Dinos na Pescaria
JAZIDA DE
FAMALICÃO DA NAZARÉ
Pistas descobertas
em Janeiro de 1996 na Serra da Pescaria, perto de Famalicão da
Nazaré.
Nesta jazida, numa
laje com grande inclinação (cerca de 70º para Oeste),deixada como
frente de exploração de
uma antiga pedreira que forneceu o material utilizado na
construção do molhe do porto da Nazaré. Duas pistas que,
quer pelas dimensões das pegadas que as integram, quer pela idade
das margas em que estão impressas
(cerca de 155 milhões de anos, correspondendo ao Jurássico final),
atribuídas, sem grandes dúvidas, a dinossáurios.
Este é o intervalo de tempo em que ocorre a parte mais
substancial do registo fóssil dinossauriano no nosso
País.
Fig1 |
A pista menos saliente (Fig1) N39 32.782
W9 05.214, formada por impressões pouco profundas e em mau
estado de preservação, revela pegadas de forma oval, com cerca de
45 cm de diâmetro, que fazem entre si entre ângulos rondando os
90º, o que sugere a passagem de um animal quadrúpede, atendendo
também a que se trata de uma pista larga.
A morfologia de algumas destas pegadas é semelhante à das
impressões dos pés dos sauropodes.
Apesar da pista ser aparentemente dominada pelas impressões de
pés, o sauropode não estaria a progredir apenas sobre os
membros posteriores, mas caminharia normalmente de forma
quadrúpede, exercendo provavelmente uma menor pressão sobre as
mãos. Estas ficariam impressas menos profundamente, pelo que
fenómenos erosivos posteriores podem colocar à vista apenas as
pegadas originalmente mais profundas, neste caso, as dos membros
posteriores. |
Fig2
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A segunda
pista (Fig2) N39 32.702 W9 05.286, muito mais saliente, é
praticamente toda ela inacessível.
Salta à vista a
disposição das pegadas quase em linha recta, com ângulos entre
pegadas sucessivas superiores a 170º, pelo que se concluiu
que se trataria de uma pista produzida por um animal
bípede.
E entre os
dinossáurios bípedes, os candidatos potenciais seriam os
teropodes, já que a co-ocorrência de pistas de sauropodes e
destes carnívoros num mesmo horizonte é
vulgar. |
Fig 3 |
Em finais de
1998, observadas rigorosamente e medidos todos os parâmetros da
pista, foi com estupefacção que se verificou que todas as
conclusões anteriores estavam erradas.
Na
realidade, trata-se de uma pista idêntica a muitas outras
encontradas no nosso País, típicas de dinossáurios herbívoros
quadrúpedes - os sauropodes.
O que
tínhamos interpretado como uma pista bípede é, na realidade, apenas
o lado esquerdo da pista do quadrúpede, com pegadas de maiores
dimensões (impressões dos pés) imediatamente atrás das pegadas mais
pequenas (correspondentes às impressões das mãos) e separadas por
uma distância maior do par mão-pé seguinte (Fig 3).
|
Sauropodes
Os saurópodes, que significa patas
de reptil.As características mais notaveis dos saurópodos,eram
grandes esbeltos flexiveis.
Alimentavam-se das folhas mais altas das árvores.Tinham
dentes fracos, apropriados para alimentar-se de vegetação.
Os dentes não eram aptos para triturar, engoliam a comida sem
mastigar, provavelmente era completamente triturada por
pedras,no estomago, previamente engolidas antes da refeição.As
patas largas, rectas como colunas,
com pes dotados de dedos curtos, tinham garras como outros
repteis.
Como grupo, os saurópodos estavam
entre os dinosaurios que mais prosperaram: existiram desde o
principio do Jurásico
ao Cretácico superior, entre 208 e 66 milhoes de anos. Poderiamos
supor que os primeiros saurópodos foram relativamente
pequenos e que o seu tamanho aumentou no tempo; as formas do
Jurásico superior seriam maiores que as do inferior,
as do Cretácico seriam maiores. Porem,terá sido
diferente: os saurópodos do Jurásico superior são os mais
numerosos,
variados e grandes de todos.
Para observar as pistas de
dinossáurios da Serra da Pescaria, dirija-se a
Famalicão, em
N39 32.202 W9 04.975
apanhe a estrada para a Praia dos Salgados. A meio caminho,
ainda durante a subida da encosta, vai encontrar,
à direita,
a imponente lage com as pegadas N39 32.702 W9 05.286. A pista
de sauropode, interpretada originalmente
como correspondendo a um teropode «coxo», é bem visível da
estrada.
Para observar a outra pista , em pior estado de
preservação,
deixada por um quadrúpede (?sauropode), terá que subir ao terreiro
deixado pela laboração da antiga pedreira
e deslocar-se a N39 32.782 W9 05.214.
A Cache:
É uma caixa exterior
que não pode ser tirada do sitio, só
sai a tampa, lá dentro a normal documentação da cache
e prendas para troca.Voltar a fechar tendo atenção a posição da
tampa.
Inicio do carreiro para a
cache em N39 32.683 W9 05.312, subir à direita está mais ou menos
defenido.
Carta
militar M888 316
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