ATENÇÃO!
A cache NÃO se encontra dentro do perímetro vedado do
monumento; qualquer indicação pontual do GPS nesse sentido deve ser
total e seguramente ignorada como
erro. |
A torre e sítio arqueológico de Centum Cellas situam-se na
localidade do Comeal da Torre, a cerca de dois quilómetros a norte
de Belmonte – que se avista ao longe - no extremo norte do distrito
de Castelo Branco, Portugal.
O perímetro do recinto está rodeado por uma vedação; o acesso no
entanto é livre e gratuito a qualquer hora do dia, penetrando-se aí
por um portão normalmente cerrado mas que se pode abrir, mediante
simples deslocação da tranca.
Se optar por entrar tenha p.f. o cuidado de não pisar as
escavações nem deslocar quaisquer pedras!
2 - Origem e Interesse
Históricos |
As teses sobre a origem e utilidade de Centum Cellas são
diversas e mais ou menos fantasiosas, conforme a fonte. Abaixo
reproduzimos, com a devida vénia, a que nos parece mais objectiva,
conforme se pode encontrar na página do IPPAR. Para quem tenha interesse numa visão
do monumento a partir do folclore e da tradição oral locais –
bastante ricos e coloridos - recomendamos ainda a leitura
deste artigo. Igualmente esclarecedores
podem ser este e este textos.
«As ruínas da Torre de Centum Cellas, também conhecida como
Torre de São Cornélio, situam-se numa área particularmente fértil e
próxima da confluência da Ribeira de Gaia com o Rio Zêzere, cujos
aluviões metalíferos sabemos terem sido explorados desde épocas
bastante recuadas.
O monumento, em si, revela-se um dos mais emblemáticos, mas ao
mesmo tempo dos mais enigmáticos existentes em toda a Beira
Interior e atribuíveis à época da presença romana no nosso
território.
Na verdade, foram elaboradas ao longo do tempo as mais diversas
teorias respeitantes à sua real funcionalidade primitiva. Assim,
desde templo, a prisão, passando por um praetorium (núcleo
de um acampamento romano), a um mansio(estação de muda),
mutatio (albergaria para descanso dos viajantes),
villa romana, para além de muitas outras, tudo parece ter
sido contemplado e proposto.
Todavia, as escavações realizadas pelo IPPAR, entre 1993 e 1998,
demonstraram que o edifício da Torre não se encontrava isolado,
antes, sim, inserido num conjunto estrutural mais amplo e complexo,
que incluía diversos compartimentos, de entre os quais salas,
corredores, escadarias, caves e pátios.
Assim, a Torre revela-se a parte central e melhor conservada
daquela que constituiu a villa de Lucius Caecilius, um
abastado cidadão romano, negociante de estanho, que, em meados do
século I d. C. mandou edificar a sua residência nesta zona, sob
direcção de um arquitecto que, ao que tudo parece indicar,
conheceria profundamente as técnicas construtivas ditadas por
Vitrúvio.
Como edificação central e imponente, a Torre é apenas composta
por dois andares, em redor da qual toda a restante habitação se foi
desenvolvendo, desempenhando o papel de verdadeiro epicentro
centralizador das suas mais diversas tarefas quotidianas.
Datando a sua construção inicial do século I d.C., este edifício
sofreu um incêndio e destruição de consideráveis dimensões em
finais do século III, altura em que foi alvo de algumas alterações,
ao mesmo tempo que ocorreram novas construções. De entre este
conjunto de remodelações, realçamos a sala com abside ou o larário,
para os quais foram reaproveitados materiais pertencentes às
estruturas preexistentes. Entretanto, datará da Alta Idade Média a
edificação de uma capela dedicada a São Cornélio sobre as ruínas da
própria villa, reempregando, uma vez mais, parte dos seus
materiais constitutivos.
Esta capela viria, no entanto, a desaparecer já em pleno século
XVIII.
A área intervencionada até ao momento contempla somente uma
pequena parcela da pars urbana da villa que foi
parcialmente danificada com a construção da estrada municipal que
conduz ao Colmeal da Torre, passando a Norte de Centum Cellas.
Quanto às termas e à pars rustica, as suas zonas ainda
não foram objecto de escavação, existindo a forte possibilidade de
se encontrarem irremediavelmente perdidas para a investigação, ao
terem sido destruídas com a plantação de vinhas, bem como com a
construção de habitações recentes.»
A cache consiste num tupperware de tamanho médio
colocado de tal modo que deve ser bastante fácil de encontrar.
Deixe-a por favor bem escondida, caso contrário rapidamente
desaparecerá.
Se não conhece, aproveite a deslocação para visitar ainda, bem
próximo, Belmonte. Vila com um património riquíssimo, de que se
destacam, entre outros, o Castelo, o Museu Judaico, o Ecomuseu do
Zêzere, o Museu do Azeite e o Solar dos Cabrais (cujo panteão
familiar pode ser encontrado na igreja de São Tiago). Mais detalhes
e ilustrações podem ser consultados na Página da
Câmara Municipal de Belmonte >> |
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