as origens, seja
de Portugueses, como de Estrangeiros, durante todo o ano. Faz o
transporte entre a cidade de Guimarães e a Montanha da Penha, onde
se situa um extraordinário local de culto em todo o Norte do País
-Nossa Senhora do Carmo da Penha- dispondo esse espaço de
restaurantes, hotel, bares, mini-golfe, circuitos de ciclo-cross e
rotas pedonais que extasiam os milhares de visitantes anuais.
Preços:
Bilhete: 1,75€
Ida e Volta: 3,30€
Horário:
De Segunda a Sexta-Feira: das 10:00h às 19:00h
Sábados, Domingos e Feriados: das 10:00h às 20:00h |
Santuário da Penha - Ponto do mapa:
15 |
A cidade de Guimarães ergue-se num vale aos pés do Monte de
Santa Catarina - Monte da Penha. A partir do seu topo é possível
alcançar uma vista que se estende até ao Oceano.
A Montanha da Penha constitui um dos grandes pontos de atracção
turística de Guimarães, quer pelas suas características naturais,
quer pelos vários equipamentos aí existentes. Assim, quem se
deslocar à Montanha da Penha poderá desfrutar de uma paisagem
natural única e encontrar desde monumentos, grutas, miradouros, até
um parque de campismo, um campo de mini-golfe, um mini-trem
turístico, um Centro Equestre, áreas de passeio e pic-nic.
O Santuário da Penha é um centro de peregrinação muito importante,
ao qual ocorrem muitos fiéis, principalmente na época de
Verão.
Os visitantes e turistas que pretendam deslocar-se à Montanha da
Penha poderão fazê-lo através do teleférico, apreciando assim a
magnífica paisagem que separa o vale e a montanha de
Guimarães. |
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Se pretender continuar a conhecer o Centro Histórico de
Guimarães, faça esta
cache.
If you want to continue visiting the Historic Center of
Guimarães, do this
cache.
Na praça de S. Tiago e no Largo da Oliveira
existe cobertura wi-fi gratuita.
At the S. Tiago Square and at Oliveira Square
there's free wi-fi.
Cache -
Mapa do Percurso / Path Map
A cache é
um tupperware com 18x18cm e está envolta num saco plástico preto.
Para saberem as coordenadas finais é necessário responder às
perguntas e resolver a equação:
The cache
it’s a tupperware with 18x12cm and is wrapped in a black plastic
bag. To obtain the final coordinates it's necessary to obtain the
answers and resolve the equation:
Resposta/Response: ABCD
Resposta/Response: EF
Resposta/Response: GH
Resposta/Response: IJKL
Resposta/Response: MNOP
Equação/Equation:
N 41º 25.7XX =
100-E-F-L-P
W 08º 16.1ZZ = CD-G
Para confirmar se têm as coordenadas correctas estes são os
somatórios dos seus números: / To confirm if you have the right
coordinates, this is the sum of their numbers:
N = 28, W = 24.
Exemplo das coordenadas inicais: / Example with the published
coordinates: N = 4+1+2+6+7+3+5 = 28, W =
0+8+1+7+5+5+1=27
A ligação entre os pontos 14 e 15 do mapa, poderá ser feita de
teleférico ou de carro
The connection between the points 14 and 15, could be done by
ferry cable or by car
NOTA: Alguns dos monumentos
podem ser visitados pagando a entrada, para fazer a cache NÃO É
NECESSÁRIO.
NOTE: Some of the monuments can
be visited but you have to pay an entrance, but to do this cache
that ISN'T NEEDED.